Política pública de transformação digital aprimora o Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar serviços para a população brasileira

Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) é o ponto de partida do Programa Juntos pela Saúde (JpS). Para desenvolver e apoiar iniciativas complementares às já existentes, é essencial conhecer de perto o que já tem sido realizado pelo Ministério da Saúde. Isso se torna ainda mais relevante em termos de inovação, o que traz um contexto fundamental para quem está na ponta desenvolvendo iniciativas em vários campos da saúde, como os projetos apoiados pelo JpS, sendo que diversos deles atuam com sistemas digitais, ferramentas tecnológicas, entre outros focos.

Tendo isso em vista, o Programa Juntos pela Saúde realizou uma entrevista exclusiva com Ana Estela Haddad, Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde. No bate-papo, a Secretária compartilhou as principais ações de transformação digital que vêm sendo realizadas no âmbito do Programa SUS Digital, criado em março de 2024. Todos os 5.570 municípios, os 26 estados e o Distrito Federal aderiram ao Programa e o Ministério da Saúde destinou aos municípios e estados, em 2024, o valor de R$ 454 milhões.

Ana Estela ressaltou também os desafios em levar inovações tecnológicas aos quatro cantos do Brasil, devido aos diversos desafios presentes num país marcado por desigualdades e os impactos positivos de iniciativas, como serviços de telessaúde, permitindo que brasileiras e brasileiros que vivem em regiões como Norte e Nordeste – foco de atuação do Juntos pela Saúde – tenham o a atendimentos especializados.

Confira a entrevista completa:

1. O SUS é um modelo de política pública de saúde reconhecido mundialmente e que, em 2025, completa 35 anos desde sua criação, por meio da Lei 8.080/1990. Nessas três décadas, muito se avançou, como, por exemplo, com a criação do Programa SUS Digital, em março de 2024. Quais são as principais inovações que vêm sendo realizadas e os benefícios das soluções digitais para a saúde pública?

A primeira inovação é uma visão sistêmica do processo de transformação digital, que é orientado pelas necessidades e desafios da rede de serviços, com o propósito de ampliar o o às ações e serviços de saúde, chegar a locais de vazios assistenciais e, principalmente, trabalhar em um conjunto diverso de camadas, para dar conta desse desafio.

Nesse sentido, uma inovação importante foi a criação do Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD), com sete dimensões, que está normatizado na Portaria GM/MS nº 3.727, de 21 de maio de 2024, o qual todos os municípios e estados autoaplicaram-se, respondendo a esse questionário. Isso foi muito importante para criar um marco lógico e teórico comum no país. 

Também, na articulação interfederativa, como tivemos um ree de recursos e todos aderiram, chegamos a um ponto no qual temos – um ano depois do início do programa – 120 Planos de Ação de Transformação para a Saúde Digital das macrorregiões do país, que foram realizados com base no Diagnóstico Situacional e no Índice Nacional. Agora, terá início a implementação dos planos. 

Em relação ao Índice, uma das camadas, por exemplo, é a governança. Assim, há estados e municípios que já estão criando estruturas locais, que deixam de ser de tecnologia da informação operacional, para ser uma política de transformação digital em saúde, que envolve infraestrutura pública de rede, modelo de governança de dados, arquitetura de interoperabilidade e proteção e privacidade de dados.

Outro aspecto que gostaria de destacar diz respeito às questões necessárias em termos de economia de escala, a fim de que o processo de transformação ocorra em todo o país. Para tal, algumas ações são estruturantes e preparam o caminho, como a parceria com o Ministério das Comunicações, com investimentos próprios e com o PAC da Saúde, a fim de ampliar a conectividade nos locais que ainda não têm esse serviço. 

Apresentamos também um projeto para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), para garantir a conectividade nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Também estamos avançando num processo mais personalizado para os territórios dos povos originários, assim como em alguns complexos de favela em grandes municípios, como no Rio de Janeiro, no qual temos um trabalho no Complexo da Maré que envolve uma cocriação com as lideranças comunitárias.

A Secretaria ou ainda a ter assento no Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD), estamos influenciando a agenda regulatória de discussão da Autoridade Nacional de Proteção de Dados [ANPD] para 2025, acompanhando a tramitação do projeto de lei sobre inteligência artificial, participando do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, entre outras ações. Ou seja, a saúde entrou na pauta.

Uma ação muito importante é o avanço do modelo de interoperabilidade com a Rede Nacional de Dados em Saúde e as três plataformas, que se desdobram da Rede, que são o Meu SUS Digital, o SUS Digital Profissional e, mais recentemente, o SUS Digital Gestor.

Trabalhar a política nessa perspectiva integradora e pensando desde o ciclo de produção do dado, coleta, registro, integridade, transformação deste em informações estratégicas, indicadores de monitoramento e avaliação, até o processo assistencial, acredito que temos construído um desenho que, ele em si, já é a inovação.

2. Você comentou, secretária, sobre os Planos de Ação de Transformação para a Saúde Digital e que eles começam a ser implementados. O que constitui esses planos e o que já é possível avaliar das cidades em relação à sua situação e maturidade em saúde digital?

Os Planos de Ação foram estruturados dentro de uma plataforma, que é o Investe SUS, na qual os gestores já estão acostumados a trabalhar nas ações do Ministério da Saúde. Estruturamos a plataforma de tal maneira que se estabelece um conjunto de objetivos, que se desdobram em ações, depois em metas, assim como em indicadores e valores estimados e itens. Ou seja, os Planos já vêm com uma estrutura dada. Agora, estamos analisando a coerência deles. 

Os Planos têm três principais eixos, que são estruturantes do Programa SUS Digital. O primeiro é o da cultura de saúde digital, formação e educação permanente. O segundo é o da interoperabilidade, análise e disseminação de dados e informação em saúde, os sistemas de informação e os indicadores. E o terceiro é o de soluções tecnológicas e serviços de saúde digital, seja a telessaúde, seja a aplicação da inteligência artificial.

Quando olhamos os Planos, tendo como exemplo um estado, percebemos como estão distribuídos esses três eixos de forma equilibrada: 41% de soluções tecnológicas, 30% na parte de interoperabilidade e 29% na parte de cultura digital e informação.

Porém, quando tomamos como base as macrorregiões do país, essa distribuição é variável, de acordo com a necessidade e característica de cada macrorregião. Portanto, o que estamos fazendo agora é identificar nos Planos as necessidades que são comuns no país, a fim de que possamos pensar em soluções e ofertas nacionais, trabalhando com economia de escala e não no varejo.

3. Poderia detalhar e aprofundar um pouco mais a respeito desses Planos e as ações realizadas nas regiões Norte e Nordeste, que são focos de ação do Programa Juntos pela Saúde?

Para a distribuição dos recursos iniciais do Programa, classificamos as macrorregiões de saúde do país, fazendo uma tipologia em cinco estágios. E usamos várias referências para tal, como o Índice de Vulnerabilidade Social [IVS] do IPEA [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], o porte populacional, a capacidade instalada da rede de serviços – principalmente da Atenção Especializada –, a força de trabalho presente, a conectividade a partir do Índice Brasileiro de Conectividade [IBC] da Anatel, entre outros.

E, quando combinamos todos esses indicadores, há uma coincidência de maior vulnerabilidade geral localizada nas regiões Norte e Nordeste, mas, principalmente, no Norte. Assim, no momento da distribuição dos recursos, são regiões que procuramos desenvolver medidas de equalização, de levar um recurso um pouco maior para que possam dar conta dos desafios, que são maiores.

4. O SUS implementa, desde 2006, serviços de telessaúde, ou seja, utiliza tecnologias digitais para oferecer teleatendimento, de forma complementar à consulta presencial. Como esse serviço vem sendo aprimorado nesses quase 20 anos para integrar, cada vez mais, a Atenção Primária à Atenção Especializada, principalmente com um impulso que teve durante a pandemia de Covid-19?

Quando esse serviço começou em 2006, o foco era qualificar a Atenção Primária. Hoje, pensamos a telessaúde de uma maneira mais global e sistêmica, inclusive, com toda a sua abrangência de serviços. Antes da pandemia, por exemplo, não fazíamos teleconsultas e, atualmente, sim. 

O Programa Telessaúde Brasil Redes chegou a ter núcleos de atendimento em todos os estados, mas houve uma descontinuidade e, agora, estamos retomando. Em 2022, por exemplo, estávamos com 10 núcleos e, atualmente, com 27. E temos algumas ofertas nacionais de Atenção Especializada: teleoftalmologia, telecardiologia e teledermatologia. Estamos trabalhando para ampliar ainda mais esses serviços e linhas de cuidado prioritárias para o Programa Mais o a Especialistas.

5. Sabemos da importância da disseminação de informações estratégicas em saúde para a prevenção e o combate precoce a muitas doenças. O app “Meu SUS Digital”, por exemplo, facilita o o às informações em saúde e promove a continuidade do cuidado dos usuários do SUS. Porém estamos diante de um país extremamente desigual, em que a tecnologia ainda não está disponível a toda a população brasileira, principalmente entre os cidadãos que são beneficiários diretos do SUS. Como a SEIDIGI tem enfrentado esse desafio para levar iniciativas de saúde digital aos cidadãos?

O uso massivo do celular capilariza muito as possibilidades. O que precisamos fazer ainda é avançar na disseminação do Meu SUS Digital. Temos crescido progressivamente, com mais de 50 milhões de s, mas é preciso ter um uso regular. Tivemos também uma ampliação de, mais ou menos, 30 funcionalidades nesses últimos dois anos no aplicativo, o que leva também a uma proporção maior de usuários.

Vamos lançar agora a caderneta de saúde da criança no Meu SUS Digital. A proposta é que toda a tratativa de prontuário vincule a conta da criança à da família. Isso permite um melhor acompanhamento, pois a caderneta em papel tem um limite temporal e geográfico, sem contar que, se o responsável perde a caderneta, ficamos sem o a todas as informações da criança, enquanto a caderneta digital rompe essa barreira de tempo e espaço.

6. Um dos projetos contemplados pelo programa Juntos pela Saúde tem reunido, no ambiente digital, informações dos pacientes visando à melhoria do processo de gestão de saúde em dezenas de municípios por meio do de Indicadores de Saúde Mental. Como a Secretária vê essas parcerias com Organizações da Sociedade Civil (OSCs) no oferecimento desses serviços para os equipamentos de saúde municipais?

A participação do terceiro setor é sempre muito importante. A sociedade deve dar sua cota de colaboração, pois o governo sozinho não resolve todos os problemas. Além disso, o governo é transitório, então, a continuidade, muitas vezes, pode se dar com o apoio do terceiro setor.

Porém, é importante um alinhamento com as políticas públicas e as diretrizes que cabem ao Ministério, para que tenhamos uma soma de esforços e não uma sobreposição, e trabalhemos todos na mesma direção. O mesmo vale para as ações desenvolvidas pela filantropia e o investimento social privado. Acredito que o caminho seja de uma boa articulação. 


Ana Estela Haddad é Mestre e Doutora em Ciências Odontológicas e Professora Titular do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). É Coordenadora Adjunta do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Políticas Públicas para a Metrópole (NAP Escola da Metrópole) e Coordenadora da Estação FOUSP-ABENO (Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e Associação Brasileira de Ensino Odontológico) da Rede de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde (Ministério da Saúde/OPAS). É Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Novas Tecnologias aplicadas à Saúde Digital, com ênfase na Telessaúde, Telemedicina, Teleodontologia e Educação. Em 2023, assumiu a Secretária de Informação e Saúde Digital.

Juntos pela Saúde fecha ano com perspectiva de atendimento a 300 municípios

Em 2023, o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa do BNDES gerida pelo IDIS, veio ao mundo. Com o objetivo de fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Programa apoia projetos de saúde que atuam em localidades com vazios assistenciais, e prioriza os municípios com menos de 1 médico por mil habitantes. O apoio financeiro oferecido a esses projetos baseia-se na lógica do matchfunding, um modelo de captação conhecido como “turbinado”, em função da sua estratégia de multiplicação das doações captadas.

Na prática, a iniciativa do BNDES funciona da seguinte forma: a cada real doado por organizações parceiras, o BNDES coloca mais R$1,00, dobrando o valor que será reado aos projetos de saúde. O objetivo é que, até 2026, sejam destinados aproximadamente R$200 milhões para esses projetos, que podem ser contemplados por meio de editais públicos – a serem divulgados no site oficial do Juntos pela Saúde – ou por fomento estruturado.

Para as duas situações, há um processo de validação das organizações e, posteriormente, os projetos am por diferentes instâncias de avaliação compostas por especialistas, até chegar no Comitê de Validação onde os apoiadores confirmarão o investimento. Para receber o apoio, os projetos precisam focar sua atuação nos municípios prioritários nas regiões Norte e Nordeste e ter como objetivo beneficiar ações e serviços públicos de saúde no âmbito do SUS.

Para saber mais sobre a seleção de novos projetos, clique aqui.

Até o momento, o Juntos pela Saúde conta com quatro importantes apoiadores, além do BNDES, e possui três projetos de amplo alcance que, juntos, chegarão a quase 300 municípios, e que visam o aperfeiçoamento de processos de gestão e atendimento do SUS em suas Unidades Básicas de Saúde, por meio do o à ferramentas tecnológicas, infraestrutura e formação de profissionais.

 

Conheça os três primeiros projetos contemplados pelo Juntos pela Saúde e que já estão em execução:

 

CICLO SAÚDE PROTEÇÃO SOCIAL

Ciclo Saúde Proteção Social é uma iniciativa do Cedaps e da Fundação Vale, que visa contribuir para o fortalecimento da Atenção Básica (AB) do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando sua capacidade de diagnóstico, planejamento, operacionalização, monitoramento e avaliação de seus serviços por meio de Planos de Trabalho Compartilhados com a gestão pública, orientados pelas necessidades de saúde das populações locais.

Atualmente, está presente em 8 municípios do Pará e, por meio da parceria com o Programa Juntos pela Saúde, será iniciado em 24 municípios do Maranhão. Também fazem parte desta parceria a Wheaton Precious Metals, BNDES e IDIS.

Até 2026, estima-se que o projeto alcance 396 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 55 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e uma média de 5.000 profissionais, com o objetivo de apoiar e fortalecer Unidades Básicas de Saúde dos municípios participantes, com foco na proteção social e na promoção da saúde individual e coletiva da população.

“A parceria com o Juntos pela Saúde permite a expansão das atividades do Programa Ciclo Saúde Proteção Social para 32 municípios do Maranhão e do Pará, ampliando nossa atuação no Norte e Nordeste brasileiro. O foco é o aprimoramento da gestão pública e a criação de uma agenda de formação para profissionais de saúde, e de modo complementar para a assistência social e outras parcerias intersetoriais possíveis nos municípios. A metodologia base do Programa, chamada Construção Compartilhada de Soluções Locais, nos permite envolver e engajar as equipes no desenvolvimento de ações focalizadas nas necessidades locais, fortalecendo os vínculos entre as unidades de saúde e a comunidade.” Katia Edmundo, Diretora Executiva do Cedaps.

 

“O Fundo Juntos pela Saúde ajuda a potencializar o investimento social em territórios que demandam um olhar especial para o o à saúde de qualidade. Por meio da parceria, fomos capazes de levar o Ciclo Saúde Proteção Social para 32 municípios em que já atuamos com projetos de educação no Pará e no Maranhão. Em parceria com as secretarias municipais, esperamos colaborar de forma estruturante para a melhoria dos serviços públicos e beneficiar toda a população.” Pâmella De-Cnop – Diretora Executiva da Fundação Vale.

 

Para saber mais sobre a iniciativa, clique aqui.

IMPULSO PREVINE

O Projeto, idealizado pela organização sem fins lucrativos ImpulsoGov, é uma solução digital que centraliza em uma plataforma de dados, análises e recomendações sobre o programa de financiamento federal da Atenção Primária, para apresentá-los de forma rápida e descomplicada aos gestores de saúde.

No âmbito do Juntos pela Saúde, o projeto conta com apoio financeiro do Instituto Dynamo e da Umane, cujo contrato está em vias de formalização.

Por meio do apoio financeiro do Instituto Dynamo, o Impulso Previne irá investir na expansão das soluções focadas desenvolvimento no indicador de exames citopatológicos e dar o para 19 municípios, validados pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Já o recurso proveniente da Umane – que está em vias de formalização – será direcionado ao desenvolvimento do indicador de vacinas, criação da aplicação de mensageria e expansão para 240 municípios.

A solução permite, por exemplo, monitorar a realização do exame preventivo do câncer de colo de útero, disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Com ela, gestores locais dos municípios atendidos poderão aprimorar suas estratégias de prevenção à doença, que registra 17 mil casos novos anualmente, conforme dados de 2023 do INCA.

Vale ressaltar, ainda, que a plataforma Impulso Previne trabalha com outros indicadores da Atenção Primária à Saúde e oferece apoio gratuito a municípios, a fim de contribuir para uma melhor gestão e monitoramento da situação de saúde das populações locais.

“O câncer do colo do útero é evitável e altamente curável na fase inicial, mas o risco de morte cresce significativamente em estágios avançados. O exame preventivo é a principal medida de rastreamento dessa doença, no entanto, os profissionais de saúde pública enfrentam dificuldades para saber quem está com ele em dia. Nossas ferramentas transformam os dados do SUS em listas descomplicadas, para que os profissionais saibam quem são as pessoas com o exame pendente e possam buscá-las”, afirma Isabel Opice, diretora de operações da ImpulsoGov.

 

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DE INDICADORES DE SAÚDE MENTAL

Idealizado pela ImpulsoGov, o projeto visa ampliar o o a dados e informações simplificadas para gestores de saúde mental de municípios do Norte e Nordeste do Brasil. Com apoio financeiro do Grupo RD – dentro do âmbito do Juntos pela Saúde – a iniciativa se propõe a desenvolver, implementar e aprimorar um de dados e indicadores de saúde mental pela gestão da secretaria municipal de saúde do município. Com isso, busca garantir o o da população a um atendimento mais qualificado e eficiente.

O projeto “ de Indicadores em Saúde Mental” conta com a parceria do Instituto Cactus, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo ampliar o debate e os cuidados em prevenção de doenças e promoção da saúde mental. Desde a sua versão inicial em Aracaju (SE), o Instituto Cactus é co-idealizador e financiador do projeto, e continua apoiando a sua ampliação para outros municípios.

“Não existem padrões estabelecidos para avaliar a qualidade dos serviços oferecidos pelas Redes de Atenção Psicossocial e muitas vezes os gestores não têm o a informações como o perfil das pessoas atendidas na rede do município e quais serviços elas frequentam. Nosso objetivo com a Plataforma de Indicadores de Saúde Mental é facilitar o o a informações confiáveis para esses profissionais, auxiliando na tomada de decisões e contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde mental”, afirma Daniela Krausz, gerente de projetos de Saúde Mental na ImpulsoGov.

 

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Programa Juntos pela Saúde tem novos apoiadores e primeiro projeto em execução

Em outubro de 2022, o IDIS, por meio de Edital Público, foi selecionado para ser o gestor do Programa Juntos pela Saúde, iniciativa de matchfunding do BNDES, que busca fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nesta porção do país, vivem aproximadamente 75 milhões de pessoas, das quais 9, entre 10, dependem exclusivamente dos atendimentos do Sistema Único de Saúde brasileiro. (IBGE, 2020).

No primeiro semestre de 2023, o Juntos pela Saúde ganhou corpo e força. Apoiadores como Fundação Vale, Wheaton, Instituto Dynamo e Grupo RD se uniram à causa e, hoje, o Programa já tem seu primeiro projeto de saúde em execução. 

Por meio de recurso doado pelo Instituto Dynamo, o projeto ImpulsoPrevine foi o primeiro a ser contemplado pelo Juntos pela Saúde. Iniciativa da ImpulsoGov, ele oferece apoio gratuito a municípios na gestão e monitoramento de indicadores da atenção primária, compilando  informações e dados estruturados sobre os resultados dos indicadores do Previne Brasil.

Com o recurso investido pelo Dynamo, o ImpulsoPrevine desenvolverá a funcionalidade do indicador específico de realização de exames preventivos, com foco no rastreamento do câncer de colo de útero, doença de fácil prevenção, porém, devido a defasagens no sistema primário de saúde, ainda com alta incidência na população feminina. 

Com isso, permitirá que gestores locais controlem com precisão os exames de rastreamento de câncer de colo de útero e tracem estratégias de prevenção mais eficazes. Ao todo, serão contemplados 19 municípios, validados pelo Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Vale lembrar que, na estratégia de matchfunding traçada pelo BNDES, a cada R$1 aportado pelas instituições parceiras, o Banco coloca mais R$1, dobrando a doação e ampliando o potencial de impacto dos projetos contemplados pela iniciativa. A expectativa é que, até o final de 2026, sejam destinados aproximadamente R$200 milhões para projetos de saúde que atuem no N e NE do Brasil.

Para ampliar a atuação do Juntos pela Saúde e beneficiar cada vez mais municípios do Norte e Nordeste, a equipe gestora do Programa segue em constante diálogo com atores-chave para a construção de parcerias. 

Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS esteve, em Junho de 2023, com a Secretária de Saúde do Estado de Pernambuco, Zilda Cavalcanti e, em agosto, visitou Manaus, para apresentar o Programa ao Secretário de Saúde do Amazonas, Doutor Anoar Samad. Na ocasião da viagem, também se encontrou com filantropos locais, visitou a Universidade Federal do AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Fundação Rede Amazônica, sempre com foco em discutir possibilidades de trabalho conjunto que fortaleça o SUS na região. 

Para reforçar esse movimento de construção de parcerias, na primeira semana de setembro de 2023, Luiza Saraiva, gestora do Programa Juntos pela Saúde, participará do Congresso de Secretários Municipais de Saúde das regiões Norte e Nordeste, com a finalidade de conhecer novos secretários, além de projetos destacados pelos impactos já comprovados.

No horizonte próximo, esperamos que esses encontros e trocas tornem-se sólidas parcerias em prol da saúde pública brasileira.

Se você deseja saber mais sobre o Programa, tem interesse em tornar-se apoiador ou possui um projeto de saúde e deseja receber recursos, clique aqui ou escreva para [email protected].

Juntos pela Saúde participa de agenda estratégica na Região Amazônica

Neste mês de Agosto 2023, Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, visitou Manaus, para apresentar a atores-chave da região amazônica o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa de matchfunding do BNDES, que busca reunir recursos para fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Na ocasião da viagem, Sylos se reuniu com a equipe da Fundação Amazônia Sustentável (FAS),  para apresentar a iniciativa do BNDES e conhecer os projetos que a organização realiza.

Houve, ainda, um encontro na Universidade do Estado do Amazonas, da qual participaram a vice reitora Katia do Nascimento Couceiro e o pro reitor Darlisom Sousa Ferreira. Foi um momento de troca relevante para conhecer os projetos sociais da Universidade e traçar possibilidades de trabalho conjunto para fortalecimento do SUS na região.

Alfredo Lins, Secretário do Escritório de Representação do Estado do Amazonas em São Paulo, Dr. Anoar Samad, Secretário de Saúde do Amazonas e Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, na Sede da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas.

Guilherme também foi recebido pelo Secretário de Saúde do Amazonas, Dr. Anoar Abdul Samad, juntamente com Alfredo Lins de Albuquerque, Secretário de Estado Chefe do Escritório de Representação do Estado do Amazonas em São Paulo. Assim como nas demais reuniões, Sylos apresentou o Juntos pela Saúde e conheceu os principais desafios do Estado do Amazonas em relação à saúde. O maior deles, relacionado à população que está fora do centro urbano de Manaus e que precisa se deslocar até lá para realizar exames e tratamentos mais complexos.

Por fim, houve um encontro com a Fundação Rede Amazônica e também com filantropos locais.

A expectativa é que esses encontros construam pontes e parcerias em prol da saúde pública na região amazônica.

 

Saiba o que é e como funciona o Programa Juntos pela Saúde