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IDIS promove diálogo com o Ministério da Cultura sobre fundos patrimoniais filantrópicos (endowments)

A Ministra da Cultura, Margareth Menezes, Henilton Parente de Menezes (Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural) e Odecir Luiz Prata da Costa (Diretoria de Fomento Indireto) receberam o IDIS e membros da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos para uma conversa sobre fundos patrimoniais filantrópicos, também conhecidos como endowments.

No encontro, foram apresentados dados do Monitor de Fundos Patrimoniais e do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, realizados pelo IDIS e pela Coalizão pelos Fundos Patrimoniais. Foram debatidas as contribuições desses instrumentos para apoiar a sustentabilidade financeira de instituições culturais e como a regulamentação dos incentivos fiscais para as OGFPs (Organização Gestora de Fundos Patrimoniais) de cultura, previstos na Lei 13.800/19, poderia aumentar ainda mais esta contribuição.  

Reunião sobre Fundos Patrimoniais no Ministério da Cultura em Brasília. 22 de maio de 2025. Foto: Victor Vec/ MinC.

Estiveram presentes Andrea Hanai, Gerente de Projetos do IDIS; Luciane Gorgulho, Chefe de Departamento na Área de Relacionamento Institucional, Marketing e Cultura no BNDES; Priscila Pasqualin, Advogada-Sócia no PLKC; Ricardo Levisky, Fundador e Presidente da Levisky Legado; Alexander Kellner, Diretor do Museu Nacional; Fausto Arruda, Superintendente Geral da Fundação OSESP; Juliana Furini de Vasconcellos Puntel, Advogada na Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; e Gustavo Arthur Müller e Ralfe Cardoso, do Núcleo de Orquestras Jovens de Novo Hamburgo.

Reunião sobre Fundos Patrimoniais no Ministério da Cultura em Brasília. 22 de maio de 2025. Foto: Victor Vec/ MinC.

Os fundos patrimoniais filantrópicos são instrumentos voltados à promoção de sustentabilidade de longo prazo para causas ou instituições apoiadas. O seu funcionamento não é amparado na utilização dos recursos captados, mas sim na gestão desses recursos para a geração de rendimentos. O objetivo é garantir a preservação do patrimônio acumulado e permitir resgates periódicos para o apoio de causas ou instituições de interesse público.

Internacionalmente, esse tipo de fundo é amplamente utilizado por instituições culturais e educacionais, que conseguem garantir assim uma maior perenidade e independência. No Brasil, a pauta vem ganhando destaque nos últimos anos, especialmente após 2019, com a promulgação da Lei dos Fundos Patrimoniais (Lei nº 13.800/2019) que, além de criar um ambiente institucional e seguro para sua operação, trouxe visibilidade para a temática e sua importância.

Entretanto, Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS e especialista em fundos patrimoniais, que esteve presente na reunião com o Ministério da Cultura, reforça que ainda há muito a ser feito no país nesta temática.

“Por aqui, a construção dessa cultura é o grande desafio. Ainda há desconhecimento sobre os mecanismos de funcionamento dos fundos patrimoniais, resistência à doação por parte do setor privado e poucos incentivos fiscais. Avançar exige vontade política, articulação entre governo, iniciativa privada e sociedade civil, e, sobretudo, o fortalecimento da cultura de doação”, diz a especialista em artigo recém-publicado no Correio Braziliense. 

 

Andrea Hanai junto a Margareth Menezes durante o encontro ocorrido em Brasília. 22 de maio de 2025. Foto: Victor Vec/ MinC.

ATUAÇÃO DO IDIS

O IDIS é, há mais de 10 anos, um grande promotor dos fundos patrimoniais filantrópicos, liderando a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, um grupo multisetorial hoje composto por mais de 120 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação do mecanismo no país.

Além disso, mantemos ativo o Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil, uma iniciativa para o acompanhamento de endowments em atividade, com dados obtidos a partir de questionários respondidos por gestores destes fundos ou por meio da consulta pública em sites ou veículos de imprensa. Em maio de 2025, o Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil identificou 121 fundos patrimoniais ativos, cujo patrimônio total informado é de mais de 130 bilhões de reais. 

COALIZÃO PELOS FUNDOS FILANTRÓPICOS

A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é um grupo multissetorial, formado por mais de uma centena de signatários, que contribui para que as iniciativas e pleitos de advocacy efetivamente representem o setor. Seguimos interessados em ampliar e fortalecer a rede, reunindo novos pontos de vista.

Ainda não é um signatário da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos? Entre em contato com [email protected]. É gratuito! Faça parte e apoie a causa dos fundos patrimoniais filantrópicos.

Política pública de transformação digital aprimora o Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar serviços para a população brasileira

Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) é o ponto de partida do Programa Juntos pela Saúde (JpS). Para desenvolver e apoiar iniciativas complementares às já existentes, é essencial conhecer de perto o que já tem sido realizado pelo Ministério da Saúde. Isso se torna ainda mais relevante em termos de inovação, o que traz um contexto fundamental para quem está na ponta desenvolvendo iniciativas em vários campos da saúde, como os projetos apoiados pelo JpS, sendo que diversos deles atuam com sistemas digitais, ferramentas tecnológicas, entre outros focos.

Tendo isso em vista, o Programa Juntos pela Saúde realizou uma entrevista exclusiva com Ana Estela Haddad, Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde. No bate-papo, a Secretária compartilhou as principais ações de transformação digital que vêm sendo realizadas no âmbito do Programa SUS Digital, criado em março de 2024. Todos os 5.570 municípios, os 26 estados e o Distrito Federal aderiram ao Programa e o Ministério da Saúde destinou aos municípios e estados, em 2024, o valor de R$ 454 milhões.

Ana Estela ressaltou também os desafios em levar inovações tecnológicas aos quatro cantos do Brasil, devido aos diversos desafios presentes num país marcado por desigualdades e os impactos positivos de iniciativas, como serviços de telessaúde, permitindo que brasileiras e brasileiros que vivem em regiões como Norte e Nordeste – foco de atuação do Juntos pela Saúde – tenham o a atendimentos especializados.

Confira a entrevista completa:

1. O SUS é um modelo de política pública de saúde reconhecido mundialmente e que, em 2025, completa 35 anos desde sua criação, por meio da Lei 8.080/1990. Nessas três décadas, muito se avançou, como, por exemplo, com a criação do Programa SUS Digital, em março de 2024. Quais são as principais inovações que vêm sendo realizadas e os benefícios das soluções digitais para a saúde pública?

A primeira inovação é uma visão sistêmica do processo de transformação digital, que é orientado pelas necessidades e desafios da rede de serviços, com o propósito de ampliar o o às ações e serviços de saúde, chegar a locais de vazios assistenciais e, principalmente, trabalhar em um conjunto diverso de camadas, para dar conta desse desafio.

Nesse sentido, uma inovação importante foi a criação do Índice Nacional de Maturidade em Saúde Digital (INMSD), com sete dimensões, que está normatizado na Portaria GM/MS nº 3.727, de 21 de maio de 2024, o qual todos os municípios e estados autoaplicaram-se, respondendo a esse questionário. Isso foi muito importante para criar um marco lógico e teórico comum no país. 

Também, na articulação interfederativa, como tivemos um ree de recursos e todos aderiram, chegamos a um ponto no qual temos – um ano depois do início do programa – 120 Planos de Ação de Transformação para a Saúde Digital das macrorregiões do país, que foram realizados com base no Diagnóstico Situacional e no Índice Nacional. Agora, terá início a implementação dos planos. 

Em relação ao Índice, uma das camadas, por exemplo, é a governança. Assim, há estados e municípios que já estão criando estruturas locais, que deixam de ser de tecnologia da informação operacional, para ser uma política de transformação digital em saúde, que envolve infraestrutura pública de rede, modelo de governança de dados, arquitetura de interoperabilidade e proteção e privacidade de dados.

Outro aspecto que gostaria de destacar diz respeito às questões necessárias em termos de economia de escala, a fim de que o processo de transformação ocorra em todo o país. Para tal, algumas ações são estruturantes e preparam o caminho, como a parceria com o Ministério das Comunicações, com investimentos próprios e com o PAC da Saúde, a fim de ampliar a conectividade nos locais que ainda não têm esse serviço. 

Apresentamos também um projeto para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), para garantir a conectividade nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Também estamos avançando num processo mais personalizado para os territórios dos povos originários, assim como em alguns complexos de favela em grandes municípios, como no Rio de Janeiro, no qual temos um trabalho no Complexo da Maré que envolve uma cocriação com as lideranças comunitárias.

A Secretaria ou ainda a ter assento no Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNPD), estamos influenciando a agenda regulatória de discussão da Autoridade Nacional de Proteção de Dados [ANPD] para 2025, acompanhando a tramitação do projeto de lei sobre inteligência artificial, participando do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, entre outras ações. Ou seja, a saúde entrou na pauta.

Uma ação muito importante é o avanço do modelo de interoperabilidade com a Rede Nacional de Dados em Saúde e as três plataformas, que se desdobram da Rede, que são o Meu SUS Digital, o SUS Digital Profissional e, mais recentemente, o SUS Digital Gestor.

Trabalhar a política nessa perspectiva integradora e pensando desde o ciclo de produção do dado, coleta, registro, integridade, transformação deste em informações estratégicas, indicadores de monitoramento e avaliação, até o processo assistencial, acredito que temos construído um desenho que, ele em si, já é a inovação.

2. Você comentou, secretária, sobre os Planos de Ação de Transformação para a Saúde Digital e que eles começam a ser implementados. O que constitui esses planos e o que já é possível avaliar das cidades em relação à sua situação e maturidade em saúde digital?

Os Planos de Ação foram estruturados dentro de uma plataforma, que é o Investe SUS, na qual os gestores já estão acostumados a trabalhar nas ações do Ministério da Saúde. Estruturamos a plataforma de tal maneira que se estabelece um conjunto de objetivos, que se desdobram em ações, depois em metas, assim como em indicadores e valores estimados e itens. Ou seja, os Planos já vêm com uma estrutura dada. Agora, estamos analisando a coerência deles. 

Os Planos têm três principais eixos, que são estruturantes do Programa SUS Digital. O primeiro é o da cultura de saúde digital, formação e educação permanente. O segundo é o da interoperabilidade, análise e disseminação de dados e informação em saúde, os sistemas de informação e os indicadores. E o terceiro é o de soluções tecnológicas e serviços de saúde digital, seja a telessaúde, seja a aplicação da inteligência artificial.

Quando olhamos os Planos, tendo como exemplo um estado, percebemos como estão distribuídos esses três eixos de forma equilibrada: 41% de soluções tecnológicas, 30% na parte de interoperabilidade e 29% na parte de cultura digital e informação.

Porém, quando tomamos como base as macrorregiões do país, essa distribuição é variável, de acordo com a necessidade e característica de cada macrorregião. Portanto, o que estamos fazendo agora é identificar nos Planos as necessidades que são comuns no país, a fim de que possamos pensar em soluções e ofertas nacionais, trabalhando com economia de escala e não no varejo.

3. Poderia detalhar e aprofundar um pouco mais a respeito desses Planos e as ações realizadas nas regiões Norte e Nordeste, que são focos de ação do Programa Juntos pela Saúde?

Para a distribuição dos recursos iniciais do Programa, classificamos as macrorregiões de saúde do país, fazendo uma tipologia em cinco estágios. E usamos várias referências para tal, como o Índice de Vulnerabilidade Social [IVS] do IPEA [Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada], o porte populacional, a capacidade instalada da rede de serviços – principalmente da Atenção Especializada –, a força de trabalho presente, a conectividade a partir do Índice Brasileiro de Conectividade [IBC] da Anatel, entre outros.

E, quando combinamos todos esses indicadores, há uma coincidência de maior vulnerabilidade geral localizada nas regiões Norte e Nordeste, mas, principalmente, no Norte. Assim, no momento da distribuição dos recursos, são regiões que procuramos desenvolver medidas de equalização, de levar um recurso um pouco maior para que possam dar conta dos desafios, que são maiores.

4. O SUS implementa, desde 2006, serviços de telessaúde, ou seja, utiliza tecnologias digitais para oferecer teleatendimento, de forma complementar à consulta presencial. Como esse serviço vem sendo aprimorado nesses quase 20 anos para integrar, cada vez mais, a Atenção Primária à Atenção Especializada, principalmente com um impulso que teve durante a pandemia de Covid-19?

Quando esse serviço começou em 2006, o foco era qualificar a Atenção Primária. Hoje, pensamos a telessaúde de uma maneira mais global e sistêmica, inclusive, com toda a sua abrangência de serviços. Antes da pandemia, por exemplo, não fazíamos teleconsultas e, atualmente, sim. 

O Programa Telessaúde Brasil Redes chegou a ter núcleos de atendimento em todos os estados, mas houve uma descontinuidade e, agora, estamos retomando. Em 2022, por exemplo, estávamos com 10 núcleos e, atualmente, com 27. E temos algumas ofertas nacionais de Atenção Especializada: teleoftalmologia, telecardiologia e teledermatologia. Estamos trabalhando para ampliar ainda mais esses serviços e linhas de cuidado prioritárias para o Programa Mais o a Especialistas.

5. Sabemos da importância da disseminação de informações estratégicas em saúde para a prevenção e o combate precoce a muitas doenças. O app “Meu SUS Digital”, por exemplo, facilita o o às informações em saúde e promove a continuidade do cuidado dos usuários do SUS. Porém estamos diante de um país extremamente desigual, em que a tecnologia ainda não está disponível a toda a população brasileira, principalmente entre os cidadãos que são beneficiários diretos do SUS. Como a SEIDIGI tem enfrentado esse desafio para levar iniciativas de saúde digital aos cidadãos?

O uso massivo do celular capilariza muito as possibilidades. O que precisamos fazer ainda é avançar na disseminação do Meu SUS Digital. Temos crescido progressivamente, com mais de 50 milhões de s, mas é preciso ter um uso regular. Tivemos também uma ampliação de, mais ou menos, 30 funcionalidades nesses últimos dois anos no aplicativo, o que leva também a uma proporção maior de usuários.

Vamos lançar agora a caderneta de saúde da criança no Meu SUS Digital. A proposta é que toda a tratativa de prontuário vincule a conta da criança à da família. Isso permite um melhor acompanhamento, pois a caderneta em papel tem um limite temporal e geográfico, sem contar que, se o responsável perde a caderneta, ficamos sem o a todas as informações da criança, enquanto a caderneta digital rompe essa barreira de tempo e espaço.

6. Um dos projetos contemplados pelo programa Juntos pela Saúde tem reunido, no ambiente digital, informações dos pacientes visando à melhoria do processo de gestão de saúde em dezenas de municípios por meio do de Indicadores de Saúde Mental. Como a Secretária vê essas parcerias com Organizações da Sociedade Civil (OSCs) no oferecimento desses serviços para os equipamentos de saúde municipais?

A participação do terceiro setor é sempre muito importante. A sociedade deve dar sua cota de colaboração, pois o governo sozinho não resolve todos os problemas. Além disso, o governo é transitório, então, a continuidade, muitas vezes, pode se dar com o apoio do terceiro setor.

Porém, é importante um alinhamento com as políticas públicas e as diretrizes que cabem ao Ministério, para que tenhamos uma soma de esforços e não uma sobreposição, e trabalhemos todos na mesma direção. O mesmo vale para as ações desenvolvidas pela filantropia e o investimento social privado. Acredito que o caminho seja de uma boa articulação. 


Ana Estela Haddad é Mestre e Doutora em Ciências Odontológicas e Professora Titular do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). É Coordenadora Adjunta do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Políticas Públicas para a Metrópole (NAP Escola da Metrópole) e Coordenadora da Estação FOUSP-ABENO (Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e Associação Brasileira de Ensino Odontológico) da Rede de Observatórios de Recursos Humanos em Saúde (Ministério da Saúde/OPAS). É Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Novas Tecnologias aplicadas à Saúde Digital, com ênfase na Telessaúde, Telemedicina, Teleodontologia e Educação. Em 2023, assumiu a Secretária de Informação e Saúde Digital.

Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil

O Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil é uma iniciativa do IDIS e da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos para o acompanhamento de endowments em atividade no Brasil.

Os dados são obtidos a partir de questionários respondidos por gestores destes fundos ou por meio da consulta pública em sites ou veículos de imprensa.

A atualização é constante. Para ar a integrar o levantamento ou modificar algum dado, gestores de fundos patrimoniais podem preencher o questionário oficial. Solicite o link escrevendo para [email protected]

e aqui os dados disponíveis sobre os fundos patrimoniais mapeados.

O Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil identificou 119 fundos patrimoniais ativos, cujo patrimônio total informado é de R$ 135.842.503.175.

e abaixo a planilha completa com informações sobre as causas dos fundos e também fonte da informação.

Monitor IDIS dE Fundos Patrimoniais no Brasil – levantamento completo

 

Nome 

Ano da criação

Patrimônio

Sede

Amigos Direito UERJ 2017 R$ 231.260 RJ
Associação Amigos da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) 2019 R$ 2.058.987 SP
Associação Escola Panamericana de Porto Alegre 2022 R$ 15.000.000 RS
Associação Fundo Patrimonial do ITA 2023 R$ 1.200.000 SP
Associação Gestora do Fundo Patrimonial em Apoio à Faculdade de Direito da UFRGS 2021 Não informado RS
Associação São Joaquim Não informado SP
C de Cultura 2017 R$ 21.564.468 SP
Casa Pequeno Mundo Não informado SP
Chronos (USP São Carlos – comunidade) 2024 R$ 1.500.000 SP
Conecta EAUFBA (Escola de istração da UFBA) 2022 R$ 150.000 BA
Endowment Afesu 2018 R$ 595.984 SP
Endowment Alumni Direito Mackenzie  2022 R$ 2.000 SP
CIP – Congregação Israelita Paulista 2015 Não informado SP
Endowments do Brasil – Fundo Trans Casa Chama 2022 Não informado SP
Escola Alef Peretz 2021 R$ 20.219.121 SP
Endowment Direito GV 2011 R$ 5.791.158 SP
Endowment Instituto Acaia 2016 R$ 519.701.044 SP
Endowment Instituto Rodrigo Mendes 2014 R$ 41.843.052 SP
Endowment PUC-Rio 2019 R$ 3.608.470 RJ
Endowment Sempre FEA (FEAUSP – alunos) 2020 R$ 10.200.000 SP
Fonte Endowment 2023 Não informado DF
Fundação Antonio e Helena Zerrenner INB 1936 R$ 34.972.318.000 SP
Fundação Ary Frauzino (Fundação do Câncer) 1991 R$ 255.000.000 RJ
Fundação Carlos Chagas 1964 Não informado SP
Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (Funtec)  2021 R$ 186.476 GO
Fundação de Fomento à Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura (FUNCETIC) 2022 Não informado PR
Fundação Dorina Nowill 2023 Não informado SP
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza 1996 R$ 30.826.964 RS
Fundação Lia Maria Aguiar – FLMA 2008 R$ 680.000.000 SP
Fundação Maria Emilia Não informado BA
Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga (FUNSAI) Não informado SP
Fundação Uniselva 2002 R$ 681.949 MT
Fundo Amanhã (istração UFRGS) 2022 R$ 1.138.031 RS
Fundo Apontar 2015 R$ 20.000.00 RJ
Fundo Areguá 2016 R$ 11.126.856 SP
Fundo Artigo 220 (Revista Piauí) 2021 R$ 350.000.000 SP
Fundo Baobá 2016 R$ 160.000.000 SP
Fundo Betinho – Ação da Cidadania 2023 R$ 45.849.008 RJ
Fundo Brasil de Direitos Humanos  2005 R$ 27.368.314 SP
Fundo Catarina 2021 R$ 1.525.317 SC
Fundo Comunitário da Maré – FCM 2021 R$ 25.192.212 RJ
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento da Sociedade (Fundação Dom Cabral) 2019 R$ 40.814.047 MG
Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo – F/ABRAJI  2016 Não informado SP
Fundo Centenário (Escola de Engenharia da UFRGS) 2017 R$ 2.637.921 RS
Fundo de Endowment do Instituto Líderes do Amanhã 2019 R$ 4.200.000 ES
Fundo de Fomento à Filantropia – FFF (IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) 2024 R$ 9.500.000 SP
Fundo de Investimento da FALM (Fundação André e Lúcia Maggi) 2017 R$ 14.169.657 MT
Fundo FICA 2015 R$ 150.000 SP
Fundo Figueira 1964 Não informado SP
Fundo FAS (Fundação Amazônia Sustentável) 2008 R$ 52.727.000 AM
Fundação Itaú 2000 R$ 5.160.836.000 SP
Fundo Gerações 2008 R$ 2.646.000 RS
Fundo Helda Gerdau 2019 Não informado RS
Fundo Patrimonial ACTC – Casa do Coração
2023 R$ 23.879.139 SP
Fundo Patrimonial Amigos da Poli (Escola Politécnica da USP) 2012 R$ 52.274.601 SP
Fundo Patrimonial Amigos do Hospital do Fundão (RJ) 2016 Não informado RJ
Fundo Patrimonial Amigos da Univali 2019 R$ 101.106 SC
Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central 2019 R$ 55.000 GO
Fundo Patrimonial ASA (Associação Santo Agostinho) 2018 R$ 84.350.000 SP
Fundo Patrimonial Associação Projeto Gauss – FPPG 2019 R$ 5.454.040 SP
Fundo Patrimonial Augere (FMUSP) 2015 R$ 234.440 SP
Fundo Patrimonial Axuxê (Facculdade de Medicinada da FMABC) 2017 R$ 8.000 SP
Fundo Patrimonial BrazilFoundation 2010 R$ 1.902.133 RJ
Fundo Patrimonial CEAP 2018 R$ 424.377 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Banco do Brasil 2008 R$ 258.362.000 DF
Fundo Patrimonial da Fundação Bradesco 1956 R$ 86.000.000.000 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) – UFPel 2024 Não informado RS
Fundo Patrimonial da Fundação Grupo Volkswagen 2002 R$ 202.300.000 SP
Fundo Patrimonial da Fundação José Luiz Egydio Setubal 2016 R$ 341.072.277 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal 1965 R$ 652.000.000 SP
Fundo Patrimonial da Fundação Romi 1999 R$ 84.000.000 SP
Fundo Patrimonial da St. Paul’s Não informado SP
Fundo Patrimonial da UEM (FUNUEM) 2024 Não informado PR
Fundo Patrimonial da UFC 2024 Não informado CE
Fundo Patrimonial da USP 2021 R$ 18.038.428 SP
Fundo Patrimonial do IMS 1995 R$ 1.250.000.000 SP
Fundo Patrimonial do Instituto Alana 2013 R$ 476.033.057 SP
Fundo Patrimonial do Instituto Ayrton Senna 2017 R$ 153.000.000 SP
Fundo Patrimonial do Instituto Sol Não informado SP
Fundo Patrimonial FEAUSP (gestores) 2016 R$ 1.342.557 SP
Fundo Patrimonial Eliezer Max Não informado Não informado RJ
Fundo Patrimonial Fundação Estudar 2017 R$ 54.526.025 SP
Fundo Patrimonial Fundação Tide Setubal 2010 R$ 123.704.159 SP
Fundo Patrimonial Ibirapitanga 2016 R$ 432.933.676 RJ
Fundo Patrimonial Instituto Reciclar 2016 R$ 8.039.000 SP
Fundo Patrimonial OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de SP)  2006 R$ 61.642.195 SP
Fundo Patrimonial PROSPERA – Unesp 2022 R$ 1.000.000 SP
Fundo Patrimonial Serrapilheira 2018 R$ 679.737.805 RJ
Fundo Perpetuidade SOS Mata Atlântica 2006 R$ 74.680.032 SP
Fundo Patrimonial UFV 2024 Não informado MG
Fundo ReCivitas da Renda Básica 2020 R$ 110.000 SP
Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn 2019 R$ 235.000.000 RJ
FUTURE – Fundo Territórios Unidos por Recursos para a Educação 2023 R$ 1.600.000 AM
Futurin – Funds for life (Hospital Pequeno Príncipe) 2024 R$ 3.000.000 PR
Gaia Legado 2024 SP
Gene – Fundo Patrimonial do Instituto Federal de São Paulo 2024 Não informado MG
iGMK – Instituto George Mark Klabin 1993 R$ 11.072.240 SP
Indeed 2023 Não informado
Insper 2022 R$ 8.458.767 SP
Instituto Dara 2008 R$ 19.505.000 RJ
Instituto Elos 2021 R$ 362.786 SP
Instituto Jô Clemente R$ 109.361.000 SP
Instituto Merula Steagall 2022 R$ 1.588.000 SP
Instituto Unibanco 2009 Não informado SP
IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas 2007 R$ 16.379.622 SP
Já, devagar e sempre (Aventura de Construir) 2024 R$ 730.000 SP
Liga Solidária 2020 R$ 109.700.000 SP
Lumina (Unicamp – reitoria) 2020 R$ 3.194.890 SP
MASP Endowment 2017 R$ 19.799.518 SP
Organização Gestora de Fundo Patrimonial da Sociedade Beneficente de Senhoras Sírio-Libanês 2021 R$ 18.836.870

SP
Patronos (Unicamp – alunos) 2020 R$ 2.098.781 SP
PDR – Purpose Driven Resources 2023 R$ 72.000.000 SP
Primatera Fundo Patrimonial 2023 R$ 33.392 SP
Reditus (UFRJ – alunos) 2018 R$ 14.000.000 RJ
Rio Endowment 2022 R$ 1.000 RJ
Semear 2022 R$ 18.591 MG
Sempre Sanfran (Faculdade de Direito USP – alunos) 2021 R$ 12.252.164 SP
Umane 2016 R$ 1.589.507.910 SP
WimBelemDowment 2021 R$ 239.301 RS

e e baixe a planilha completa com as causas dos fundos e fonte dos dados.

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

e mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para [email protected].

IDIS endossa manifesto internacional em solidariedade aos afetados por cortes de financiamento

As organizações da sociedade civil desempenham um papel crucial na promoção do bem-estar social, na defesa de direitos, na redução das desigualdades e no fortalecimento da democracia. A doação de recursos é vital para a sobrevivência dessas organizações, permitindo que continuem suas atividades e alcancem seus objetivos. Desde março, entretanto, quando foram anunciadas as primeiras interrupções de investimentos por parte da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), temos visto sucessivos cortes e se instaurou um clima de incerteza. A forma abrupta de como se deu o processo, impactou, e tem impactado, inúmeras organizações, que dependiam desses recursos para sua sobrevivência. 

Em um cenário em que resiliência e adaptação são necessárias, a rede global de organizações que apoiam e desenvolvem a filantropia, WINGS – Worldwide Internacional Network for Grantmaking , lança o manifesto Philanthropy’s solidarity with those impacted by aid cuts: A t Call to Action’, em solidariedade aos afetados, com diretrizes sobre como o setor filantrópico pode apoiar neste momento difícil, ao mesmo tempo em que contribuiu para o fortalecimento do ecossistema de impacto coletivo. Entre as ações propostas estão modelos de financiamento mais flexíveis e de longo prazo; a promoção de narrativas positivas através de dados e histórias que inspirem a atuação do setor social entre a sociedade; o apoio a mecanismos de filantropia comunitária, o financiamento de redes e a defesa de um ambiente regulatório favorável à atuação das organizações da sociedade civil, entre outros tópicos estruturantes e que contribuem para a sustentabilidade das OSCs. 

Ao aderir à iniciativa, o IDIS reafirma seu compromisso com o fortalecimento da filantropia e cultura de doação, além da promoção de uma sociedade civil mais resiliente e autônoma. 

“Acredito que a colaboração e empatia entre organizações são fundamentais para enfrentar os desafios atuais e futuros. É importante também protegermos os avanços que já tivemos para seguirmos gerando impacto positivo”, ressalta Paula Fabiani, CEO do IDIS.

No início de maio, o manifesto já conta com a adesão de 63 organizações de 27 países. Para mais informações sobre o manifesto e tornar-se um signatário, e o site da WINGS.

IDIS e Transformando Territórios marcam presença no 13º Congresso GIFE

O IDIS esteve presente no 13º Congresso GIFE, realizado de 7 a 9 de maio em Fortaleza (CE), reafirmando seu compromisso com a promoção de uma filantropia mais estratégica, inclusiva e transformadora. Com o tema ‘Desconcentrar poder, conhecimento e riquezas’, o evento reuniu centenas de representantes de organizações da sociedade civil, especialistas e lideranças do setor público e privado. Em pauta, discussões fundamentais para o futuro do investimento social privado (ISP) no Brasil, com foco em ampliar o apoio às OSCs, promover a equidade de gênero e raça e impulsionar soluções para um desenvolvimento sustentável e democrático.

Paula Fabiani, CEO do IDIS, foi palestrante em um dos painéis, e Carlos Jorge, fundador da Mundaú Mundo que integra o programa Transformando Territórios, também. Além da participação nas mesas de debate, o Congresso marcou um momento especial: pela primeira vez, 10 das 15 Fundações e Institutos Comunitários apoiados pelo programa estiveram presentes no evento, com apoio do programa e do próprio GIFE. A presença da delegação foi um marco no fortalecimento da filantropia comunitária e da atuação do Transformando Territórios, iniciativa do IDIS em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation.

Investimento social corporativo em foco

No ‘Investimento social corporativo e as suas alternativas no enfrentamento às desigualdades’, Paula Fabiani esteve ao lado de Camila Valverde (Fundação ArcelorMittal), Guibson Trindade (Pacto pela Promoção da Equidade Racial), Raphael Mayer (Simbi) e Raull Santiago (Iniciativa PIPA). A mesa discutiu sobre caminhos concretos para deixar o campo do Investimento Social Corporativo (ISC) mais diverso, distribuído e alinhado aos grandes desafios sociais e ambientais do país.

Paula destacou o papel do Compromisso 1%, iniciativa do IDIS em parceria com o Instituto Mol, que incentiva empresas a destinarem ao menos 1% do lucro líquido para causas sociais, como uma das estratégias para engajar empresas e ampliar o impacto do ISC.

Além de participar do , Paula esteve presente em um almoço promovido pelo Movimento por uma Cultura de Doação (MCD), com membros da rede. 

Conexão, fortalecimento e filantropia comunitária

Carlos Jorge, da Mundaú Mundo (AL), participou do ‘Modelos Participativos de Doação e Financiamento’, ao lado de Camila Haddad (Próspera Social), Guiné Silva (Fundação Tide Setubal), Marcelle Decothé (Iniciativa PIPA) e Mahyran Sampaio (ONU). A discussão abordou como o financiamento participativo, especialmente no contexto do grantmaking, pode contribuir para a redistribuição do poder, conhecimento e riquezas, fortalecendo comunidades e promovendo novas formas de governança mais colaborativas e conectadas com as realidades locais.

Carlos compartilhou a experiência da Mundaú Mundo como uma FIC (Fundação ou Instituto Comunitário), modelo de organização que capta, gerencia e realiza doações de recursos financeiros para iniciativas sociais em seus territórios. Essas organizações desempenham um papel central no fortalecimento das redes locais e na resposta a demandas comunitárias, garantindo a vitalidade do setor social de base.

Encerrando com chave de ouro, o IDIS promoveu um jantar especial com as lideranças das FICs presentes, parceiros do Transformando Territórios e convidados. Foi um momento simbólico de confraternização, trocas significativas e renovação dos laços que sustentam a construção coletiva de uma filantropia mais descentralizada, enraizada e potente. 

 

Você já ouviu falar em Institutos e Fundações Comunitárias?

O conceito de Fundação Comunitária ou Community Foundations surgiu nos Estados Unidos, mais precisamente em Cleveland/Ohio, como uma solução para a dificuldade que os bancos encontravam em satisfazer o desejo de seus clientes de doar parte de próprios patrimônios em testamentos para endereçar demandas sociais da cidade. À época, não existiam estruturas jurídicas nem modelos consolidados que permitissem doações flexíveis voltadas a demandas locais de maneira organizada e permanente. A fundação comunitária foi uma inovação justamente por oferecer essa governança comunitária e flexibilidade.

Desde então, as Fundações Comunitárias se espalharam pelo país e se tornaram populares no resto da América do Norte, Europa e, nas últimas décadas, nos outros continentes. De acordo com o Community Foundation Atlas, em 2014, cem anos após o surgimento da primeira fundação comunitária, existiam mais de 1.800 dessas organizações no mundo, que movimentam anualmente mais de USD 5 bilhões (ou 25 bilhões de reais).

EXPLORANDO O CONCEITO

Mas o que são Fundações e Institutos Comunitários (FICs)? Certamente você conhece ou já ouviu falar de organizações da sociedade civil (OSCs) que atuam em prol de causas como saúde, combate à fome, educação, meio ambiente, entre outras. Diferente das OSCs tradicionais, as FICs atuam em um território geográfico definido — seja um bairro, distrito, cidade ou região — e trabalham para solucionar os problemas prioritários daquela localidade. A causa central das FICs é o próprio território em que atuam. Por isso, sua atuação é multitemática, abrangendo uma diversidade de temas e questões relevantes para a comunidade local.

Há um ditado na área da filantropia comunitária que diz “conheça uma fundação comunitária e você terá conhecido apenas uma”. Não há duas fundações comunitárias iguais em nenhum lugar do mundo, apesar das características, valores e princípios serem os mesmos ou muito similares.

As FICs se diferem das organizações tradicionais também em outros princípios como:

  • Organizações locais
  • Representadas por membros da comunidade
  • Organizações juridicamente estabelecidas e perenes
  • Multitemáticas
  • Financiadas por fontes de recursos diversas
  • Visão de longo prazo
  • Majoritariamente grantmakers
  • Assessoram a jornada filantrópica do doador
  • Provedoras de apoio institucional e técnico às organizações e iniciativas sociais locais.

 

As FICs são protagonistas da interlocução entre organizações sociais e doadores, sociedade civil e poder público, promovendo transparência e engajamento. Esse modelo de organização social fomenta o protagonismo local e empodera a comunidade reduzindo desigualdades, promovendo o desenvolvimento local sustentável e agindo como interlocutora dos diversos stakeholders (parte interessadas). Veja o funcionamento:

VALORES DAS FICS

As FICs contribuem para a defesa de interesses públicos e da melhoria na qualidade de vida da sociedade como um todo, não à toa possuem valores imprescindíveis para sua atuação:

  • Protagonismo Comunitário: valorização dos ativos locais e engajamento cívico local como as principais forças condutoras do processo de desenvolvimento de comunidades, no qual cidadãos são investidores e responsáveis pela transformação positiva da própria realidade, garantindo a legitimidade das ações promovidas, a defesa dos direitos e interesses comunitários, e a perpetuidade do movimento de melhoria da qualidade de vida local.
  • Defesa dos valores democráticos: como iniciativas coletivas, é imprescindível para o sucesso das FICs que elas defendam e promovam valores democráticos referentes ao direito à vida digna, à justiça social, à instituição de processos participativos, à garantia da liberdade de expressão e ao respeito à diversidade e defesa dos direitos humanos.
  • Transparência: a construção de relações de confiança a partir de comunicação transparente entre atores sociais, da abertura organizacional para o compartilhamento de informações e da divulgação de dados referentes às atividades, processos, tomadas de decisão e à gestão de recursos executadas pela FIC ao longo do tempo.
  • Práticas Sustentáveis: é fundamental o comprometimento das FICs com o uso consciente e sustentável dos recursos naturais do território.
  • Atuação em rede: crença na força das ações colaborativas como meio para se alcançar o desenvolvimento de longo prazo das comunidades sendo, desta forma, amplamente valorizada a articulação e o cultivo de parcerias com representantes dos setores público, privado e social.

INSTITUTOS E FUNDAÇÕES COMUNITÁRIAS NO BRASIL

No Brasil, juridicamente, as FICs podem ser formalizadas como associações — muitas vezes denominadas institutos — ou como fundações. Por isso, utilizamos localmente ambos os termos como sinônimos e nos referimos a elas como Fundações ou Institutos Comunitários, ou, simplesmente, FICs.

Reconhecendo a relevância dessas organizações para o desenvolvimento social inclusivo — com protagonismo da própria comunidade local — o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), em parceria com a Charles Stewart Mott Foundation, criou o programa Transformando Territórios. A iniciativa fomenta a criação, o fortalecimento e o desenvolvimento de Fundações e Institutos Comunitários no Brasil. Lançado em 2020, o programa atua em conjunto com diversos parceiros e apoiadores, oferecendo e técnico, institucional e financeiro às FICs, tanto de forma individual quanto ao coletivo, além de incentivar o engajamento de doadores e da sociedade civil.

Em 2025, 15 organizações de 10 estados brasileiros fazem parte do Programa. Desde o início do projeto, 18 organizações já foram apoiadas, das quais três previamente já se identificavam com o conceito de Fundação Comunitária. Ao participar do Programa, cada organização define sua trilha de desenvolvimento, com metas, objetivos e esforços alinhados com seus territórios, conhecimento e história. Com amplos diálogos, é definida uma estratégia de apoio para cada uma delas, respeitando os saberes, demandas e potenciais locais.


A partir da experiência de quatro anos na condução do programa Transformando Territórios, o IDIS lançou em 2024 um guia a partir de exemplos de quem já transforma territórios. Os conteúdos abordam desde os aspectos legais e estruturais de uma fundação ou instituto comunitário até as melhores práticas para envolver a comunidade local. Baixe agora!


SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br

Começa a pesquisa para Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2024

Está iniciada a coleta de dados para o Anuário de Desempenho dos Fundos Patrimoniais 2024. Esta é a quarta edição da publicação, realizada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos e que este ano tem o apoio Master do Movimento Bem Maior, e apoio de 1618 InvestimentosASA – Associação Santo Agostinho, Fundação Grupo Volkswagen, Fundação José Luiz Egydio SetubalFundação Maria Cecília Souto Vidigal, Mattos Filho, Pragma Gestão de Patrimônio e Wright Capital Wealth Management.

A iniciativa traz informações sobre fluxo de caixa (patrimônio, doações recebidas, investimentos na causa e resgates para manutenção própria); alocação e rentabilidade dos investimentos; estrutura da governança (com dados sobre a presença de membros independentes e participação feminina), investimento responsável, além de perspectivas para o futuro.

A última edição do estudo, no ano ado, contou com 74 respondentes com patrimônio somado de R$ 156 bilhões.

Serão enviados emails convite para os fundos mapeados pelo IDIS, mas gestores interessados em integrarem o Anuário podem entrar em contato com a equipe do IDIS pelo email: [email protected].

 

Para conhecer as informações solicitadas no questionário, o disponibilizamos também completo em Word (e aqui). Mas atenção: só serão válidas respostas enviadas via sistema

PRAZO DE PREENCHIMENTO

As respostas oficiais deverão ser preenchidas no sistema online clicando aqui até 31 de Maio de 2025.

 

Conheça o Anuário de Desempenho dos Fundos Patrimoniais 2023.

 

REALIZAÇÃO

SOBRE FUNDOS PATRIMONIAIS

Os fundos patrimoniais, ou endowments, são mecanismos que contribuem para a sustentabilidade financeira de organizações e causas. No Brasil, o primeiro foi criado na década de 50 e se intensificaram a partir de 2019, com a sansão da Lei 13.800/19. Segundo o Monitor de Fundos Patrimoniais, há hoje no país mais de 120 fundos patrimoniais ativos.

 

Saiba mais:

Programa Juntos pela Saúde lança cinco novos projetos para fortalecer o SUS no Norte e Nordeste do Brasil

Em 2024, o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa do BNDES gerida pelo IDIS, se expandiu para todos os estados da região Norte e Nordeste do Brasil, apoiando o Sistema Único de Saúde (SUS) na região. Ao todo foram dez novos projetos aprovados, sendo cinco deles selecionados por meio de fomento estruturado. Esta modalidade é destinada a projetos indicados pelos apoiadores que estejam alinhados com os objetivos do programa e que recebem apoio técnico do IDIS na sua estruturação. 

Com novos aportes, serão quase R$20 milhões a mais investidos em projetos de fomento estruturado, que contemplam mais de 2.000 municípios, aproximadamente, nos 16 estados do Norte e Nordeste do país. Por meio de uma estratégia de matchfunding, na qual o recurso captado tem seu valor dobrado ampliando o alcance e impacto das ações, doações do BNDES e outros três apoiadores (capital filantrópico), viabilizaram o apoio a cinco novas propostas que agora compõem o portfólio de projetos do Juntos pela Saúde. Ao todo, para estas novas iniciativas, o Fundo Vale destinou R$1 milhão, a Fundação Novartis mais de R$2,6 milhões e a Umane destinou mais de R$6 milhões.

Como eixo comum entre os projetos, destaca-se o enfoque no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde no âmbito do SUS. Entretanto, os diferentes executores têm projetos bastante diversos abrangendo desde o cuidado com gestantes e hipertensos e a construção de infraestrutura para viabilizar o atendimento do SUS na Amazônia Legal, até a identificação e prevenção de epidemias respiratórias, e o aprimoramento do cuidado de Condições Crônicas Não Transmissíveis (CCNT) e da saúde ocular dos brasileiros.

Conheça um pouco mais de cada um dos projetos apoiados:

AfluentesExecutado pelo Instituto de Estudos e Políticas para a Saúde (IEPS) com apoio do BNDES e parceria com a Umane, o projeto tem como objetivo principal reduzir a morbidade e a mortalidade associadas às falhas no cuidado de gestantes e de hipertensos em áreas desassistidas da Amazônia Legal. Para que isso seja possível, serão realizados diagnósticos das linhas de cuidado da Atenção Primária à Saúde (APS) relativas à hipertensão e pré-natal na região do Baixo Amazonas de forma a posteriormente desenvolvê-las por meio de tecnologias gratuitas. Serão beneficiárias as Secretarias Municipais de Saúde de seis municípios do estado do Pará.

Sistema de Antecipação de SurtosComandado pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), apoiado pelo BNDES e em parceria com a Umane, o projeto desenvolverá e implantará um sistema de alertas antecipados, geograficamente localizados, para identificar previamente surtos respiratórios a partir do monitoramento contínuo dos atendimentos na Atenção Primária à Saúde (APS). Para isso, o projeto pretende estar  presente em nas capitais do Norte e Nordeste, posteriormente expandido  para demais cidades das regiões. 

CARDIO Executado pela Beneficência Portuguesa (BP) e com apoio do BNDES e Fundação Novartis, o projeto pretende transformar o cenário das Condições Crônicas Não Transmissíveis (CCNT) e desfechos clínicos, buscando reduzir as taxas de morbidade e mortalidade. Para isso, ampliará a implementação da metodologia CARDIO, que será ajustada às necessidades e aos aspectos culturais dos territórios contemplados, beneficiando mais de 30 municípios da Paraíba, Ceará e Pará.  

SUS na Floresta Com execução da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), apoio do BNDES e parceria com o Fundo Vale e a Umane, o projeto tem como objetivo principal a construção de um ponto de apoio na Reserva Extrativista do Rio Gregório, no município de Eirunepé, no Amazonas. O ponto de apoio conterá infraestrutura para receber os atendimentos do SUS na região, com capacidade de realização de consultas odontológicas e telemedicina, e atendimento de aproximadamente da comunidade ribeirinha da região. 

V.E.R. – Visão Em RedeCom execução da Fundação Altino Ventura (FAV), apoio do BNDES e parceria da Umane, o projeto promoverá avanços na saúde oftalmológica da população brasileira por meio da ampliação do o e da utilização de metodologias digitais inovadoras. Para tal, será executado um projeto piloto no município de Serra Talhada, em Pernambuco, no qual será desenvolvida uma plataforma com novas tecnologias que poderá ser integrada às interfaces do SUS e às políticas de saúde existentes, tendo potencial de adoção em todo o território nacional.

Como nossa consultoria funciona na prática? Confira os destaques de 2024

Desde a nossa fundação, o IDIS oferece apoio técnico a famílias, empresas e organizações sociais interessadas em iniciar ou aprimorar seus investimentos sociais.

Em 2024, a equipe do IDIS conduziu 41 projetos, contemplando diferentes aspectos da jornada filantrópica. A nota média de recomendação (NPS) atribuída por nossos clientes foi de 9,7, em uma escala de 0 a 10, onde 10 significa a recomendação máxima.

Atuamos de forma customizada e participativa em seis frentes:

Convidamos você a conhecer mais a fundo nossos serviços e algumas dessas histórias inspiradoras que aconteceram ao longo de 2024:

 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GOVERNANÇA

O planejamento estratégico é essencial para orientar o desenvolvimento de uma organização no longo prazo. Ele estabelece as metas e objetivos de uma empresa ou instituição, levando em consideração seu contexto, seus recursos e suas capacidades. Contribuímos nesta frente, oferecendo consultoria para a criação de novas organizações, oferecendo capacitações em investimento social e também participando de projetos de planejamento para organizações já estabelecidas, levando em consideração seu contexto, recursos e capacidades.


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

A família Ribeiro é dona da Braúna, uma empresa de fruticultura, e de outros negócios no norte de Minas Gerais. Marcos Ribeiro, fundador da Braúna, tem o sonho de investir até 25% dos lucros de seus empreendimentos em causas sociais em Jaíba e região. A consultoria do IDIS teve como objetivo alinhar a visão de impacto social da família e da empresa, além de criar uma estratégia de longo prazo para a região. Foram definidas quatro linhas de atuação, incluindo doações para projetos existentes, fortalecimento de organizações locais e adaptação de metodologias bem-sucedidas. Também foram estabelecidos critérios para selecionar e monitorar projetos sociais, contribuindo para o atingimento dos impactos desejados.

Confira a história completa.


A governança, por outro lado, está mais relacionada com a estrutura e os processos pelos quais as decisões são tomadas, os recursos são geridos e a organização é controlada. Ela se refere a como os líderes e as partes interessadas tomam decisões para atingir os objetivos organizacionais, respeitando princípios como transparência, ética e responsabilidade.

Confira nossos produtos de conhecimento sobre o tema.


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

Em 2023, a Fundação FEAC realizou um mapeamento com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) de Campinas e identificou que 63% das respondentes tinham dificuldade para recrutar novos dirigentes ou conselheiros voluntários. O principal gargalo relatado
era de encontrar pessoas interessadas para ocuparem essas posições. Frente ao desafio identificado, contou com o apoio do IDIS para a execução de um projeto piloto que atraísse, capacitasse
e conectasse voluntários às oportunidades de atuarem como conselheiros ou dirigentes nas OSCs de Campinas.

“Estamos bem animados, não só pela importância do projeto, mas também pelo quanto toda essa metodologia que estamos implementando tem o potencial de ser uma estratégia de fortalecimento de organizações sociais. Quando olhamos para a
perspectiva da governança, vemos a importância dessa renovação, que traz outros olhares, experiências e novas áreas de conhecimento e atuação profissional para dentro do trabalho que as organizações desempenham no ecossistema social de Campinas”, Rodrigo Correia, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Organizacional e Impulsionamento do Ecossistema Socia da Fundação FEAC.

 

Feira de Governança, realizada pelo IDIS, como parte do projeto de Dirigentes Voluntários

Confira a história completa.


AGENDA ESG

Com o crescimento da importância da Agenda ESG (em tradução, ambiental, social e governança) o IDIS tem investido no fortalecimento da equipe com especialistas e na produção de conhecimento sobre o tema, incluindo o desenvolvimento de metodologias que apoiam investidores sociais e tomadas de decisões. Há dois anos, foi oficializada a criação de uma unidade ESG no time de consultoria, oferecendo apoio técnico a empresas e organizações que desejam aprimorar suas estratégias ESG e conectá-las a suas práticas de investimento social. Os serviços incluem o desenho de programas e projetos, mapa de riscos e oportunidades, estabelecimento de comitês temáticos, alinhamento de indicadores e métricas para um report consistente.


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

A Brametal, comprometida com o fortalecimento de sua agenda ESG, buscou o apoio do IDIS para desenvolver uma estratégia de Investimento Social Privado (ISP) alinhada aos desafios da empresa e às necessidades da comunidade. O objetivo era estruturar uma atuação social mais estratégica e integrada, garantindo maior impacto e coerência com seus valores institucionais.

O IDIS conduziu um processo de análise interna e externa para mapear oportunidades e desafios, seguido de uma construção coletiva com a equipe de Responsabilidade Social da Brametal. A consultoria resultou na definição de eixos estratégicos de atuação, planejamento orçamentário, diretrizes de governança e um mapeamento de implementação, incluindo sugestões de novos programas, aprimoramento de projetos existentes e identificação de parceiros executores. Além disso, foram estabelecidos indicadores para monitoramento e avaliação dos resultados. Com essa estruturação, a Brametal ou a contar com um ISP mais estratégico e alinhado à sua visão ESG, ampliando seu impacto social de forma sustentável.

Confira a história completa.

 

O IDIS realizou a revisão estratégica do investimento social do Instituto Alpargatas, buscando revisitar seus eixos de atuação atuais e realinhá-los à estratégia corporativa do negócio, também revisitada nos anos de 2023 e 2024. Nesse contexto, foram avaliadas premissas para uma futura revisão do portfólio de projetos, envolvendo priorização de esforços em focos estratégicos e o fortalecimento de temas relevantes para o negócio, como a economia circular.

Confira a história completa.


ESTRUTURAÇÃO DE FUNDOS PATRIMONIAIS E ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

O o e a gestão de recursos é essencial para a geração de transformações socioambientais. Nesta frente, contribuímos para que organizações adotem estratégias para sua sustentabilidade financeira, o que inclui aspectos relacionados à captação. A gestão desses recursos pode acontecer por meio da adoção de diferentes mecanismos. Entre nossas especialidades está o uso de fundos filantrópicos, sejam eles emergenciais ou filantrópicos.

 


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

O Brasil ocupa a quarta pior posição no ranking mundial de saúde mental, segundo revela a edição mais recente do The Mental State of the World. Globalmente, quase um bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental.

O Vertentes, ecossistema que atua na promoção, prevenção e apoio à saúde mental no Brasil, buscou o IDIS para apoio na estruturação de um fundo filantrópico que contribua para a celeridade de suas atividades e fortaleça sua estratégia de captação de recursos.

O Fundo Vertentes foi criado com base em modelagem proposta pelo IDIS e contou com a participação ativa das lideranças da organização. Sua criação, com gestão profissional e independente, possibilita o recebimento de doações e patrocínios
para o movimento, visando financiar pesquisas e apoiar o desenvolvimento de organizações e iniciativas no campo da saúde mental.

Equipe Vertentes reunida

Confira a história completa.


DESENHO/IMPLANTAÇÃO  DE PROJETOS E CAPACITAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES

Atuamos na estruturação e implementação de iniciativas sociais, com base em diagnósticos locais, benchmarks e estudos para identificar causas prioritárias. Além de desenvolver projetos estratégicos, o IDIS fortalece o relacionamento com a comunidade, capacita OSCs e promove redes de colaboração entre diferentes setores, garantindo impacto social sustentável e de longo prazo.

 


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

Buscando ampliar e fortalecer o engajamento de seus clientes corporativos em ações socioambientais, o BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, se uniu ao IDIS para uma importante iniciativa.

O apoio técnico envolveu a realização da pesquisa ‘Investimento Social Privado em Grandes Empresas’, que analisa as ações filantrópicas de mais de 90 empresas de diversos setores. Este estudo fornece um panorama atual do Investimento Social Privado (ISP) no Brasil, destacando boas práticas e identificando oportunidades de impacto. Baixe a publicação na íntegra:

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DESENVOLVIMENTO DE EDITAIS E GESTÃO DE PORTFÓLIO

Trabalhamos junto a empresas e organizações sociais na criação de chamadas públicas que conectem iniciativas sociais com potenciais doadores ou investidores. Além disso, realizamos a gestão e acompanhamento das doações aos portfólios de
projetos apoiados, garantindo que cada iniciativa esteja alinhada aos objetivos estratégicos e ao impacto esperado.

 


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

Em linha com o desejo de estabelecer um novo pacto com a sociedade, a Vale assumiu o compromisso global de apoiar a saída de 500 mil pessoas da pobreza extrema até 2030. Entre as ações previstas, estava a constituição de um fundo filantrópico, com gestão profissional, independente e com as melhores práticas de governança, para receber aportes da Vale e de outros parceiros investidores, voltados ao fomento de iniciativas e instituições que atuam no enfrentamento à pobreza extrema.

O IDIS foi selecionado para realizar a modelagem e gestão programática e financeira do Fundo Filantrópico de Enfrentamento à Extrema Pobreza.

Após um processo inicial de modelagem e elaboração de documentos de gestão, em setembro de 2024, foi dado início às operações do Fundo. Três iniciativas de enfrentamento à pobreza extrema integram o portfólio do Fundo Filantrópico: os projetos Rede+, Voa Maracanã e Jovem Mobiliza.

Em 2025, o Fundo já tem novas iniciativas em processo de entrada, bem como o recebimento das primeiras doações de outras empresas investidoras.

 

Realizado pelo Instituto Mosaic, o Edital da Água é um projeto anual que seleciona e apoia financeiramente iniciativas de organizações da sociedade civil e instituições de ensino superior voltadas à disseminação de tecnologias sociais para a gestão eficiente da água.

O edital também promove boas práticas na gestão dos recursos hídricos, garante o o à água para consumo humano e produção de alimentos, além de fomentar a proteção e restauração de ecossistemas aquáticos e a recuperação de nascentes.

O IDIS atua como parceiro técnico do projeto, gerenciando todas as etapas – do
planejamento à execução -, incluindo a formalização das doações, de termos de parceria, ree de recursos e monitoramento dos projetos apoiados.

Desde 2019, mais de 16 mil pessoas, em 29 municípios de nove estados brasileiros, foram beneficiadas pelos 66 projetos contemplados pelo edital.

Na sexta edição, realizada em 2024, o edital incorporou uma nova prioridade: garantir o
o à água e saneamento para crianças na primeira infância (de 0 a 6 anos). Ao final do processo seletivo, que contou com a participação de especialistas do setor e lideranças da empresa, foram escolhidos 15 projetos para execução, com um investimento de mais de R$ 500 mil por parte do Instituto Mosaic.

Confira a história completa.


MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Nossa equipe trabalha com metodologias como o SROI (Social Return on Investment), protocolo de avaliação que propõe uma análise comparativa entre o valor dos recursos investidos em um projeto ou programa e o valor social gerado para a sociedade com essa iniciativa, e a Análise Custo Benefício. O IDIS também auxilia organizações a desenvolver sistemas robustos para medir o impacto de suas ações, garantindo que os resultados sejam avaliados de forma contínua, e auxiliamos na adaptação de estratégias com base nos dados coletados, sempre com foco na ampliação do impacto social.


cOMO ISSO É EFEITO NA PRÁTICA?

As práticas de monitoramento e avaliação no contexto do investimento social privado são essenciais para as empresas melhorarem a forma como medem o sucesso de suas iniciativas e seu impacto.

Reconhecendo a importância dessas práticas, a Fundação ArcelorMittal, organização social do Grupo ArcelorMittal, buscou o apoio do IDIS para o desenvolvimento de um Plano de Monitoramento e Avaliação (M&A), com o objetivo de fortalecer a cultura avaliativa na organização. A execução do plano permitirá à
Fundação monitorar os resultados a partir de seu próximo ciclo dos projetos, além de ampliar a capacidade da organização de elaborar planos de M&A em outras frentes de atuação. Para o Programa Liga STEAM, que visa unir parceiros e fortalecer o investimento em educação no Brasil, o IDIS executou uma avaliação usando o
protocolo SROI.

Confira a história completa.

 

A educação é, sem dúvida, uma ferramenta vital para a
transformação e inclusão social. É nessa crença que se baseia a atuação do Instituto Baccarelli. A organização oferece atividades educacionais e artísticas para os jovens de Heliópolis e de mais 12 territórios na cidade de São Paulo. Com um grande número de vidas sendo impactadas, fica o desafio: como compreender objetivamente o impacto que a iniciativa gera na sociedade?

Para responder a essa pergunta, o Instituto Baccarelli procurou o IDIS para realizar uma Avaliação de Impacto SROI da iniciativa. Foi identificado que para cada R$1,00 investido pelo Instituto Baccarelli, são gerados R$3,49 na forma de benefícios sociais para a sociedade.

“Há mais de 27 anos, o Instituto Baccarelli tem impactado a comunidade de Heliópolis, transformando vidas por meio da educação, da cultura e da inclusão social. O protocolo SROI que a equipe do IDIS aplicou com tanta profundidade, sensibilidade e excelência, nos trouxe a oportunidade de tangibilizar e identificar indicadores desse impacto social,
baseados em dados e metodologia científica. Além de muito nos orgulhar com os impactos apurados nesse primeiro estudo do SROI, eles nos permitem criar um diálogo ainda mais efetivo e engajado com a sociedade, fundamental para a continuidade do trabalho do Instituto Baccarelli”, Mauricio Cruz, gerente de desenvolvimento institucional do Instituto Baccarelli.

Coral de Heliópolis, iniciativa liderada pelo Instituto Baccarelli

Confira a história completa.

Veja mais organizações com quem trabalhamos ao longo de 2024:

 

Organizações da Sociedade Civil são convidadas a participar de pesquisa global inédita

A Charities Aid Foundation (CAF), em parceria com o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, e instituições aliadas em 28 países, está conduzindo a pesquisa World Charity Landscape 2025. O projeto busca mapear a atuação de organizações da sociedade civil (OSCs) ao redor do mundo, entender seus desafios e medir seu impacto na sociedade.

O objetivo é ouvir quem está diretamente atuando no campo, e fazendo um trabalho tão importante de transformação socioambiental no nosso país.

As OSCs participantes contribuirão com uma iniciativa global, que visa fortalecer a sociedade civil internacionalmente. O questionário é anônimo e leva de 8 a 10 minutos para ser preenchido. Além disso, é possível salvar as respostas e retomá-las posteriormente.

Os resultados consolidados serão publicados em setembro de 2025.

Clique aqui e participe!
Sua contribuição é muito importante

Caso queira conhecer o questionário completo antes de responder, você pode baixar o PDF com todas as perguntas clicando aqui

Sobre a CAF
A Charities Aid Foundation (CAF) é uma organização britânica dedicada à filantropia, com mais de 100 anos de atuação. Presente em diversos países, incluindo o Brasil, por meio do IDIS, a CAF apoia doadores e investidores sociais privados a maximizar o impacto de suas doações. A rede CAF conta ainda com escritórios na Argentina, África do Sul, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Índia, entre outros.

 

IDIS agora é membro da Social Value International

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social agora integra oficialmente a Social Value International (SVI), rede global que reúne profissionais e organizações comprometidas com a mensuração e gestão do valor e impacto social. A filiação reforça o compromisso do IDIS com práticas baseadas em evidências e com a melhoria contínua da eficácia de iniciativas sociais.

A SVI promove a adoção de metodologias robustas por meio da colaboração entre seus membros e da certificação de profissionais. Há mais de 15 anos, a rede é responsável por desenvolver e disseminar o protocolo SROI (Social Return on Investment), uma das ferramentas mais reconhecidas internacionalmente para avaliação de impacto.

Segundo a própria rede, “valor social significa compreender a importância que as pessoas atribuem às mudanças em seu bem-estar e o uso dos insights que obtemos dessa compreensão para tomar melhores decisões”. Ou seja, trata-se de usar dados e evidências para fortalecer o processo decisório em organizações sociais, com foco nos efeitos reais gerados para os públicos beneficiados.

“Ser parte da Social Value International nos conecta com uma comunidade global de prática e nos coloca na vanguarda da mensuração de impacto no Brasil. Isso fortalece nossa capacidade de apoiar organizações a tomar decisões mais informadas e eficazes”, comenta Denise Carvalho, gerente sênior de Monitoramento e Avaliação do IDIS.

A CEO do IDIS, Paula Fabiani, é a única brasileira com formação completa em SROI pela SVI. Além disso, a equipe técnica do instituto ou por capacitações conduzidas pela organização, o que contribui para a excelência das avaliações realizadas.

Hoje, o IDIS é referência nacional na aplicação do protocolo SROI, com projetos realizados para instituições como Amigos do Bem, Fundação Sicredi, Gerando Falcões, Parceiros da Educação, Petrobras e Vale.

Para saber mais, conheça os projetos de Monitoramento e Avaliação realizados pelo IDIS.

MAIS SOBRE AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Com ampla experiência e tendo a produção de conhecimento como um de nossos pilares de atuação, temos inúmeros materiais disponíveis a quem deseja se aprofundar

Avaliação de Impacto SROI

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Relatório de atividades 2024: investimento social é coisa de muita gente!

Todos os dias, trabalhamos para promover um presente e futuro melhor para esta e para as próximas gerações. Sonhamos, planejamos, agimos e colaboramos na construção de um mundo mais justo, doador e solidário. Mas este foi um ano mais que especial para o IDIS.

Completamos 25 anos, uma oportunidade de celebrar nosso ado, reconhecer conquistas, aprendizados e, principalmente, as pessoas que fazem parte dessa história. Inspirados pelo tema Investimento Social é coisa de gente, guiamos nossas comemorações com uma campanha que refletiu o que há de mais essencial em nossa atuação.

Seja entre iniciativas internas ou em colaborações com outras organizações do setor, a coletividade deu propulsão à nossa atuação baseada no tripé de geração de conhecimento, consultoria e projetos de impacto. Durante esse caminho, continuamos com nossa missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto. As histórias foram reunidas em nosso Relatório de Atividades.

e e baixe o Relatório de Atividades IDIS de 2024.

Conheça os destaques!

 

O IDIS em números

Nossa equipe de consultoria conduziu 41 projetos, abrangendo áreas como planejamento estratégico, agenda ESG, estruturação e gestão de fundos patrimoniais, gestão de doações e avaliação de impacto. 

Já na área de conhecimento, continuamos com nossa vocação de refletir sobre tendências, ler cenários e sistematizar conceitos e metodologias. Foram 41 novos produtos, incluindo publicações, artigos e notas técnicas lançadas e eventos. Lançamos a segunda edição do Perspectivas para a Filantropia no Brasil, realizamos mais uma edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que mais uma vez aconteceu de forma híbrida, e produzimos o estudo Investimento Social Privado: estratégias que alavancam a Agenda ESG. Apoiamos o desenvolvimento, adaptação e tradução de estudos de organizações parceiras internacionais, como o World Giving Index 2024 e a pesquisa O que pensam as pessoas sobre o uso de IA por ONGs, ambas da CAF. Ao todo, recebemos 90 mil os aos nossos conteúdos.

Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2024

Os projetos de impacto que o IDIS implementa e lidera continuaram avançando. No âmbito do programa Transformando Territórios, em parceria com a Charles Mott Foundation, tivemos como um dos focos a ampliação da rede, trazendo novos líderes e organizações para atuarem neste modelo. Atualmente, são 15 organizações participantes, presentes em dez estados brasileiros. Em setembro, reunimos todos em São Paulo, para o Encontro das Lideranças do Transformando Territórios.

Representantes das organizações participantes do Programa durante Encontro

Ao longo do ano, a Coalização pelo Fundos Filantrópicos, liderada pelo IDIS, continuou sua atuação, que envolveu diversas reuniões estratégicas e a submissão de documentos técnicos, garantindo que a discussão fosse aprofundada e priorizada na agenda legislativa. O ano foi encerrado com uma grande conquista: a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2440/23 no Senado. Esse marco, que prevê a isenção de Imposto de Renda e Cofins sobre as receitas financeiras das organizações gestoras, reconhece o papel dos fundos como investidores no mercado. O projeto seguiu para a Câmara dos Deputados, e continuaremos a mobilizar os legisladores para dar a devida importância e celeridade à apreciação. Ainda nesta temática, lançamos mais uma edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, e demos continuidade a atualização do Monitor de Fundos Patrimoniais, acompanhando a evolução do tema no Brasil.

Neste ano, o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e gerida pelo IDIS, chegou a todos os estados da região Norte e Nordeste do Brasil, contemplando mais de 130 municípios. Ao todo, pouco mais de R$113 milhões serão investidos para o fortalecimento da saúde pública nas regiões Norte e Nordeste até 2026. A partir de doações do BNDES e outros apoiadores (capital filantrópico) em uma estratégia de matchfunding, o programa beneficiará 14 projetos comprometidos com o atendimento de saúde à população usuária do SUS. Assim, 2024 se encerrou com um projeto finalizado, a conclusão de um ciclo de outro, cinco projetos em andamento e outros seis previstos para início em 2025.

 

Presença global e parcerias

Acreditamos que a pluralidade de opiniões, origens, histórias de vida e de repertório enriquecem o nosso trabalho e aumentam o nosso potencial de impacto. Por isso, em 2024, continuamos a celebrar a diversidade e investir no poder das parcerias.

Também participamos de redes temáticas, refletindo, cocriando, referendando e implementando ações. Contribuímos para o avanço de pautas relevantes para o fortalecimento do ambiente democrático, do Investimento Social Privado e da Cultura de Doação no Brasil.

Conheça os nossos parceiros institucionais e as redes das quais participamos em 2024.

 

Quem faz o IDIS

Quem constrói nossa história diariamente é quem faz parte do IDIS. O IDIS tem crescido não só em números de projetos, indicadores de impacto, eventos e parceiros, mas também em pessoas (ou querIDIS). Fechamos o ano com 53 querIDIS em nosso time, levando à criação de novos processos e políticas de pessoas.

Com modelo de trabalho híbrido, ao longo do ano, foram promovidas uma série de ações de integração, formação e troca de conhecimento. Parte dessas iniciativas foi conduzida pelo Comitê de Diversidade, composto por membros da equipe IDIS, que também coordenou a terceira edição do Censo IDIS.

Conheça todos os detalhes das atividades do IDIS ao longo de 2024 em nosso Relatório de Atividades.

Equipe do IDIS em comemoração de 25 anos

O que nos aguarda em 2025

Entramos em 2025 cheios de planos e determinação, prontos para continuar inspirando, apoiando e ampliando o impacto do investimento social privado.

Damos início às ações referentes ao nosso novo Planejamento Estratégico do IDIS, que refletirá nosso próximo triênio de atividades. Nosso foco no período será impulsionar um ecossistema de filantropia mais inovador e colaborativo, consolidando nossa posição de organização intermediária que exponencializa impacto, cuida das pessoas e executa com excelência. Entre os assuntos prioritários estarão a adoção de novas tecnologias, a gestão de riscos, a mensuração de impactos e proporcionar um ambiente interno diverso, seguro e acolhedor que induza potencialidades.

Por meio da consultoria, seguiremos apoiando investidores sociais em toda sua cadeia de doação. Os projetos de conhecimento e de impacto, seguirão ativos, com renovações. Conheça os destaques:

Em parceria com o Grupo MOL, daremos continuidade ao Compromisso 1%. Realizaremos o primeiro Encontro de Empresas Signatárias ainda primeiro semestre, e estamos em busca de mais apoiadores e signatários para essa iniciativa.

No escopo do Juntos pela Saúde, do BNDES, está prevista a expansão do programa, com sete projetos que têm previsão de início em 2025. Além disso, daremos continuidade à avaliação de impacto dos projetos já em andamento e finalizados.

No âmbito dos projetos de conhecimento, além da realização de mais um Fórum de Filantropos e Investidores Sociais e da quarta edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, realizaremos a nova edição da Pesquisa Doação Brasil, que refletirá o ano de 2024. Esta edição contará com um capítulo especial sobre a influência das doações emergenciais na cultura de doação. Para fechar, o projeto ‘Caminhos para uma atuação mais ampla e estratégica da filantropia familiar no Brasil’ vai trazer uma teoria da mudança e uma mapa estratégico para avançarmos nesta frente.

Empresas pioneiras se reúnem no 1º Encontro de Signatárias do Compromisso 1%

Na manhã desta quinta-feira (24/04), em São Paulo, aconteceu o primeiro Encontro de Empresas Signatárias do Compromisso 1%, um evento exclusivo promovido pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, em parceria com o Instituto MOL. O encontro marcou um momento histórico para o movimento, reunindo empresas que já aderiram à iniciativa e se comprometeram com a doação de pelo menos 1% do seu lucro líquido anual a causas socioambientais e outras que estão em processo de adesão.

O objetivo do evento foi fortalecer a comunidade de signatárias e impulsionar práticas transformadoras no campo do investimento social privado (ISP). Em um ambiente de troca de ideias, aprendizado e conexão, o encontro ofereceu uma agenda rica em conteúdo e inspiração para lideranças empresariais comprometidas com um Brasil mais sustentável.

Primeiro Encontro de Empresas Signatárias do Compromisso 1% que aconteceu em São Paulo na sede da AB Mauri Brasil

A programação teve início com a recepção e um coffee de boas-vindas, seguido da abertura oficial do evento. Logo em seguida, Paula Fabiani, CEO do IDIS, apresentou o panorama atual do investimento social privado no Brasil, trazendo dados e estratégias. Destacando o papel do Compromisso 1% como ferramenta estratégica para fomentar a cultura da doação no país.

O primeiro do dia discutiu como o ISP pode estar diretamente alinhado ao negócio das empresas, criando um ciclo de impacto positivo. Bruna da Silva Lima (RD Saúde), Débora Costa Galvão (Instituto Cyrela) e Renato Souza (PwC Brasil) compartilharam suas experiências, com moderação de Marina Franciulli (Instituto MOL). Os participantes trouxeram exemplos práticos de como conectar estratégias de impacto com a agenda ESG, além de destacar a importância da comunicação transparente e do engajamento de stakeholders.


Veja o que é Investimento Social Privado.


Em seguida, os convidados participaram de rodas de conversa simultâneas, cada uma dedicada a um tema essencial para o avanço das práticas de ISP nas empresas. Os grupos abordaram temas como o papel das lideranças, o engajamento de colaboradores, a mobilização de públicos externos e a atuação em doações emergenciais. As conversas foram conduzidas por representantes de empresas signatárias e membros do Comitê Consultivo do movimento, oferecendo um espaço dinâmico para compartilhar desafios e soluções. O encontro foi encerrado com uma sessão de reflexões coletivas, em que os participantes compartilharam aprendizados.

O Primeiro Encontro de Signatárias do Compromisso 1% consolida um importante o na construção de uma comunidade empresarial mais engajada, colaborativa e voltada ao impacto positivo. Ao unir forças em torno de um objetivo em comum, as empresas participantes reforçam que, juntas, podem ser protagonistas de uma transformação real na sociedade brasileira.


QUER FAZER PARTE DESSA TRANSFORMAÇÃO?

Se a sua empresa também acredita no poder da doação estratégica para construir um futuro mais sustentável, e e saiba como aderir ao movimento. Junte-se às empresas que já estão mudando o mundo com apenas 1%.

Vaga de Analista Financeiro Pleno

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para profissionais com experiência na área Financeira.

Atuamos desde 1999 com foco no fortalecimento do Investimento Social Privado no Brasil e o estímulo a ações transformadoras da realidade para a redução das desigualdades sociais no país.

O IDIS conta com um time de 50 pessoas dedicadas a desenvolver e implementar projetos de grande impacto que estimulem o desenvolvimento de um ecossistema de Investimento Social que atue de forma eficaz e estratégica. Oferecemos consultoria em investimento social para empresas, famílias, filantropos e organizações da sociedade civil. Além disso, desenvolvemos projetos de impacto, como campanhas e a promoção de advocacy, e investimos na geração de conhecimento, com a produção de pesquisas, artigos e publicações.

Buscamos um Analista Financeiro Pleno para integrar nossa equipe. Este profissional será responsável por diversas atividades financeiras, incluindo prestação de contas, tesouraria, análise de previsões, orçado x realizado e transações financeiras.

 e a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

  • Realizar a prestação de contas para apoiadores, analisar prestações de contas de executores/proponentes, validar rees financeiros, garantindo transparência e precisão nas informações financeiras.
  • Executar atividades de tesouraria, incluindo transações financeiras, aplicações e resgates, atualização de fluxo de caixa e acompanhamento de possíveis necessidades de caixa ou oportunidades.
  • Assegurar que todos os pagamentos sejam cumpridos dentro dos prazos estabelecidos de forma rápida e segura, mesmo com prazos apertados.
  • Acompanhar, analisar, atualizar e trazer críticas sobre previsões financeiras, incluindo a validação do orçamento previsto versus o realizado, contribuindo para a elaboração de relatórios precisos e atualizados.
  • Analisar pedidos de compra, faturar, enviar para pagamento via CNAB, acompanhar pagamento e sua efetivação, baixar e conciliar o processo de pagamento, utilizando ERP.
  • Desenvolver e manter planilhas em Excel para análise e controle financeiro.
  • Executar rotinas istrativas, incluindo análise e armazenamento de contratos, controle de fluxos de trabalho, e outras atividades inerentes.

REQUISITOS

  • Formação superior em istração, Economia, Contabilidade ou áreas correlatas.
  • Experiência comprovada na área financeira, preferencialmente no 3° setor.
  • Conhecimento intermediário em Excel.
  • Vivência em ERP. (Netsuite será um diferencial).
  • Habilidades analíticas e atenção aos detalhes.
  • Capacidade de trabalhar de forma independente e em equipe.
  • Boa comunicação verbal e escrita, capaz de conversar com parceiros de forma clara e absorver exigências ou solicitações.

BENEFÍCIOS

  • Contratação CLT
  • Assistência médica (Bradesco seguros)
  • Vale-Transporte
  • Vale-Alimentação
  • Total
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off no aniversário
  • Tipo de trabalho – Híbrido

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, e a página da vaga na 99Jobs até 7 de maio de 2025.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

           

IDIS leva agenda ESG, governança e monitoramento e avaliação ao FIFE 2025

Com participantes de todo o Brasil, o Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica, ou simplesmente FIFE, foi recebido em 2025 por Curitiba. Havia mais de 1.400 pessoas na capital paranaense, mobilizadas durante quatro dias para falar sobre os mais diversos temas que influenciam nosso campo e, claro, para se encontrar. Do convívio e das trocas, surgem reflexões, novas ideias, novos projetos, novas parcerias e novas amizades.

 

IDIS no FIFE 2025

Todos os anos, o FIFE abre um edital para receber propostas de atividades para compor sua programação. Neste ano, fomos selecionados para participar de três sessões.

Denise Carvalho, gerente sênior de Monitoramento e Avaliação do IDIS, conduziu a sessão ‘Monitoramento e Avaliação SROI’, apresentando projetos desenvolvidos para empresas, fundações, institutos corporativos e organizações da sociedade civil (OSCs). O SROI – Social Return on Investment (ou Retorno Social sobre Investimento) é um protocolo de avaliação que propõe uma análise comparativa entre o valor dos recursos investidos em um projeto ou programa e o valor social gerado para a sociedade por meio dessa iniciativa. Denise compartilhou diferentes exemplos de organizações de diversos tipos e portes que aplicaram a metodologia com sucesso.

“O FIFE é um espaço plural que nos permite ouvir diferentes perspectivas e refletir sobre nossos processos e práticas. Foi uma oportunidade valiosa para promover conexões, compartilhar conhecimento e fortalecer o campo do investimento social no Brasil. As discussões deste ano evidenciaram a importância de repensarmos estratégias diante dos desafios sociais contemporâneos. Falar sobre novas formas de parceria, mensuração de impacto e inovação é essencial para fortalecer o ecossistema e fomentar colaborações de longo prazo. Saímos do evento ainda mais inspirados e motivados a ampliar o impacto coletivo do setor”, comenta Denise.

Como as práticas de Investimento Social Privado (ISP) e cidadania corporativa se correlacionam com a performance em sustentabilidade empresarial? Há, de fato, sinergia entre o ISP e a Agenda ESG? E, em caso afirmativo, é possível quantificar essa influência? Para responder a essas perguntas, Marcelo Modesto, gerente de Projetos do IDIS, conduziu a sessão ‘Investimento Social Privado: estratégias que alavancam a Agenda ESG’. A publicação apresentada analisa informações referentes ao Investimento Social Privado no âmbito do ISE B3 – o Índice de Sustentabilidade Empresarial da bolsa de valores do Brasil – no triênio 2022-2024.

“O que mais me chamou a atenção no FIFE foi ver de perto a diversidade e riqueza da sociedade civil organizada no Brasil. É realmente inspirador presenciar pessoas do país inteiro se reunindo para discutir e melhorar a efetividade de seu trabalho, com foco no impacto social. No contexto do investimento social corporativo, ficou claro que é preciso aprofundar o diálogo entre partes interessadas, além do estabelecimento de parcerias estratégicas, que promovam o desenvolvimento institucional de OSCs e que gerem valor compartilhado”, compartilha Marcelo.

Juliana Santos Oliveira, coordenadora de Projetos do IDIS, participou do debate ‘Matching de Governança: novas estratégias para renovação de dirigentes voluntários’, ao lado de Rodrigo Correa, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Organizacional e Impulsionamento de Empreendedores Sociais da Fundação FEAC. Eles apresentaram o projeto realizado em parceria entre o IDIS e a Fundação FEAC, que consistiu na execução de um piloto com o objetivo de atrair, capacitar e conectar voluntários a oportunidades de atuação como conselheiros ou dirigentes em OSCs de Campinas.

“O FIFE promove um encontro valioso entre organizações sociais em diferentes estágios de maturidade, o que enriquece profundamente as trocas. Os painéis vão além da exposição de conteúdos e se transformam em espaços de aprendizado coletivo, conectando teoria e prática a partir das experiências compartilhadas. Nas três sessões conduzidas pelo IDIS pudemos abordar de forma ível e prática temas estratégicos para o desenvolvimento e fortalecimento da gestão de organizações sociais”, conta Juliana.

O FIFE é idealizado e realizado pela Rede Filantropia desde 2014. Agradecemos à organização pelo convite e parabenizamos por mais esta edição de um evento tão relevante para o nosso setor. A próxima edição acontecerá de 14 a 17 de abril de 2026, em Recife — e nós já começamos a pensar em como poderemos contribuir e, claro, aprender ainda mais.

Saiba mais no site do evento.

Vaga de Analista istrativo-Financeiro Jr

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para Analista istrativo-Financeiro Jr.

Atuamos desde 1999 com foco no fortalecimento do Investimento Social Privado no Brasil e o estímulo a ações transformadoras da realidade para a redução das desigualdades sociais no país.

O IDIS conta com um time de 50 pessoas dedicadas a desenvolver e implementar projetos de grande impacto que estimulem o desenvolvimento de um ecossistema de Investimento Social que atue de forma eficaz e estratégica. Oferecemos consultoria em investimento social para empresas, famílias, filantropos e organizações da sociedade civil. Além disso, desenvolvemos projetos de impacto, como campanhas e a promoção de advocacy, e investimos na geração de conhecimento, com a produção de pesquisas, artigos e publicações.

O Analista Financeiro istrativo Júnior será responsável por executar atividades relacionadas à prestação de contas dos projetos da Iniciativa Juntos pela Saúde. Isso inclui a revisão das despesas incorridas e declaradas pelos executores, a avaliação das respectivas comprovações, a realização de conciliações bancárias e o e à gestão orçamentária dos projetos e dos rees financeiros dos apoiadores, garantindo a conformidade financeira e o adequado controle dos recursos.

 e a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

  • Analisar individualmente as despesas declaradas nos projetos, com a conferência das informações, valores e comprovações (notas fiscais, recibos, contratos e afins).
  • Realizar a conciliação bancária das despesas declaradas nos projetos, com a revisão da conformidade das movimentações na conta corrente e definição dos acertos entre contas a ser realizado pelos executores, se necessários.
    Acompanhar a execução financeira dos projetos de acordo com a previsão orçamentária.
  • Preparar, encaminhar e acompanhar todas as informações financeiras das prestações de contas para o BNDES e demais apoiadores dos projetos, até sua aprovação final.
  • Colaborar com áreas internas e parceiros externos para esclarecer dúvidas, solicitar documentos complementares e alinhar processos relacionados à execução financeira dos projetos.
  • Apoiar na melhoria contínua dos processos financeiros e istrativos da Iniciativa, contribuindo para o fortalecimento da governança e do controle interno.

 

REQUISITOS

  • Graduação em Ciências Contábeis, istração, Economia, Gestão Financeira ou Gestão Pública.
  • Elaboração e análise de planilhas Excel, incluindo manuseio de bases de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos.
  • Sistematização e análise de informações qualitativas e quantitativas.
  • Interesse por conceitos de Investimento Social Privado, Sustentabilidade, Responsabilidade Social Empresarial e Investimento de Impacto.
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões.
  • Disponibilidade para atuação presencial (de 1 a 2x por semana) no escritório do IDIS, em São Paulo;
  • Disponibilidade para viajar, se necessário.

DESEJÁVEL

  • Desejável experiência com processos de prestação de contas.
  • Desejável conhecimento de gestão financeira.
  • Excel avançado será um diferencial

BENEFÍCIOS

  • Contratação CLT
  • Assistência médica (Bradesco seguros)
  • Vale-Transporte
  • Vale-Alimentação
  • Total
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off no aniversário
  • Tipo de trabalho – Híbrido

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, e a página da vaga na 99Jobs até 29 de abril de 2025.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

           

Reserve a data: Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2025

A 14° edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais já tem data marcada: 1 de outubro, quarta-feira, a edição presencial, exclusiva para convidados, acontecerá na Casa Melhoramentos (R. Tito, 479 – Vila Romana, São Paulo – SP).  

Confira a ementa do evento:

Diante da complexidade da policrise mundial, é fácil sentir-se paralisado, com o horizonte do futuro encoberto pela incerteza. Mas não podemos apenas esperar. Precisamos reacender a chama de nossa humanidade resiliente, cultivar a confiança na solidariedade e em nós mesmos. Mais do que nunca, é tempo de agir, colaborar, mobilizar forças e acreditar que um mundo com mais equidade é possível. A filantropia é um farol, guiando a direção de novas alternativas e possibilidades, transformando esperança em movimento. Sigamos, com coragem para esperançar.

Nesta edição, junte-se a nós para explorar como a esperança pode e deve ser um verbo de ação a partir de histórias e práticas.

Com o tema Esperançar, o evento acontecerá em formato presencial para convidados e será transmitido ao vivo a todos os interessados em acompanhar os debates.

AS INSCRIÇÕES JÁ ESTÃO ABERTAS PARA A EDIÇÃO ONLINE

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Em breve compartilharemos informações sobre o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2025.

Palestrantes já confirmados

Entre os palestrantes já confirmados estão Alain Belda (Warburg Pincus Private Equity), Camila Valverde (Fundação ArcelorMittal), Daniel Munduruku (escritor indigena), Vitor Hugo Neia (Fundação Grupo Volkswagen) e Viviana Santiago (Oxfam Brasil). Além de convidados internacionais como David Kyuman Kim (Being Human) e Patricia McIlreavy (Center for Disaster Philanthoropy).

realização e apoio

FÓRUM BRASILEIRO DE FILANTROPOS E INVESTIDORES SOCIAIS

O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais oferece um espaço para a comunidade filantrópica se reunir, trocar experiências e aprender com seus pares, fortalecendo a filantropia estratégica para a promoção do desenvolvimento da sociedade brasileira. O evento já reuniu mais de 1.500 participantes, entre filantropos, líderes e especialistas nacionais e internacionais. Em nosso canal do YouTube estão disponíveis listas com as gravações de todas as edições. Confira!

 

Workshop reúne filantropos para discutir estratégias de a avanço da Filantropia Familiar no Brasil

Parte do projeto ‘Caminhos para uma atuação mais ampla e estratégica da filantropia familiar no Brasil’, realizado pelo IDIS, a atividade reuniu filantropos atuantes para uma manhã de debate e construção colaborativa, com objetivo de pensar em ações que contribuam para a mudança de patamar da filantropia feita por indivíduos e famílias de altíssima renda no país.

Sobre o projeto

O IDIS acompanha a filantropia familiar há 25 anos e a sensação, assim como a observada também entre outros parceiros do campo, é que este tema não tem evoluído no país na velocidade que avança em outros lugares, e nem no mesmo ritmo que a filantropia avança entre empresas no Brasil, por exemplo.

Sabemos que ainda há um potencial enorme para engajar quem ainda não iniciou sua jornada filantrópica e, inclusive, ampliar a influência e potencializar o impacto também de quem já é um doador. Sendo assim, essa iniciativa propõe a construção de uma teoria de mudança, que pense em ações concretas e que possam ter desdobramentos práticos, contribuindo para a mudança de patamar da filantropia feita por indivíduos e famílias de altíssima renda no Brasil. 

Para tanto, o projeto começou com uma fase de diagnóstico que teve três momentos: primeiramente, uma revisão bibliográfica, com a análise de publicações, reportagens e pesquisas nacionais e internacionais sobre este tema; depois, entrevistas com especialistas e filantropos atuantes; e por fim, rodamos um questionário para trazer um retrato mais atual da filantropia familiar no Brasil.

Com esses insumos, foi construído o workshop com filantropos, realizado no final de março na residência da Sra. Teresa Bracher, para construção colaborativa da Teoria da Mudança, traçando caminhos para uma atuação mais ampla e estratégica da filantropia familiar no Brasil. 

Todos os resultados coletados serão lançados em uma publicação ainda no primeiro semestre de 2025.

 

Encontro de Lideranças do Transformando Territórios fortalece conexão de fundações e institutos comunitários no Brasil

Iniciativa de impacto do IDIS em parceria com a C.S Mott Foundation, o Transformando Territórios (TT) realizou mais um encontro de lideranças comunitárias de organizações participantes deste programa em março. Entre os dias 24 e 26, os líderes de 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) de 10 estados do Brasil estiveram reunidos em Valinhos, na sede da FEAV – Fórum de Entidades Assistenciais de Valinhos.

O compartilhamento de conhecimento e o apoio técnico para as FICs são diretrizes norteadoras do Programa. Com uma trilha focada em promover a articulação, a governança e a sustentabilidade das FICs, o evento foi um momento de troca e aprendizados para incentivar ações colaborativas que gerem impacto social duradouro nos territórios onde as organizações atuam.

“Poder participar de mais um encontro de lideranças do Transformando Territórios e observar toda evolução que tivemos com as organizações ao longo desses anos é gratificante. Acreditamos fortemente que o desenvolvimento das FICs é um componente crucial para o crescimento da filantropia no Brasil.”, comenta Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Representantes das organizações participantes do Programa

As FICs desempenham um papel essencial no desenvolvimento local, justamente por terem um foco geográfico delimitado, como bairros, municípios ou regiões específicas, apoiando outras organizações sem fins lucrativos e iniciativas de um território. Esse modelo de atuação contribui para a redução das desigualdades sociais, promove o desenvolvimento sustentável, fortalece o tecido social, incentiva a participação cidadã e atua como agentes de transformação, impulsionando soluções inovadoras para desafios locais.

 

Compartilhando saberes

Dando início à programação, as lideranças participaram de um momento de boas-vindas no primeiro dia do Encontro. A abertura foi marcada por dinâmicas interativas entre o grupo, promovendo a conexão entre os participantes e o início da experiencia imersiva no evento.

A partir disso, o segundo dia da programação começou com um debate sobre a consolidação da identidade coletiva do grupo, de que modo as organizações se enxergam e como podem ampliar as conexões. Logo em seguida foi realizado uma oficina com foco na comunicação como mobilizadora de recursos, para explorar estratégias de visibilidade e captação de recursos. Esse momento também contou com uma apresentação do Compromisso 1%, iniciativa do IDIS e Instituto MOL para incentivar a filantropia corporativa no Brasil.

O último dia de atividades foi focado na consolidação da programação anterior e na troca de saberes entre as organizações sobre o diagnostico territorial e estratégias para emergências. Um dos destaques foi uma roda de conversa com a participação especial de Paula Fabiani, CEO do IDIS, e Rafaella Santos e Thainara Martins, ambas do Movimento Bem Maior, apoiador do programa.

O encerramento do evento também foi marcado pela homenagem realizada por Eliane Macari para IDIS, homenageado no quadro de honra da sede da FEAV que contou com colaboração do IDIS na categoria Diamante para a reforma do casarão que havia sido doado a instituição pela FEAC. Eliane agradeceu o apoio da instituição e reforçou a importância do Transformando Territórios para ampliação do impacto social no Brasil.

“O IDIS nos reconhece como um case de sucesso, o que nos honra imensamente. Receber essas lideranças nos proporciona uma rica troca de experiências, ampliando nosso conhecimento e fortalecendo nossas iniciativas”, comenta Eliane Macari, presidente da FEAV.

 

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br

 

 

Global Philanthropy Leaders Summit 2025: abraçando risco em uma era de complexidades

*Texto originalmente publicado em inglês na Alliance Magazine.

*Por Felipe Insunza Groba e Paula Jancso Fabiani.

O Global Philanthropy Leaders Summit de 2025 que teve como tema “Embracing Risk: Adaptive Philanthropy in the Age of Complexity” (em português: Abraçando o Risco – Filantropia Adaptativa em uma Era de Complexidades), ocorreu entre 12 e 14 de Março em São Francisco na Califórnia. O encontro reuniu mais de 200 líderes, tomadores de decisão do setor filantrópico e stakeholders de diversas iniciativas para explorar abordagens inovadoras para a filantropia em um mundo cada vez mais imprevisível.

Em tempos de desafios globais profundos – desde aceleradas transformações tecnológicas até ameaças crescentes contra a democracia e a liberdade — o encontro destacou a necessidade de tomar riscos estratégicos e ousados. As sessões de abertura incentivaram os presentes a refletirem sobre o desenvolvimento do papel da filantropia até hoje e a necessidade de se reinventar. Mais do que nunca, o setor está sendo chamado a agir e repensar suas abordagens.

Delegação brasileira no GPF

A delegação brasileira teve destaque no evento deste ano, com quatro palestrantes e 32 participantes contribuindo ativamente com perspectivas diversas do panorama filantrópico do Brasil. Nesse mesmo sentido, muitos participantes do Sul Global – da Índia, Paquistão, América Latina e países africanos – trouxeram mensagens de otimismo sobre o desenvolvimento de parcerias com múltiplos stakeholders em seus países, onde a incerteza e a adaptação fazem parte da vida cotidiana há décadas.

Um tema recorrente em muitas discussões foi a necessidade urgente de reconstruir a confiança – um pilar fundamental para uma filantropia eficaz. Os participantes também exploraram maneiras de melhorar o sistema de ajuda humanitária existente e o papel de coordenação que a filantropia poderia assumir na parceria entre os setores. A relevância das transferências de recursos entre países também foi um destaque, ressaltando a importância da doação e da ação colaborativa para enfrentar os desafios modernos.

Ao longo das sessões, os presentes foram desafiados a repensar suas abordagens para os problemas urgentes da atualidade. Empatia, reciprocidade e cooperação apareceram como princípios para fomentar sociedades mais fortes e resilientes. Como esses valores podem ser incorporados à filantropia e à governança?

Embora a humanidade tenha uma capacidade inata de se adaptar, a eficácia de diferentes modelos e estratégias filantrópicas permanece incerta em uma era com tantos complexos desafios. Apesar de algumas narrativas de esperança e histórias de sucesso, há um sentimento palpável de cautela entre os participantes – um sentimento coletivo de “prender a respiração” enquanto caminhamos por um futuro imprevisível. Entretanto, mesmo em meio a uma profunda incerteza global, investidores e líderes sociais apontaram a necessidade de ação e mobilização social, utilizando ferramentas como o storytelling e uma conexão mais profunda com as comunidades como possíveis caminhos de mudança.

O Global Philanthropy Leaders Summit 2025 continua a desafiar as fronteiras da doação tradicional, clamando os líderes a abraçar riscos, fomentar a colaboração e repensar seus papéis na construção de um mundo mais equitativo. Enquanto as placas tectônicas das mudanças climáticas, da inteligência artificial e da governança global se movem em direções desconhecidas, o setor filantrópico foi chamado a trazer as placas estabilizadoras da esperança e da ação ousada para este mundo instável.

Mais de 36 milhões de mulheres não realizaram ao menos um exame preventivo em 3 anos

Estima-se que mais de 36 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos não realizaram ao menos uma coleta de exame de Papanicolau no intervalo de três anos, segundo dados do 2º quadrimestre de 2024, da análise da ImpulsoGov, considerando dados do SISAB (Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica), do Ministério da Saúde. Em paralelo a isso, a mortalidade por câncer de colo de útero atingiu seu pico dos últimos 22 anos. Em 2022, a taxa de mortalidade por este câncer foi de 6,4 a cada cem mil pessoas, vitimando 6.983 mulheres, segundo números do Observatório da Saúde Pública, da Umane.

“A prevenção é a medida mais efetiva para o combate do câncer do colo do útero, terceiro tumor maligno mais prevalente entre a população feminina brasileira. O controle periódico com a realização do exame citopatológico, bem como a vacinação contra HPV são iniciativas que salvam vidas. Fortalecer as ações de Saúde da Mulher dentro do SUS pode garantir um o mais equitativo às medidas de prevenção e, assim, mais qualidade de vida para as mulheres”, afirma Thais Junqueira, superintendente geral da Umane. 

O Impulso Previne é uma plataforma digital gratuita que centraliza dados, análises e recomendações sobre os principais indicadores de prevenção em saúde, apresentando-os em um formato simples e rápido para ajudar os profissionais de saúde do SUS a oferecerem o melhor atendimento aos pacientes. Com essas ferramentas, eles podem identificar bebês e crianças não vacinados, por exemplo, e enviar lembretes para adultos sobre exames preventivos. Com atuação focada no Norte e Nordeste do país, a iniciativa, até junho de 2024, com apoio do BNDES e do Instituto Dynamo, atendeu 19 cidades com serviços voltados ao fortalecimento da gestão baseada em dados e à qualificação dos profissionais para o uso otimizado de dados.

Utilização da plataforma Impulso Previne na UBS de Jandaíra (BA), em abril de 2024.

Até dezembro de 2025, em parceria com a Umane, o projeto será expandido para mais de 240 municípios, com presença em todos os estados dessas regiões. Nesta fase, além de outros serviços, será desenvolvido um sistema de mensagens personalizado, que permitirá o envio de lembretes e informações relevantes sobre saúde diretamente aos cidadãos de 120 municípios. A plataforma também vai oferecer informações sobre pacientes referentes à cobertura vacinal, a realização do pré-natal, e ao controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. O Impulso Previne faz parte do Programa Juntos pela Saúde, uma iniciativa apoiada pelo BNDES com a gestão de projetos feita pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, executado pela Impulso Gov.

“O programa Juntos pela Saúde exemplifica o poder das parcerias na promoção da saúde. A colaboração entre o BNDES, o setor público, e o setor privado demonstra como a união de esforços pode fortalecer o direito à saúde para todos. Por meio de projetos inovadores na atenção primária do SUS, a iniciativa tem auxiliado milhares de pessoas nas regiões Norte e Nordeste, prevenindo casos graves de doenças, como o câncer do colo do útero”, destacou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

 

“O câncer do colo do útero é prevenível e curável quando detectado precocemente, tornando o exame preventivo fundamental. No entanto, a adesão dentro do prazo recomendado fica abaixo do ideal no país, devido aos desafios como barreiras sociais, culturais e a necessidade de múltiplas visitas à unidade de saúde. Com o Impulso Previne, ajudamos as equipes do SUS a identificar, de forma descomplicada, quem ainda não fez o exame em determinada área, para que possam buscá-las e garantir o o ao cuidado em tempo oportuno”, explica Juliana Ramalho, gerente de saúde pública da ImpulsoGov.

5º edital Educação com Cidadania, do Instituto Chamex, selecionará projetos em âmbito nacional com apoio de R$ 35 mil

Organizações de todo o país terão até o dia 11 de abril para inscrever iniciativas com foco na promoção de soluções voltadas para a Educação

O Instituto Chamex, organização sem fins lucrativos mantida pela Sylvamo (NYSE: SLVM), a empresa de papel do mundo, em parceria com o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – anunciam a abertura das inscrições para o 5º Edital Educação com Cidadania. O edital tem como foco apoiar cinco organizações com projetos voltados à educação, com aporte de R$35 mil reais para cada uma das instituições selecionadas. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 11 de abril pelo site do Instituto Chamex.

“Nós acreditamos em tornar a educação mais ível em todos os cantos do Brasil. O projeto oferece soluções para desafios do sistema educacional, aliando criatividade e inovação nas formas de ensinar, aprender, empreender e educar”, comenta Mariana Claudio, gerente executiva do Instituto Chamex.

Saiba mais e inscreva o seu projeto!

O início das atividades está previsto para agosto e o processo de seleção é aberto para instituições de todo o país. As organizações terão oito meses para a implementação e conclusão dos projetos. Será considerado um diferencial as propostas que apresentarem metodologias replicáveis por outras organizações em outras regiões do país.

Além do aporte financeiro, as instituições escolhidas serão contempladas com quatro workshops de gestão de projetos (Teoria da Mudança, Plano de Monitoramento e Indicadores, Planejamento Estratégico e Captação de Recursos) ministrados pelo IDIS e um workshop de finalização. As entidades ainda terão a oportunidade de realizar o cadastro no portal de projetos do Instituto Chamex, área exclusiva para apresentação de ONGs com o objetivo de gerar conexões com parceiros do Instituto.

 “É um prazer para o IDIS apoiar o Instituto Chamex, desde 2021, na condução das edições do Edital Educação com Cidadania. Acreditamos muito no poder transformador da educação e reconhecemos a importância de iniciativas como essa para apoiar as organizações que estão na ponta”, reforça Paula Fabiani, CEO do IDIS.

 

Inscrições

As inscrições poderão ser realizadas até 11 de abril no preenchimento documentação necessária e enviada pelo formulário, disponível no site do Instituto Chamex.

Em caso de dúvidas ou mais informações, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

No dia 03 de abril haverá um Webinar para dúvidas sobre o processo de inscrição e seleção das organizações. Inscreva-se aqui.


Histórias

A organização Sementes do Vale, que atua no Sertão de Minas Gerais, nas regiões do Norte do estado e no Vale do Jequitinhonha, foi uma das organizações que realizaram ações com apoio do Instituto Chamex em 2023. As oficinas de robótica, aulas de literatura e apresentações contribuíram para o desenvolvimento cognitivo, criatividade e habilidades socioemocionais das crianças beneficiadas.

 

Sobre o Instituto Chamex

Criado em 2008, o Instituto Chamex coloca a criatividade como elemento central para a construção de uma educação mais ível, inclusiva, equitativa e transformadora. Atuando em rede com diversos parceiros, o instituto fomenta o desenvolvimento de estudantes, professores e agentes da educação do ensino infantil, fundamental e médio, apoiando projetos nacionalmente e desenvolvendo projetos localmente. Dessa forma, busca transformar inúmeras realidades, possibilitando um novo futuro para milhares de brasileiros.

O Instituto Chamex faz parte da Sylvamo, a Empresa de Papel do Mundo, produtora dos papéis para Imprimir e Escrever Chamex, Chamequinho e Chambril, e segue suas diretrizes de responsabilidade social, sustentabilidade e ética, engajando seus profissionais e apoiando as comunidades, pois acredita que por meio da criatividade e da educação é possível impulsionar mudanças e acelerar soluções para transformar a vida de muitas pessoas. Para mais informações, visite o site.

SOBRE A SYLVAMO

A Sylvamo (NYSE: SLVM) é a Empresa de Papel do Mundo com fábricas na Europa, América Latina e América do Norte. Nossa visão é ser o empregador, fornecedor e investimento preferido. Transformamos recursos renováveis em papéis dos quais as pessoas dependem para educação, comunicação e entretenimento. Com sede em Memphis, Tennessee, empregamos mais de 6.500 profissionais. As vendas líquidas para 2023 foram de US$ 3,7 bilhões. Para mais informações, visite o site da Sylvamo.

Sobre o IDIS

Criada em 1999, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

 

 

IDIS participa de curso de captação de recursos na Lilly Family School of Philanthropy

A Lilly Family School of Philanthropy promoveu em fevereiro mais uma edição do curso Principles & Techniques of Fundraising (em português, Princípios e Técnicas para Captação de Recursos). Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, esteve em Indiana, nos Estados Unidos, para participar da capacitação intensiva de uma semana. O curso proporcionou aos participantes uma visão abrangente sobre estratégias de captação de recursos, combinando fundamentos teóricos com ferramentas práticas para fortalecer iniciativas filantrópicas.

“O programa aprofundou minha compreensão sobre a captação de recursos como uma disciplina estratégica, reforçando a importância do engajamento com os doadores e da filantropia orientada para o impacto. O conhecimento adquirido será fundamental para fortalecer parcerias e ampliar a agenda de impacto social”, comenta Guilherme Sylos.

Integrantes da turma de fevereiro do curso

A formação, embora centrada na realidade americana, abordou temas comuns e essenciais para organizações de todo o mundo. Tópicos sobre, por exemplo, como os doadores pensam e agem, a ciência por trás da captação de recursos, como e quando fazer um pedido de grandes doações e a importância do relacionamento de longo prazo foram abordadas ao longo do curso.

Durante as sessões, foram compartilhadas informações importantes sobre a diferença entre a captação de recursos pura e a criação de vínculos de confiança, não apenas com a organização, mas também com o interlocutor. A construção de um bom relacionamento leva meses (ou até anos) para que, de fato, a captação atinja um valor mais expressivo.

DESTAQUES DA FORMAÇÃO

Dois pontos foram reforçados diversas vezes a partir de falas de pessoas distintas: Planejamento e Construção de Relacionamento / Confiança. O ato de pedir uma doação ou qualquer outro tipo de apoio financeiro só deve acontecer após uma pesquisa e um planejamento profundo sobre o doador, independentemente de ele ser uma empresa, um membro de uma família com alto poder aquisitivo ou uma fundação.

Depois de realizada a pesquisa e o planejamento, deve-se construir um relacionamento de confiança. A partir dessa criação de vínculo, o solicitante ainda pode ‘usar’ esse doador para abrir novas portas. Dentro da estratégia de captação, esses interlocutores são importantes, pois já conhecem a organização e validam a sua atuação.

Essa tendência pode ser observada na ampliação do conceito de Trust Based Philanthopy, (ou Filantropia baseada em confiança), que defende a importância de tanto os financiadores quanto as organizações sociais confiarem uns nos outros, além de ambos ouvirem as pessoas e comunidades impactadas. A construção dessa confiança também é importante para que organizações consigam apoios substanciais.

Outro tema discutido durante os debates foi o novo governo americano e de que forma as suas ações interferem na filantropia americana e global. Segundo os palestrantes, existe um ar de incerteza, mas um otimismo ao mesmo tempo. Os mais esperançosos acreditam que as fundações e famílias vão se sensibilizar e irão aumentar as suas doações internacionais, o que pode ser benéfico para o Brasil.

Comitê Consultivo do Compromisso 1% inicia 2025 com estratégias para ampliação do movimento

O ano de 2025 começou com grandes expectativas para o Compromisso 1%, e a primeira reunião do Comitê Consultivo, formado por Benfeitoria, Capitalismo Consciente Brasil, Comunitas, GIFE e Simbi, marcou um o importante na definição de estratégias para fortalecer o movimento ao longo de 2025.

Saiba mais sobre as organizações que fazem parte do Comitê Consultivo

O encontro teve como foco o planejamento para o novo ano, com destaque para o primeiro Encontro de Empresas Signatárias que acontecerá ainda no primeiro semestre, em abril, e estratégias para a expansão da comunidade de signatários.

Durante a reunião, foram apresentados números finais referentes ao período de agosto, quando foi lançado, a dezembro de 2024. Desde então, o Compromisso 1% alcançou a marca de 15 empresas signatárias que mobilizaram mais de R$ 22 milhões em doações, durante seu último exercício fiscal.

O processo de adesão inclui a comprovação das doações realizadas e pode ser feito on-line no site do movimento. 

e o site do Compromisso 1% e saiba mais como aderir.

1% muda o mundo!

Perspectivas para a Filantropia no Brasil 2025 destaca respostas a emergências e saúde mental no terceiro setor

O IDIS apresenta a quarta edição do relatório anual Perspectivas para a Filantropia no Brasil, explicitando movimentos relevantes para investidores sociais e outros membros do setor. Para além das reflexões acerca do cenário atual, o material apresenta iniciativas e soluções que vêm ganhando destaque e podem servir de inspiração e incentivo para novas ideias. 

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Conheça as seis perspectivas:

O levantamento, produzido com o objetivo de fortalecer e projetar o futuro da filantropia no Brasil, apresenta seis perspectivas. Entre os temas discutidos, as situações emergenciais continuam como um ponto de atenção pelo terceiro ano. A saúde mental também aparece como mais uma das prioridades, a partir da compreensão de que, quando o bem-estar mental está comprometido, isso também impacta o engajamento da sociedade civil em causas sociais. A temática de Diversidade & Inclusão é outra que surge no relatório em meio a controvérsias e ao aparente esfriamento dessa pauta no universo corporativo.

O conceito de desenvolvimento institucional das OSCs, como meio para garantir a perenidade dos impactos de projetos filantrópicos, é outro ponto abordado no relatório. Nesse contexto, são destacadas diversas frentes interligadas que possibilitam às OSCs se adaptarem e prosperarem. Além disso, o envolvimento de voluntários nas estruturas de governança das organizações tem se consolidado como uma tendência crescente no setor e, cada vez mais, o papel do voluntário deixa de ser encarado como uma ação pontual e a a integrar de forma estruturada as práticas de governança e gestão das organizações.

Por fim, o relatório destaca a atuação de ações de ISP de pequenas e médias empresas, desmistificando a lógica de que esse tipo de investimento é só para grandes corporações. 

“Chegamos a mais um ano encarando de frente a urgência dos desafios e a complexidade das soluções. A sociedade está fragmentada, e muitos se sentem distantes da possibilidade de contribuir para a mudança. É justamente em momentos como esses que a filantropia se mostra ainda mais necessária, sendo um espaço de resistência, inovação e, acima de tudo, de esperança em ação. Este projeto é um convite para essa ação”, explica Paula Fabiani, CEO do IDIS.

O perspectivas para a Filantropia no Brasil 2025 está disponível para gratuito:

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Sobre o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social

Fundado em 1999, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é uma organização social independente e pioneira no apoio estratégico ao investidor social no Brasil. Tem como missão inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, promovendo ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país. Sua atuação baseia-se no tripé geração de conhecimento, consultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia e da cultura de doação. 

Projetos do Juntos pela Saúde focados em tecnologia digital são apresentados ao Ministério da Saúde

A tecnologia digital na saúde avança a os largos. Apesar disso, pode demorar alguns anos até que esses avanços possam ser democratizados para toda a população, como é o caso de sistemas públicos de saúde, como o SUS. Tendo isso em mente, a Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) selecionou quatro projetos do programa Juntos pela Saúde, iniciativa do BNDES gerida pelo IDIS, em parceria com a Umane, para apresentarem iniciativas voltadas à promoção do o à saúde por meio de tecnologias digitais. Entre eles estão: 

Afluentes, executado pelo Instituto de Estudos e Políticas para a Saúde (IEPS);

NoHarm: Inteligência para Segurança dos Pacientes, executado pelo Instituto de Inteligência Artificial na Saúde;

Unidos pela Eliminação do Câncer de Colo de Útero no Brasil,  executado pelo Grupo Mulheres do Brasil;

V.E.R – Desenvolvimento e Implementação da Estratégia de Saúde Ocular Digital para Apoio e Fortalecimento da Saúde Ocular na Atenção Primária em Saúde (APS), executado pela Fundação Altino Ventura (FAV).

Por sua vez, a SEIDIGI, criada em janeiro de 2023, coordena a transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de ampliar o o, promover a integralidade e a continuidade do cuidado em saúde.

Equipes do IDIS, Umane e integrantes dos projetos na reunião de trabalho da SEIDIGI em Brasília (Janeiro, 2025).

Assim, no dia 29 de janeiro, representantes das quatro iniciativas apoiadas pelo Juntos pela Saúde se reuniram em Brasília, juntamente com representantes do IDIS, BNDES e Umane, para apresentar as estratégias adotadas pelos projetos a técnicos e representantes do gabinete da SEIDIGI, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS). A partir disso, membros de todas as organizações puderam dialogar e refletir sobre como os projetos apresentados estão alinhados com as prioridades e oportunidades das políticas nacionais da Secretaria e de que modo eles poderiam somar esforços e favorecer um espaço de aprendizado colaborativo a partir da implementação de sua tecnologia digital nos territórios.

Equipes do BNDES, IDIS, Umane e integrantes dos projetos na reunião de trabalho da SEIDIGI em Brasília. (Janeiro, 2025). Crédito: IDIS.

“A oportunidade de diálogo entre o terceiro setor e a Secretaria de Saúde Digital, e demais órgãos do Ministério da Saúde representados, é de suma importância para o desenvolvimento de inovações aderentes aos territórios”, diz Evelyn Santos, gerente de parcerias e novos projetos da Umane.

 

 “A troca com a Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde foi excelente. Muito importante para refletir sobre as tecnologias digitais aplicadas pelos projetos do Juntos pela Saúde e também para tratar sobre as especificidades dos territórios que serão atendidos pelas iniciativas”, enfatizou Luiza Saraiva, gerente do programa Juntos pela Saúde do IDIS.

Perspectivas para fundos filantrópicos em 2025

Há décadas os Fundos Filantrópicos têm se mostrado um mecanismo de uso crescente e exitoso para a mobilização de recursos filantrópicos em diversos países, contribuindo para a sustentabilidade de causas e organizações. No Brasil, o IDIS lidera uma iniciativa de advocacy, contribuindo para o aprimoramento do ambiente regulatório. Para dar sustentação e legitimidade aos pleitos levados à congressistas, o IDIS lidera a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, um grupo multisetorial hoje composto por mais de 120 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país, contribuem com suas demandas e pontos de vista, além de acompanharem e apoiarem os esforços na pauta.

Em janeiro de 2019, a Lei 13.800/19, conhecida como Lei dos Fundos Patrimoniais, foi regulamentada. A conquista é um marco para a agenda, e a ela seguiram outras regulamentações, fortalecendo o arcabouço legal. Hoje, acompanhamos a tramitação do Projeto de Lei (PL) 2440/23, aprovado no Senado em dezembro de 2024 e enviado para a Câmara do Deputados. O PL prevê  isentar as organizações gestoras de fundos filantrópicos de contribuições sociais, já que o recurso manuseado será utilizado especificamente para fomentar impacto social.

Em 2025, a agenda segue forte. Conheça as prioridades estratégicas e saiba como participar:

Aprovação do PL 2440/23 na Câmara dos Deputados: para conquistarmos esse marco prevemos estabelecer parcerias e fomentar o diálogo com membros estratégicos da Câmara. Entre nossas intenções, acionaremos a legisladores e pretendemos estabelecer contato com o Deputado Hugo Motta, presidente da Câmara. O objetivo é solicitar urgência na tramitação do Projeto de Lei, contribuindo para a eficiência na aprovação.

Avanço do PL 6185/23 na Câmara: Além do PL 2440/23, existe o PL 6185/23 em tramitação na Câmara. O Projeto de Lei permite a dedução do Imposto sobre a Renda apurado pelas pessoas físicas ou jurídicas, de valores doados a fundos patrimoniais constituídos nos termos da Lei nº 13.800/19, e dá outras providências. Continuaremos acompanhando o avanço do PL na Câmara, com a possibilidade de ele ser apensado ao PL 2440/23.

Apoio às discussões no âmbito da Reforma Tributária: destacamos que a não incidência do ITCMD está contemplada na Reforma que ainda precisa ar pela sanção do Governo Federal. Além disso, existe a possibilidade da cobrança de IBS e CBS para os Fundos Patrimoniais constituídos na Lei 13.800/19. Continuaremos os esforços para que a Reforma Tributária contribua para o avanço da agenda dos Fundos Patrimoniais no Brasil.

Conhecimento: a produção de conteúdo é um dos pilares da incidência política, trazendo evidencias técnicas. Por meio do Monitor de Fundos Patrimoniais, temos dados sempre atualizados sobre a quantidade de endowments no país, volume de patrimônio, causas apoiadas e localidade. Por meio do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, trazemos informações aprofundadas sobre a gestão.

Coalizão pelos Fundos Filantrópicos: o grupo multissetorial, formado por mais de uma centena de signatários, contribuiu para que as iniciativas e pleitos de advocacy efetivamente representem o setor. Seguimos interessados em ampliar e fortalecer a rede, reunindo novos pontos de vista.

Ainda não é um signatário da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos? Entre em contato conosco em [email protected]. É gratuito! Faça parte e apoie a causa dos fundos patrimoniais filantrópicos.

Paula Fabiani visita o Instituto Comunitário Paraty e iniciativas locais apoiadas

Fundações e institutos comunitários, por sua natureza multicausal e foco nas demandas e potencialidades do território, geram um impacto positivo significativo nas comunidades onde atuam. A CEO do IDIS, Paula Fabiani, teve a oportunidade de vivenciar esse modelo de atuação durante a visita a Paraty, onde conheceu mais profundamente o Instituto Comunitário Paraty (I).

O I desempenha um papel crucial no promover  desenvolvimento comunitário e territorial colaborando em rede, com atores sociais locais e apoiando iniciativas no ecossistema socioeducacional e socioambiental da cidade. Este modelo de atuação tem ganhado cada vez mais força no Brasil. 

Durante a imersão no território, Paula foi acompanhada pelas lideranças do I, Andreia Estrella e Ricardo Zuppi, e esteve em contato com projetos de organizações sociais que integram a rede do I. 

“Ter essa troca com a Paula foi uma partilha e trouxe uma série de sentimentos bons e insights para nós. Explicamos como foi o processo de criação do Instituto, de como começamos a nos reunir em forma de uma rede não oficial, mas para tentar solucionar os problemas em conjunto. E o apoio do IDIS foi fundamental para virarmos uma instituição de fato”, conta Ricardo Zuppi.

O momento foi de troca de experiências e aprendizados entre os presentes

 

Uma das paradas da visita foi no Instituto Náutico Paraty, um projeto educacional e esportivo que promove há 25 anos a transformação social na cidade, por meio do ensino do velejar para crianças e jovens em vulnerabilidade social, cujo idealizador e responsável é Gibrail Rameck Junior. Outra atuação conhecida foi a da Rede Alegrias, em que um dos projetos é relacionado ao Banco Comunitário. Esta iniciativa do Instituto Social Rural Jardim do Beija Flor e coordenada por Mônica Calderón, fortalece a economia solidária local, promove a inclusão financeira e estimula a circulação da Moeda Social “Alegrias”, impulsionando o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da comunidade.

 


Confira a moeda social do Instituto Cacimba, de São Miguel Paulista, em São Paulo, organização que também participa do programa Transformando Territórios


 

O I conta com o apoio do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social por meio do programa Transformando Territórios. Esta iniciativa do IDIS com apoio da Charles Stewart Mott Foundation fomenta a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

“Conhecer o trabalho do Instituto Comunitário Paraty foi uma experiência inspiradora. Reafirma o conceito de que os institutos e fundações comunitárias são fundamentais para o desenvolvimento local, pois atuam diretamente nas necessidades do território. É gratificante ver de perto o impacto do programa Transformando Territórios e apoiar essa jornada”, relata Paula Fabiani.

#Conhecimento: Governança e Sucessão

Uma das frentes de atuação do IDIS é nas temáticas de Governança e Sucessão. Confira alguns dos conteúdos produzidos pelo nosso time relacionados ao tópico.

 

NOTA TÉCNICA

O amadurecimento de uma Organização da Sociedade Civil (OSC) é um processo gradual e, muitas vezes, não linear. Uma governança bem estruturada é fundamental para organizações que buscam planejar o longo prazo e, no entanto, é comum que muitas dessas organizações não consigam dedicar a atenção necessária a aspectos essenciais de governança.

Nesta Nota Técnica, propomos um framework para apoiar o processo de alocação de talentos nas diversas esferas de alta gestão das organizações.

 

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ARTIGOS

Sucessão em organizações sociais: agir antes que seja tarde
Compartilhar responsabilidades e delegar tarefas antes da efetiva sucessão é uma forma de preparar uma nova geração de líderes e construir a confiança nas suas capacidades.


Por que grupos minorizados precisam participar da governança na filantropia
É urgente que a filantropia trate a diversidade com mais afinco e convicção, e com menos hesitação, criando, assim, espaços cada vez mais respeitosos, justos e acolhedores.


Planejando a sucessão do fundador
Qualquer mudança na liderança de organizações da sociedade civil pode ser um grande desafio, mas quando se trata da sucessão do fundador da instituição, que geralmente desempenha o papel de principal executivo, esse processo pode ser ainda mais complexo.


Compliance no Investimento Social Privado: ética e transparência em foco
Garantir a legalidade, legitimidade e segurança das informações é uma prioridade

 

CASES

Tem interesse em conhecer mais sobre nossos serviços? Entre em contato com [email protected]

Como aderir ao Compromisso 1%?

O Compromisso 1% é uma iniciativa do IDIS e do Instituto MOL, com o objetivo de incentivar empresas de diversos portes e segmentos a doarem pelo menos 1% de seu lucro líquido anual para causas socioambientais.

A adesão ao movimento é simples e não envolve custos financeiros. Ela permite que as empresas demonstrem seu compromisso com a transformação socioambiental do país gerando um impacto perene e positivo.

Confira o o a o para aderir:

1 – e o site oficial do movimento.

2 – Preencha o Formulário de Adesão, fornecendo informações básicas sobre a empresa e suas práticas de doação.

3 – Complete o Formulário de Comprovações, anexando os documentos que comprovem as doações realizadas ou a intenção de doação.

4 – Envie os formulários e documentos. A equipe de compliance do comitê gestor do Compromisso 1% e sua empresa será notificada quando a adesão for aprovada.

5 – Após a validação, a empresa receberá o Termo de Adesão para e ará a fazer parte da comunidade do Compromisso 1%.

Ao aderir ao Compromisso 1%, sua empresa contribui com a sociedade, e se junta a uma rede de organizações que comprometidas com a Agenda ESG. O processo de adesão é simples, e a adesão é uma excelente oportunidade para as empresas contribuírem ativamente para um futuro melhor. Juntas, as empresas podem se tornar agentes de transformação e fazer a diferença na vida de milhares de pessoas.

Confira também as formas de doação aceitas pelo Compromisso 1%.

e o site do movimento, preencha os formulários de adesão e comprovações e assuma um compromisso com a sociedade e o meio ambiente.

1% muda o mundo!

Lideranças comunitárias do Brasil, México, Peru e Chile participam de intercâmbios para potencializar a atuação nos territórios

O aprendizado entre pares é uma das premissas do programa Transformando Territórios, que apoia o fortalecimento de 15 fundações e institutos comunitários (FICs) com foco territorial em dez estados e quatro regiões do Brasil. Com o objetivo de ampliar essa colaboração para além das fronteiras brasileiras, lideranças de FICs participantes do programa realizarão intercâmbios com lideranças de fundações comunitárias latino-americanas, como a Fundación Punta de Mita (México) e a Fundación Comunitaria Cajamarca (Peru). Além dessas trocas entre as fundações e institutos comunitárias, o IDIS realizará um intercâmbio com uma organização de e do Chile, a Comunidad Organizaciones Solidarias. Essa iniciativa é viabilizada pela parceria com o Conectando Comunidades en América (CCA), parceiro institucional do programa.


Saiba mais sobre o que são institutos e fundações comunitárias


Os intercâmbios, no entanto, não se limitam ao âmbito internacional. Também ocorrerão trocas entre FICs brasileiras, promovendo um entendimento mais profundo dos territórios e ampliando o o ao conhecimento gerado pelas práticas locais. Essa troca de experiências entre diferentes realidades fortalece a rede de apoio e a articulação de práticas que beneficiam as comunidades envolvidas.

Entre os objetivos das trocas de saberes com organizações de e, destaca-se a aprendizagem sobre a construção de redes de fundações comunitárias/territoriais, além da troca de experiências sobre os processos de implementação de FICs em contextos distintos, como os do Brasil e do Chile.

 

“Participar do intercâmbio de práticas e do aprendizado mútuo entre Fundações e Institutos Comunitários é fundamental para ampliar o impacto local e fortalecer a articulação coletiva. Ao observar como as tecnologias sociais se aplicam em diferentes contextos e como podem ser adaptadas às realidades locais, vemos o poder transformador da colaboração. Essas visitas de aprendizado não só expandem horizontes, mas também reforçam a importância de construir redes de apoio que gerem um impacto mais amplo e duradouro”, afirma Rosana Ferraioulo, gerente do programa Transformando Territórios.

 

As visitas aos territórios trazem outras camadas às trocas que já se iniciaram de maneira virtual com as organizações estrangeiras. A primeira dessas viagens está marcada para março, quando representantes da organização de e chilena, Comunidad Organizaciones Solidarias, participarão de um encontro com as organizações participantes do programa Transformando Territórios. 

 

Ao longo de 2025, representantes de diferentes FICs realizarão visitas específicas: a Mundaú Mundo (Alagoas) visitará a Fundación Comunitaria Cajamarca (Peru), enquanto o Instituto Comunitário Paraty (Paraty, RJ) conhecerá a Fundación Punta de Mita (México). No âmbito nacional, haverá intercâmbios entre a FEAV (Valinhos, SP), a FUNDAES (Espírito Santo) e o ICOSE (Sergipe).

Conheça os projetos de conhecimento do IDIS em 2025 e faça parte!

A geração e disseminação de conhecimento é um dos pilares para o atingimento de nossa missão. Por meio de publicações, notas técnicas, artigos, capacitações e eventos, inspiramos, apoiamos e ampliamos o investimento social privado e seu impacto.

E podemos ir ainda mais longe e gerar ainda mais impactos positivos se formos juntos. Confira os principais projetos de conhecimento planejados pelo IDIS para serem realizados em 2025.

 

Cultura de doação

Quarta edição do mais amplo e profundo levantamento quantitativo sobre o comportamento do doador individual no Brasil. O capítulo especial terá como foco identificar a influência das doações emergenciais sobre a cultura de doação.

Saiba mais sobre a Pesquisa Doação Brasil 2024.

Previsão para realização: agosto de 2025

Filantropia e Investimento Social Privado

14ª edição do mais importante evento voltado à comunidade filantrópica brasileira.
A programação, que inclui palestrantes nacionais e internacionais, será realizada
em formato híbrido. Em 2025, o evento está previsto para realização em setembro.

Previsão para realização: setembro de 2025

 

Retomada de agenda regional, levando conceitos, tendências e casos práticos para além do eixo Rio-São Paulo. Com o objetivo de inspirar filantropos e fortalecer comunidades filantrópicas regionais, temos a expectativa de reunir 50 convidados presencialmente em Manaus para uma manhã de debates.

Previsão para realização: agosto de 2025

 

Filantropia Familiar

O Brasil tem um grande potencial para a atuação mais estratégica da filantropia familiar. Em um workshop com filantropos atuantes, vamos criar uma teoria de mudança para o engajamento de novas pessoas, identificando motivações, as condições necessárias para a mudança e definir atividades e intervenções necessárias para isso acontecer. O resultado será sistematizado em uma publicação e divulgado amplamente.

Previsão para realização: junho de 2025

 

Fundos Patrimoniais

Ação de advocacy para influenciar positivamente o ambiente regulatório e ampliar o conhecimento da sociedade em geral acerca do mecanismo, por meio de ações de comunicação e conhecimento. Entre os projetos de destaque, o Monitor de Fundos Patrimoniais. Integra a iniciativa a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, formada por organizações e pessoas que apoiam a criação de endowments no Brasil. O grupo, que hoje conta com mais de uma centena de signatários. O projeto acontece ao longo de todo o ano.

Como o objetivo de fortalecer a pauta e gerar dados consistentes, realizaremos a quarta edição do Anuário, com informações e análises sobre a gestão e o desempenho dos fundos patrimoniais brasileiros.

Previsão para realização: novembro de 2025

Venha conosco! Entre em contato pelo e-mail [email protected] para saber mais e apoiar os projetos.

Juntos pela Saúde encerra 2024 com aumento no portfólio de projetos

Em 2024, o Programa Juntos pela Saúde, iniciativa do BNDES gerida pelo IDIS, se expandiu para todos os estados da região Norte e Nordeste do Brasil, contemplando mais de 350 municípios.

Ao todo, mais de R$100 milhões serão investidos para o fortalecimento da saúde pública nas regiões Norte e Nordeste em um período de quatro anos. A partir de doações do BNDES e outros apoiadores (capital filantrópico) em uma estratégia de matchfunding, o programa beneficiará 14 projetos comprometidos com o atendimento de saúde para população usuária do SUS.

Equipe do Juntos pela Saúde do IDIS em setembro de 2024. Crédito: André Porto e Caio Graça. 

Atenção Primária em Saúde no SUS

Lançado em janeiro de 2024, o Edital “Atenção Primária em Saúde do SUS no Norte e Nordeste”, iniciativa do Juntos pela Saúde em parceria com a Umane, teve como objetivo apoiar projetos que aprimoram a Atenção Primária à Saúde (APS) em municípios com menos de um médico a cada mil habitantes nas regiões Norte e Nordeste do país. Os selecionados poderiam receber até R$20 milhões destinados na modalidade de matchfunding.

Comitê de seleção do edital de APS (junho 2024). Foto: Rossana Fraga/BNDES.

Por meio de um processo minucioso de seleção, que incluiu webinars para solução de dúvidas e diversas etapas de entregas para os participantes, em junho de 2024 foram selecionados cinco projetos para serem apoiados pelo edital dentre os mais de 40 inscritos. Ao fim do segundo semestre, os projetos ‘Unidos pela Eliminação do Câncer de Colo de Útero no Brasil’ e ‘NoHarm: Inteligência para Segurança dos Pacientes’ já iniciaram atividades. 

“Expandimos a iniciativa ‘Juntos pela Saúde’, um programa de impacto em parceria com o BNDES e outras organizações privadas, com o objetivo de fortalecer o SUS nas regiões Norte e Nordeste do país. Neste ano, aprovamos dez novos projetos, sendo cinco deles selecionados a partir de uma chamada pública realizada com apoio da Umane. No total, finalizamos 2024 com 14 projetos aprovados no Programa, com presença em todos os estados do Norte e Nordeste, totalizando mais de R$110 milhões destinados aos territórios até 2026”, afirmou Luiza Saraiva, gerente do programa Juntos pela Saúde do IDIS.

 

Impacto regional 

Durante o ano, também foram realizadas uma série de visitas de acompanhamento e monitoramento em campo por parte da equipe do Juntos pela Saúde aos municípios participantes dos diversos projetos integrantes do programa. 

Em março, um encontro em São Luís, no Maranhão, reuniu parceiros e representantes de 21 dos 24 municípios maranhenses participantes do projeto Ciclo Saúde Proteção Social. Já em setembro, uma visita a Lagarto (SE) para acompanhamento dos resultados do projeto de Indicadores em Saúde Mental, que havia sido finalizado no mês anterior.  

Equipe do IDIS, BNDES e ImpulsoGov, executora do projeto, em Lagarto, SE. Crédito: IDIS.

Encerramento de ciclos

Além de um ano de expansão e concretização do programa, este também foi um período de encerramento de dois projetos do Juntos pela Saúde. O de Indicadores em Saúde Mental, apoiado pelo BNDES e RD Saúde, e executado pela ImpulsoGov, auxiliou a ampliação do o a dados e informações simplificadas para os gestores de saúde mental dos 10 municípios participantes, de forma a melhor orientar a gestão por parte dos profissionais envolvidos nos serviços de saúde mental. Já o primeiro ciclo do projeto Impulso Previne fortaleceu a gestão nos 19 municípios em que atuou por meio da ampliação do uso de indicadores de saúde, em especial o indicador citopatológico, essencial na prevenção do câncer de colo de útero. 

Perspectivas para 2025

Quando um ciclo se encerra, novas oportunidades surgem. Finalizamos 2024 orgulhosos com o que foi conquistado até aqui. O ano foi marcado por formalizações de etapas processuais de novos projetos embarcados no Programa ao longo do segundo semestre. Em 2025, a partir da intensificação da atuação dos projetos apoiados por meio do capital público e filantrópico, vamos escalar ainda mais a atuação em prol de uma saúde pública tecnológica e democrática para as populações do Norte e Nordeste do País.

“Nesses dois primeiros anos do Juntos pela Saúde, nos dedicamos à estruturação de processos, captação de apoiadores e executores, e constituímos um diversificado portfólio de projetos com objetivos ambiciosos voltados ao fortalecimento da atuação do SUS nas regiões Norte e Nordeste. Para 2025, nossa expectativa é fortalecer a nossa rede de parceiros, promovendo trocas, aprendizagens coletivas e integrando soluções que possam potencializar os resultados na ponta. Além disso, seguimos acompanhando de perto as realizações nos territórios para conhecer a perspectiva dos nossos beneficiários – os profissionais de saúde do SUS – e para compreender ainda melhor os impactos do nosso trabalho”, destacou Luiza Saraiva.

#Conhecimento: Fundos Patrimoniais (Endowments)

Confira nossos conteúdos relacionados a Fundos Patrimoniais (ou endowments).

e o site da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, uma coalizão formada por organizações e pessoas que apoiam a criação de Fundos Patrimoniais Filantrópicos no Brasil, organizada pelo IDIS com apoio jurídico da PLKC Advogados.

Monitor de fundos patrimoniais no brasil

Publicações

Fundos filantrópicos: o que são, tipos e como diferenciá-los

O que é um fundo patrimonial?

Artigos e notas técnicas

Prefácio Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023

Artigo: Melhores práticas para se medir o sucesso de um fundo patrimonial

Artigo: O impacto na governança a partir da doação de um legado: Entenda como a criação do fundo patrimonial pode impulsionar mudanças estratégicas em organizações da sociedade civil como a ASA

Artigo: Gestão Sustentável de Fundos Patrimoniais: A Fundação Bradesco como referência no Brasil, transformando pela educação

Artigo: A diversidade na governança de fundos patrimoniais

Artigo: O papel do gestor de investimento

Artigo: Fundo de Fomento à Filantropia: pedra fundamental do legado do IDIS para o Brasil

Artigo: Fundos Patrimoniais e o almoço grátis

Artigo: Não existe longo prazo sem Sustentabilidade

Artigo: Governança: elemento-chave para a gestão de Fundos Patrimoniais

Artigo: Uma nova fronteira para os endowments brasileiros

Artigo: Perspectivas para os Fundos Patrimoniais no Brasil

Artigo: O cenário macroeconômico em 2022 e as implicações para gestores de fundos patrimoniais

Nota técnica: Fundos Patrimoniais Filantrópicos

Artigo: Fortalecimento dos Fundos Patrimoniais | Valor Econômico

Artigo: Posicionamento da Receita Federal traz desestímulo para fundos patrimoniais

Artigo: Cultura em chamas: o que aprendemos três anos após o incêndio do Museu Nacional

Artigo: Fundos patrimoniais: desafios e benefícios da Lei 13.800/19

Cases

Advocacy Fundos Patrimoniais: Coalizão pelos Fundos Filantrópicos 

PODCASTS

Vídeos

 

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para [email protected].

Gincana de doação engaja colaboradores do IDIS

Para celebrar o Dia de Doar, a equipe do IDIS organizou uma ‘Gincana do Bem’, com atividades voluntárias, como cursos e oficinas, oferecidas pelos próprios colaboradores para seus colegas. A participação nas atividades envolvia uma contribuição simbólica, destinada ao Fundo de Fomento à Filantropia (FFF), criado pelo IDIS para fortalecer o investimento social privado e promover a cultura da doação no Brasil.

As atividades propostas variaram de oficinas de cerâmica fria e produção de fermento natural a corridas coletivas, degustações de alimentos e um show realizado por uma banda formada pelos próprios colaboradores (foto ao lado).

A iniciativa destaca as doações como um ato que vai além do aspecto monetário, ressaltando que o valor doado ou a forma escolhida para contribuir – seja por meio de dinheiro, tempo ou conhecimentos – não são o mais importante; o essencial é realizar a doação. Além disso, a ação fortalece a cultura de doação dentro da organização. Mais de 50 colaboradores do IDIS participaram das atividades, seja como participantes ou como responsáveis pela organização.

“Contribuir com tempo e conhecimentos em atividades que reforçam a cultura de doação não só fortalece o impacto social, mas também nos conecta como equipe. Fazemos a diferença e ainda nos divertimos”, comenta Lavínia Xavier, analista de comunicação do IDIS e participante de várias das ações.

Grupo de colaboradores participantes da corrida. Para cada quilômetro percorrido, foi estabelecido um valor a ser doado para o Fundo pelo proponente da atividade.

Descubra Sua Causa é lançada em campanha na Globo

Durante a semana do ‘Dia de Doar’ deste ano, o IDIS, Instituto MOL e Globo lançaram uma parceria para estimular a cultura de doação no Brasil. Uma chamada para o teste Descubra Sua Causa foi veiculada na televisão aberta e também nas redes sociais da emissora. A iniciativa está alinhada à plataforma Para Quem Doar da emissora, cujo objetivo também é fortalecer a cultura de doação.

“Saber a própria causa é um primeiro o essencial para a ação. O Descubra Sua Causa é uma ferramenta fácil e simples para mobilização de pessoas. Poder contar com a disseminação de um veículo com o alcance da Globo nos move em direção a uma nação cada vez mais doadora e solidária”, comenta Luisa Gerbase Lima, gerente de comunicação e conhecimento do IDIS. 

 

O Descubra Sua Causa estimula as pessoas a refletirem e identificarem suas causas, além de indicar organizações da sociedade civil para as quais os respondentes podem doar. Lançado em 2018 pelo IDIS, o teste já foi realizado por milhares de pessoas em mais de seis anos de veiculação, incentivando o engajamento social com um conteúdo leve e informativo. Ao longo desse período, ou por melhorias em seu funcionamento além de ter sido atualizado visualmente. 

e o site ParaQuemDoar e Descubra Sua Causa!

Retrospectiva IDIS 2024: Investimento Social é feito de gente

Equipe IDIS na confraternização de 2024

Todos os dias, trabalhamos para promover um futuro melhor para esta e para as próximas gerações. Sonhamos, planejamos, agimos, monitoramos e avaliamos impactos, na esperança de que estamos contribuindo para um mundo mais justo e solidário.

Em 2024, esse trabalho se manteve firme, mas o ano foi especial. O IDIS completou 25 anos, uma oportunidade de celebrar nosso ado, reconhecer conquistas, aprendizados e, principalmente, as pessoas. Inspirados pelo tema “Investimento Social é coisa de gente”, guiamos nossas comemorações com uma campanha que refletiu o que tem de mais essencial em nosso trabalho.

Investimento social é coisa de gente porque é feito por e para pessoas. Porque exige diálogo, envolve discordâncias e consensos, erros e acertos. Porque nos aproxima e emociona. Essa mensagem foi o fio condutor de ações presenciais e online, incluindo um evento inesquecível no MASP, marco cultural de São Paulo, que reuniu aqueles que fizeram e fazem parte da nossa história. Foi nessa ocasião também que lançamos nosso novo vídeo institucional. Assista aqui!

 

Um legado para o futuro: o Fundo de Fomento à Filantropia


O marco histórico foi o momento perfeito para concretizar um sonho antigo: a criação do Fundo de Fomento à Filantropia (FFF). Este é o primeiro fundo brasileiro dedicado a fortalecer a filantropia e a cultura de doação no país. Com uma base financeira sólida, podemos garantir a sustentabilidade de projetos, multiplicar iniciativas e alcançar mais pessoas, promovendo mudanças duradouras. Este é um legado que pertence a todos que acreditam no poder transformador da filantropia.

Estamos fechando o ano com um patrimônio de 9,3 milhões, fruto de aportes de diferentes grandezas e com matching realizado a partir da doação recebida da filantropa americana MacKenzie Scott

Quer fazer parte dessa história? Clique aqui para doar.

 

Resultados concretos em um ano intenso


Nossa atuação baseia-se em uma tríade. Nossos pilares de atuação, consultoria, conhecimento e projetos de impacto, nos trouxeram até aqui. Na consultoria exercemos nossa missão apoiando investidores sociais a gerar mais impacto na sua jornada filantrópica. Com as iniciativas de conhecimento produzimos para o setor materiais com as melhores práticas e dados para que as organizações gerem mais impacto positivo. E nos projetos de impacto entregamos, com nossos parceiros, ações, que catalisam o ecossistema da filantropia e da cultura de doação, beneficiando organizações, comunidades e pessoas. Cada pilar alimenta os demais.

Somente neste ano, nossa equipe de consultoria realizou 47 projetos em áreas como planejamento estratégico, ESG, fundos patrimoniais, gestão de doações e avaliação de impacto. Mantivemos uma nota média acima de 9 na avaliação dos clientes, com um alto índice de recomendação, refletindo o compromisso com a qualidade.

 

Conheça as histórias aqui.

 

Em parceria com o Instituto MOL, lançamos o Compromisso 1%, inspirado no movimento estadunidense Pledge 1%. Até agora, 15 empresas já aderiram, entre aquelas que já tem essa prática e outras que estão comprometidas em alcançar o patamar de doação de 1% do lucro líquido em até dois anos. A iniciativa conta ainda com o apoio de Cyrela, Instituto Cyrela, PwC e RD Saúde, além de organizações do setor que integram o comitê consultivo.

No programa Transformando Territórios, dedicado a fortalecer fundações e institutos  comunitários no Brasil, reunimos participantes de todo o país em São Paulo para o Encontro anual. Aproveitamos a ocasião para lançar o guia ‘Como criar uma fundação ou instituto comunitário’ – um guia prático a partir de exemplos de quem já transforma territórios.

Representantes dos participantes do programa Transformando Territórios Foto: André Porto

Expandimos o Juntos pela Saúde, parceria com o BNDES que destinará mais de R$ 100 milhões ao fortalecimento da saúde pública nas regiões Norte e Nordeste no período de 4 anos. A partir de doações do BNDES e outros apoiadores, o programa beneficiará 14 organizações da sociedade civil comprometidas com o atendimento de saúde para população usuária do SUS.

A pauta de advocacy também avançou. À frente da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, conquistamos uma vitória importante: a aprovação do PL 2.440/23 na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, e agora segue para a Câmara. Também amos a integrar a Aliança pelo Fortalecimento da Sociedade Civil, liderada pelo Instituto Beja, trabalhando pela inclusão da pauta na Reforma Tributária.

Ao longo do ano, lançamos 39 produtos de conhecimento diversos, incluindo relatórios como Perspectivas da Filantropia no Brasil; Investimento Social Privado: Estratégias que Alavancam a Agenda ESG e a terceira edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais, alcançando mais de 80 mil pessoas. Destaque também à realização de mais uma edição do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, que neste ano reuniu novamente mais de mil pessoas em formato híbrido. Também estivemos presentes em eventos locais e globais, como o Global Philanthropy Forum, o African Philanthropy Forum,  Impact Minds (Latimpacto), o Foundations for the Future (Reino Unido).

Pessoas e Diversidade


Com o crescimento dos projetos, veio também o crescimento da equipe. Fechamos o ano com 53 querIDIS em nosso time. As ações ligadas a Pessoas acompanharam o movimento – foi realizado o segundo programa de estágios, implementamos um programa de mentoria e um programa de desenvolvimento voltado para lideranças. Uma trabalho foi feito também no sentido de fortalecer a rede de Alumni IDIS, pessoas que trabalharam conosco no ado, mas que podem seguir contribuindo para o atingimento de nossa missão mesmo distantes.

Com três anos de existência, nosso Comitê de Diversidade promoveu escutas, letramentos e o terceiro Censo IDIS. Entre os resultados, o mapeamento identificou um aumento de 13 pontos percentuais na proporção de pessoas não brancas na equipe, em comparação ao ano anterior. Entre as ações realizadas, destacam-se um treinamento com Cida Bento para os membros do conselho e uma conversa de Viviane Moreira com o grupo de lideranças do IDIS.

Gestão e sustentabilidade

Acompanhando o crescimento do IDIS, implantamos novos processos operacionais e financeiros. Políticas internas também foram atualizadas e houve um esforço grande em desenvolver o mapeamento de riscos e desenvolver uma matriz com orientações sobre como lidar com cada um deles.

Foi concluído também nosso processo de planejamento estratégico, que contempla o próximo triênio.

Reconhecimentos

Pelo quinto ano, fomos reconhecidos como uma das Melhores ONGs do Brasil e, pela segunda vez, como a melhor ONG de Filantropia, Voluntariado e Apoio a Organizações da Sociedade Civil do Brasil. 

No Dia de Doar, o destaque foi o Descubra Sua Causa, projeto do IDIS com o Instituto MOL. A partir de uma parceria com a Globo e sua plataforma ParaQuemDoar, ganhamos destaque em todos os veículos do grupo, com direito a vídeo promocional!

É sempre muito emocionante escrever essa retrospectiva, rememorando alguns dos principais acontecimentos do ano. Não foi fácil, mas foi coletivo.

QuerIDIS, conselheiros, parceiros, apoiadores, familiares e amigos: muito obrigada! Cada um de vocês é parte essencial desta jornada. 

Que 2025 traga esperança, coragem e realizações para todos nós.

Com carinho,

Paula Fabiani

Cazumbada 2024: uma imersão na cultura e no território da Baixada Maranhense

Por Alexandre Gonçalves Jr, coordenador de comunicação do IDIS

 

Em um dos cenários mais emblemáticos de São Luís, no Museu Ferroviário do Maranhão, localizado na estação ferroviária desativada, teve início a Cazumbada, festival promovido pelos Institutos Baixada Maranhense e Formação. O Instituto Baixada Maranhense é uma das 15 Fundações e Institutos Comunitários (FICs) integrantes do Programa Transformando Territórios, iniciativa do IDIS com a Charles Stewart Mott Foundation. O Programa tem como objetivo fortalecer essas FICs que atuam com o apoio técnico e e financeiro de organizações e iniciativas da sociedade civil de suas comunidades.

Entre o centro histórico da cidade, com suas casas coloniais, e a baía de São Marcos, os brincantes do Bumba Meu Boi anunciaram o tom da imersão que parceiros e apoiadores viveriam nos dias seguintes: uma viagem ao coração da cultura maranhense, marcada tanto pelo encantamento quanto pelo encontro com o desconhecido. 

“A Cazumbada é um evento único, nenhum outro evento pauta a filantropia comunitária territorial como ele. É uma grande imersão que proporciona a vivência do território integralmente para os próprios financiadores. E não só todo organismo da filantropia, mas a própria cultura local acaba se fortalecendo com isso”, Instituto Baixada

 

 

O nome Cazumbada remete a Cazumbá, personagem místico das celebrações do Bumba Meu Boi. Essa figura folclórica, que não se enquadra nos conceitos de feminino, masculino ou animal, desperta curiosidade e fascínio com sua máscara impactante e indumentárias coloridas e elaboradas.

Após um jantar de boas-vindas, os convidados partiram para a Baixada Maranhense, região que abriga 21 municípios somados ao município de Alcântara, abrangendo cerca de 559 mil pessoas, segundo o último censo do IBGE. O percurso, que combinou trajetos por terra, água e a pé, foi uma verdadeira experiência territorial. A travessia da baía de São Marcos, agora vista de perto em ferry boat e canoas, conectou os participantes ao cotidiano da região.

 

Uma Imersão em Comunidades Quilombolas

A jornada incluiu uma visita à Ilha de Cajual, no município de Alcântara, onde guias mirins da comunidade quilombola Santa Rosa dos Pretos conduziram os participantes por uma trilha. Alcântara, mais conhecida pela base militar de lançamento de mísseis, revelou outro lado: mais de 80% de sua população é quilombola. Em Santa Rosa dos Pretos, quebradeiras de coco babaçu demonstraram a extração artesanal do óleo e azeite, ingredientes essenciais na culinária regional.

Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação

Essa tradição extrativista, transmitida de geração em geração, é uma das principais fontes de renda da comunidade. Recentemente, o Instituto Baixada forneceu um moedor automático para facilitar a produção de óleo de babaçu. Além disso, a instituição tem auxiliado no o a políticas públicas, como a instalação de painéis solares, que trouxeram energia elétrica para vilas antes dependentes de estações relacionadas.

Outro ponto visitado foi a comunidade Olhos D’Água dos Gomes, onde está sendo reconstruída a Casa de Muriquinho, espaço dedicado a atividades socioculturais para jovens, com a gestão e definição de agenda pela própria comunidade. 

Esse projeto é apoiado pelo programa Transformando Territórios, do IDIS, em parceria com o Instituto Baixada

A cultura na Baixada

A musicalidade ecoa na Baixada. Longe do ruído dos grandes centros urbanos, os ritmos do Bumba Meu Boi, tambor de crioula, reggae e forró ecoam como expressão de identidade e resistência cultural.

Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação

Na Baixada Maranhense, o território é o próprio agente de transformações de impacto social positivo. Cada baixadeiro, com suas histórias, saberes e ambições, contribui para o desenvolvimento socioambiental local. O Instituto Comunitário Baixada Maranhense, ao final dos três dias de evento, reafirmou sua missão: investir em pessoas para transformar territórios. Essa promessa está estampada na sede da instituição, localizada em Nova Olinda do Maranhão, e reflete a grandiosidade de sua atuação no fortalecimento de comunidades e tradições com a promessa de investir em pessoas que transformem territórios.

Foto: Instituto Baixada/Instituto Formação

IDIS organiza delegação brasileira para o Global Philanthropy Forum 2025

Global Philanthropy Forum 2025 acontecerá entre os dias 12 e 14 de março em São Francisco e neste ano, o tema do evento é “Embracing Risk: Adaptive Philanthropy in the Age of Complexity”, debatendo como a filantropia tem se adaptado e arriscado para solucionar problemas complexos. O evento contará, mais uma vez, com a tradicional delegação brasileira organizada e liderada pelo IDIS. Como parceiros do evento, o IDIS anualmente organiza a viagem, fortalecendo o relacionamento entre os participantes e com a comunidade filantrópica global.

Convidados que indicarem na inscrição que vieram por meio do IDIS têm direito a descontos exclusivos. Tem interesse em participar da delegação? Entre em contato conosco através de [email protected].

Em 2023, durante a última edição do evento, a delegação liderada pelo IDIS esteve presente, com 13 membros, de diferentes organizações. Foram cerca da de 250 participantes ao longo de dois dias de evento que tratou de temáticas como dinâmica de poder entre doadores e beneficiários, a decolonização da filantropia, doações irrestritas, além de causas relacionadas à diversidade, ajuda humanitária e a correlação entre vulnerabilidades socioeconômicas e os impactos das mudanças climáticas.

“Participar do Global Philanthropy Forum 2023 foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu conectar com pessoas de experiências incrivelmente diversas. Acreditamos firmemente que as conversas e conexões estabelecidas no evento têm o potencial de gerar parcerias transformadoras para o futuro”, comenta Guilherme Sylos, diretor de prospecção e parcerias do IDIS e líder da delegação.

O IDIS é responsável pelo produção do Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais, a versão local do Global Philanthropy Forum.

PL sobre tributação de fundos patrimoniais é aprovado no Senado

Este é um importante o para o aprimoramento do ambiente regulatório para os fundos patrimoniais no Brasil. O Projeto de Lei 2.440/23, que complementa a Lei 13.800/19, traz medidas imprescindíveis a uma adequada tributação sobre endowments. O PL é de autoria do Senador Flávio Arns (PSB/PR), já foi aprovado na Comissão de Educação, sob a relatoria da Senadora Dorinha Seabra, e no dia 26 de novembro foi aprovado também na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob a relatoria do Senador Rodrigo Cunha. O PL é terminativo na CAE, o que significa que ele será encaminhado para a Câmara após esta aprovação no Senado.

O objetivo central do PL é aprimorar o ambiente tributário dos fundos patrimoniais enquadrados na Lei de Fundos Patrimoniais (13.800/19). Entre eles, a isenção do Imposto de Renda sobre aplicação financeira, o reconhecimento da posição das gestoras de fundo patrimonial como investidoras no Brasil e no exterior, sem que isso seja considerado um desvio de finalidade, além de reconhecer a isenção da COFINS sobre receitas financeiras.

A proposta reconhece e deixa mais clara o incentivo fiscal à doação de empresas que apuram o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica pelo lucro real, permitindo que sejam deduzidas como despesas operacionais, nos termos da legislação atual sobre o assunto.

A questão tributária é uma barreira importante para a adesão de endowments à Lei 13.800. Segundo o recém-lançado Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023, do qual participaram 74 fundos, até o fim de 2023, somente 19% estavam enquadradas nos parâmetros da referida Lei, dado que as entidades operacionais têm o receio de perder a imunidade tributária.

Esse avanço é de suma importância é fruto de um esforço coletivo do IDIS, que lidera a Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, e da Aliança pelo Fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil, que reúne organizações representativas do setor, escritórios de advocacia especializados, empresas e investidores sociais.

“Não resta dúvida de que a participação da sociedade, neste caso, por meio dos fundos patrimoniais, é extremamente necessária e deve sempre ocorrer de forma ativa e sem entraves burocráticos. O fortalecimento do Terceiro Setor, não apenas por meio da legislação, mas, principalmente, pelo reconhecimento por parte do poder público, é o caminho para que possamos assegurar benefícios sociais e econômicos para todos”, acredita Flávio Arns, senador e autor do PL em questão.

 

“A aprovação do PL 2440/23 no Senado Federal é um avanço para a sustentabilidade e apoio de causas no Brasil. Um ambiente tributário favorável é essencial o desenvolvimento da cultura de doação. Observamos nos últimos anos um crescimento dos fundos patrimoniais brasileiros com a Lei 13.800 e, agora, com a possibilidade da ampliação da isenção tributária para as Organizações Gestoras de Fundos Patrimoniais, esperamos aumento ainda mais acelerado na estruturação de endowments que contribuem para o desenvolvimento socioambiental do Brasil. Ainda precisamos ar o PL na Câmara, mas aprovar no Senado é certamente uma conquista que merece ser celebrada.”, acredita Paula Fabiani, CEO do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.

 

“A aprovação do PL 2440 é de suma importância para o avanço dos fundos patrimoniais no Brasil, equiparando a nossa legislação com a legislação estrangeira sobre endowments, que não tributam suas rendas. É o resultado do esforço de anos da Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, somado à mobilização mais recente da Aliança pelo Fortalecimento das Organizações da Sociedade Civil”, comenta Priscila Pasqualin, sócia do PLKC Advogados e responsável pelo apoio jurídico à Coalizão pelos Fundos Filantrópicos.

 

Sobre a Coalizão

A Coalizão pelos Fundos Filantrópicos é um grupo multisetorial composto por mais de 100 membros, entre organizações, empresas e pessoas que apoiam a regulamentação dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos no país. Lançada em junho de 2018, e liderada pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, essas organizações brasileiras integram a Coalizão, que é aberta para qualquer pessoa ou instituição que apoie a causa dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos.

O G20 também é social: articulações pela filantropia

A Aliança contra a Fome e a Pobreza e a taxação de super ricos estão entre os principais direcionamentos do G20 no Brasil. O encontro multilateral, entretanto, vai muito além da declaração final assinada pelos líderes das nações participantes. 

Tradicionalmente focado em questões econômicas globais, o G20 tem demonstrado um compromisso crescente com temas sociais. A criação do G20 Social, uma iniciativa inédita que busca ampliar a participação da sociedade civil nos debates e decisões do grupo, é um marco nesse sentido. Naturalmente, a filantropia surge como um tema de debate no C20.

O grupo de trabalho, mobilizado pela WINGS, envolveu representantes de diferentes nações. No Brasil, GIFE e ABONG conduziram a coordenação, que levou a elaboração das recomendações do grupo para que a filantropia possa ampliar seu potencial de contribuição ao desenvolvimento sustentável. “A filantropia contribui com um espectro vasto de temas sociais e ambientais e podia manifestar posicionamento, enquanto setor, sobre tais agendas ante a um fórum global como o G20, incidindo sobre a tomada de decisões que impactam a conjuntura das sociedades contemporâneas”, comenta Gustavo Bernadino, gerente de Programas do GIFE.

O documento final convoca os países do G20 a assumirem compromissos efetivos com o ecossistema filantrópico. Entre as recomendações, temas como a necessidade de um sistema tributário mais justo, reformas da dívida internacional e tributária, facilitação do o a recursos pela sociedade civil e a importância de proteger o espaço cívico.

“Foi uma grande conquista levar ao C20 o debate sobre filantropia. O processo participativo contribuiu para o fortalecimento do ecossistema global ao mesmo tempo que gerou um conjunto de recomendações que devem reverberar para além da cúpula. Houve diálogo e a troca de experiências, valiosos para a cooperação internacional.” comenta  Luisa Lima, gerente de comunicação e conhecimento no IDIS, que foi uma das integrantes do grupo.

As recomendações do C20 sobre filantropia oferecem uma oportunidade única para fortalecer a colaboração entre os setores público, privado e social, em prol de um futuro mais justo e sustentável.

“Olhando para trás, para as presidências do G20 desde a formação do grupo global em 1999, esta foi a primeira interação formal e estruturada da filantropia, enquanto campo, no G20. As recomendações foram apresentadas formalmente ao governo brasileiro e também compartilhadas com a Primeira-Dama durante a Cúpula do C20″, explica Benjamin Bellegy, diretor executivo da WINGS.

Cassio França, Gustavo Bernardino e Pedro Bocca representaram o GIFE, Benjamin Bellegy, da Wings, além de Gustavo Westmann, da Secretaria-Geral da Presidência da República; e Pedro Simões, da Secretaria-Geral do G20.

Leia o documento completo com as recomendações aqui.

 

Mundaú Mundo inaugura novo escritório em Maceió

As Fundações e Institutos Comunitários (FICs) atuam dando e a iniciativas locais que promovem o desenvolvimento social de determinadas regiões onde estão inseridas. Com o objetivo de ser um apoiador, O Mundaú Mundo, que é uma FIC localizada em Alagoas, inaugurou um novo escritório no Centro de Inovação do Jaraguá, em Maceió. A organização faz parte Programa Transformando Territórios (TT), iniciativa de impacto do IDIS em parceria com a C.S Mott Foundation.

Rosana Ferraioulo, gerente de projetos do IDIS e responsável pelo TT, esteve no evento de inauguração e visitou outras dependências da organização, conhecendo a fundo as ações do Mundaú para o desenvolvimento social do território.

“Estar presencialmente na inauguração da sede da Mundaú Mundo com o Carlos Jorge, equipe e representantes das organizações sociais do território é uma alegria imensa. O espaço, para além de ser a sede para o trabalho em equipe, fomenta o ecossistema territorial e o desenvolvimento local”, comenta Rosana.

 

O MUNDAÚ MUNDO

O objetivo do Instituto Mundaú é transformar pessoas para transformar territórios. Para isso realiza diversas ações em Maceió, entre elas estão o Programa de formação e desenvolvimento educacional, ações de educação ambiental e prevenção para as famílias da lagoa Mundaú, e ações esportivas, como aulas de judô infantil.

“A inauguração do escritório da Mundaú Mundo é um sonho se tornando realidade, e sem nossos parceiros não chegaríamos até aqui. Agradeço a todos os líderes sociais que se fizeram presentes, além da Asssepro e do IDIS, que com muita alegria celebrou conosco. Transformar pessoas para transformar territórios já é uma realidade”, disse Carlos Jorge, fundador da FIC.

 

SOBRE O TRANSFORMANDO TERRITÓRIOS

O Programa Transformando Territórios é uma iniciativa do IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social – com a Charles Stewart Mott Foundation para fomentar a criação e fortalecimento de Institutos e Fundações Comunitárias no Brasil, com o engajamento de doadores e sociedade civil, compartilhamento de conhecimento e apoio técnico.

Saiba mais sobre o programa e os participantes em www.transformandoterritorios.org.br

 

 

Vem aí ‘Dia de Doar 2024’: participe e doe para o Fundo de Fomento à Filantropia

Desde 2013, acontece o Dia de Doar no Brasil, e neste ano, a 11ª edição será no dia 3 de dezembro. O objetivo é incentivar o país a ser mais generoso e solidário, mobilizando pessoas físicas, empresas e campanhas comunitárias para arrecadar recursos e aumentar o impacto positivo das organizações do terceiro setor.

O movimento desempenha um papel fundamental ao mostrar que todos podem participar, fortalecendo a cultura da doação no cotidiano das pessoas.

Neste ano, convidamos você a contribuir para o Fundo de Fomento à Filantropia. Ao doar, você apoia o contínuo fortalecimento do investimento social privado e da cultura de doação no Brasil.

Os rendimentos do fundo patrimonial são revertidos em impactos positivos e concretos para a sociedade, sendo utilizados para o fortalecimento da filantropia e da cultura de doação, por meio de pesquisas, campanhas e outras ações; para advocacy por um ambiente regulatório mais favorável ao terceiro setor; para a promoção de publicações e eventos, como o Fórum de Filantropos e Investidores Sociais; e para a articulação de atores e parcerias para o desenvolvimento do setor, incluindo os endowments criados e a Coalizão. Além disso, os recursos também são utilizados para catalisar iniciativas estruturantes que multipliquem o Investimento Social Privado (ISP) e ampliem seu impacto, entre outras atividades.

Cada doação contribui para o fortalecimento da sociedade civil e para a redução das desigualdades no Brasil, em uma causa que não é apenas nossa, mas de todo o setor. Venha com a gente!

Faça sua doação e saiba mais sobre o Fundo de Fomento à Filantropia:

Saiba como doar para Fundos Patrimoniais Filantrópicos (Endowments)

Os Fundos Patrimoniais Filantrópicos são mecanismos que permitem o desenvolvimento e a manutenção de organizações e causas, garantindo uma sustentabilidade financeira de longo prazo. Funciona assim: os fundos, também conhecidos como endowments, reúnem recursos de doações, sejam elas grandes ou pequenas. O valor recebido é  mantido e os rendimentos podem ser usados, garantindo recursos perenes.

Os Fundos Patrimoniais aram a ser regulamentados no Brasil com a aprovação da Lei 13.800/2019 e você sabia que podem receber doações também de pessoas físicas? Os valores doados ajudam a aumentar o patrimônio do fundo e seus rendimentos.

Saiba mais sobre os Fundos Patrimoniais.

Conheça os fundos que aceitam doações de indivíduos:

Filantropia

Fundo de Fomento à Filantropia – Contribui para o contínuo fortalecimento do investimento social privado e da cultura de doação no Brasil.

Causas de Interesse público

Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn Fundo Rogério Jonas Zylbersztajn – Tem por finalidade fomentar e promover causas de interesse público, voltadas à população em geral.

 

 EDUCAÇÃO

 

Amigos Direito UERJ – Os recursos do fundo patrimonial são destinados a apoiar projetos e programas definidos pela gestão do fundo.

 

 

 

Pan American School | LinkedIn

 

Associação Escola Panamericana de Porto Alegre – Destina os recursos do fundo para projetos institucionais, estudantis e eventos da escola, por meio de doações, parcerias e patrocínios, que contribuirão para o enriquecimento acadêmico e o legado institucional da escola.

 

 

Fundo Patrimonial do ITA – Os recursos do fundo são destinados a projetos escolhidos pelo Conselho de istração, executados por departamentos do ITA ou pelas Organizações Executoras parceiras, como a AEITA, ITAEx e FCMF

 

 

 

Associação Gestora do Fundo Patrimonial em Apoio à Faculdade de Direito da UFRGS – O fundo patrimonial apoia a promoção da melhoria dos espaços e da infraestrutura da Faculdade de Direito da UFRGS, necessários ao desenvolvimento gratuito da educação e do desenvolvimento humano, técnico e profissional da comunidade de estudantes, professores, servidores e entidades sem fins lucrativos representantes destas categorias.

 

Chronos | Início

Chronos (USP São Carlos – Comunidade) – Os recursos do Chronos são destinados a apoiar projetos da comunidade da USP São Carlos, incluindo alunos, professores, funcionários e entidades representativas dessas categorias.

 

 

 

EAUFBA - Escola de istração, UFBA

Conecta EAUFBA (Escola de istração da UFBA) – Endowment composta por uma associação de ex-alunos da Universidade Federal da Bahia, com o propósito de contribuir com o desenvolvimento de carreira dos alunos e deixar um legado para as próximas gerações de estudantes.

 

 

Endowment AFESU – Os recursos do fundo são destinados para o oferecimento de projetos gratuitos para meninas e mulheres em vulnerabilidade social.

 

 

 

 

Endowment Alumni Direito Mackenzie – Todos os recursos do fundo são destinados exclusivamente para projetos que busquem efetivar o direito fundamental de o à justiça, bem como projetos de ensino, pesquisa e extensão, preferencialmente vinculados à Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e que promovam a melhora da educação e das instituições jurídicas no Brasil.

 

Endowment DireitoGVEndowment Direito GV | LinkedIn – O DireitoGV é um fundo patrimonial destinado a arrecadação de recursos para manter estudantes aprovados no vestibular da FGV no curso de Direito, mas que dependem significativamente de uma ajuda para arcar com custos indiretos do curso como apostilas, transporte e alimentação. 

 

 

agradecimento2020 — Instituto AcaiaInstituto AcaiaO instituto orienta suas atividades através de três núcleos: ateliescola acaia, Centro de Estudar Acaia Sagarana e Acaia Pantanal, que desenvolvem atividades socioeducativa.

 

 

Endowment Instituto Rodrigo Mendes (IRM) – Todos os recursos do endowment visam colaborar para que toda pessoa com deficiência tenha uma educação de qualidade na escola inclusiva. Seus projetos estão organizados a partir de uma arquitetura de programas baseada em três pilares: produção de conhecimento, formação de educadores e advocacy.

 

Endowment PUC-Rio – A Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio apresenta o fundo Endowment, destinado a arrecadar recursos financeiros para diversas frentes da universidade. Essas doações ajudam a manter, por exemplo, bolsas de estudos na PUC-Rio para alunos de baixa renda e a aperfeiçoar serviços da AAA. 

 

 

Endowment Sempre FEA (FEAUSP – alunos) – O Sempre FEA é um fundo patrimonial criado por ex-alunos da FEAUSP para apoiar projetos e alunos, professores, funcionários e entidades da FEA USP. Em dois anos de existência, já apoiaram cerca de 40 projetos e impactando mais de 300 pessoas diretamente.

 

Fundo Amanhã (istração UFRGS) – Visa apoiar o desenvolvimento da comunidade da Universidade (alunos, ex-alunos, professores, técnicos e entidades representativas) por meio do investimento em programas e projetos de impacto voltados para a manutenção da excelência em ensino, pesquisa e extensão às gerações futuras.

 

 

Fundo Areguá – O Fundo Areguá oferece bolsas de estudos para alunos da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo, além de apoiar projetos de pesquisa da instituição.

 

 

Fundo Catarina – Investem em projetos para os alunos de engenharia e tecnologia da UFSC, como projetos de extensão e projetos de pesquisa, fomento ao empreendedorismo e distribuição de bolsas de estudo meritórias, potencializando a formação de novos profissionais de engenharia e tecnologia líderes no país.

 

 

 

Fundo Centenário (Escola de Engenharia da UFRGS) – Os rendimentos do Fundo Centenário são para a manutenção da Escola de Engenharia da UFRGS. 

 

 

 

Amigos da Poli (Escola Politécnica da USP) – O fundo patrimonial Amigos da Poli apoia projetos da Escola Politécnica da USP e sua comunidade, convictos de que a educação é o futuro do país. Entre as iniciativas, está um Edital de Projetos anualmente, aberto a toda comunidade politécnica, onde buscam projetos para financiamento e o Centro de Carreira da Poli, conexão entre os alunos e alunas com o mercado de trabalho. O Amigos da Poli é finalista dos Melhores ONGs 2022.

 

Fundo Patrimonial Amigos da UnivaliFundo Patrimonial Amigos da Univali - Associação Ou Organização em Centro – O Fundo Patrimonial Amigos da Univali tem como objetivo diminuir a desigualdade social e salarial promovendo o o ao ensino superior, por meio do fornecimento de bolsas de estudo para acadêmicos da Univali.  

 

 

Amigos do Brasil Central1º Edital para Seleção de Projetos Associação Fundo Patrimonial Amigos do Brasil Central – Criada por um grupo de alunos(as), ex-alunos(as) e docentes das Escolas de Engenharia da UFG, a proposta do fundo Amigos do Brasil Central é ser uma fonte perpétua de recursos para a instituição. 

 

 

 

Fundo Patrimonial Associação Projeto Gauss (FPPG) – O fundo visa garantir a perpetuidade do Projeto Gauss que fornece bolsas de estudo e mentoria para alunos que também acreditam na educação como ferramenta de transformação e que, por muitos motivos, não tiveram oportunidades.

 

Augere – Fundo Patrimonial da FMUSP – O Endowment FMUSP permite a continuidade de um ensino de excelência da Faculdade de Medicina da USP, além de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas.  

 

 

Início | Fundo Patrimonial Axuxê

Fundo Patrimonial Axuxê (FMABC) – Visa garantir o crescimento de comunidade acadêmica, incentivando a diversidade, o conhecimento, o espírito de liderança através do fornecimento de bolsas de estudo.

 

 

 

 

 

CEAP | IDISIDIS

Fundo Patrimonial CEAPA organização atua no modelo de escola profissionalizante gratuita, e oferece anualmente cursos de formação e qualificação profissional para 1.100 jovens entre 10 e 18 anos que no contraturno estejam matriculados no ensino regular.

 

Fundo Patrimonial da UEM – Apoia projetos de pesquisa, eventos acadêmicos, projetos de extensão e ações comunitárias que impactam em nossa cidade e a Universidade Estadual de Maringá.

 

 

Fundo Patrimonial da USP – A Fundação tem o objeto social contribuir para o desenvolvimento educacional e intelectual de alunos e ex-alunos da USP, bem como da sociedade em geral, por meio de programas, projetos e outras ações relacionados à promoção da educação em sentido amplo, promoção da cultura e do desporto, promoção da preservação e da manutenção do patrimônio histórico e seus acervos; outras finalidades de interesse público a serem determinadas pelo Conselho de istração.

 

Fundo Patrimonial FEAUSP – O Fundo Patrimonial FEAUSP proporciona maior diversificação nas fontes de receita para a instituição. O investimento perene tem como foco fortalecer e ampliar as iniciativas relacionadas a FEA, focando em ensino, pesquisa e extensão. 

 

Gene (Fundo patrimonial do Instituto Federal de São Paulo) – Fundo que garanta recursos para projetos de pesquisa, ensino, extensão e inovação, apoiando principalmente os estudantes e as futuras gerações do IFSP.

 

Insper 2017/1: resultado do Vestibular de Engenharia é liberado

Fundo Insper – Fundo de apoio ao Insper, instituição de ensino superior e pesquisa sem fins lucrativos. Os recursos podem ser alocados para o fornecimento de bolsas de estudo ou patrocinar salas e espaços no campus.

 

 

LUMINA – é o Fundo Patrimonial da Universidade Estadual de Campinas, tem como missão atrair e ser uma fonte de recursos perene, dedicada a apoiar e financiar projetos e iniciativas da universidade nos campos de ensino, pesquisa, extensão, inovação, empreendedorismo, cultura e assistência.

 

Home | Associação Fundo Patrimonial Patronos

Fundo Patrimonial Patronos – Fundo dedicado a apoiar projetos, pessoas e pesquisas da Comunidade da Unicamp

 

 

Primatera Fundo Patrimonial - Primatera Fundo Patrimonial

Primatera Fundo Patrimonial – Fundo patrimonial criado para fomentar o conhecimento nas áreas de recursos florestais e biomateriais.

 

Instituto Reditus | LinkedIn

Reditus (UFRJ – alunos) – O Reditus possui o objetivo de fortalecer a comunidade da UFRJ, fomentando a cultura de retribuição e aprimorando a experiência educacional dos novos alunos.

 

 

 

 

Rio Endowment - DesktopRIO Endowment – Fundo patrimonial dedicado a desbloquear o potencial dos alunos STEM no Rio de Janeiro. Por meio das doações que recebemos, o RIO seleciona estudantes brilhantes que necessitam de apoio financeiro e não financeiro (captação de doações a partir de R$10 mil).

 

UFTM e Fundo Patrimonial Semear ão acordo de parceria

Semear Associação / Fundo Patrimonial (UFTM)Fundo Patrimonial da da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) para apoiar e financiar iniciativas desenvolvidas pela Instituição. 

 

 

 

Direitos Humanos

Fundo Brasil de Direitos Humanos Fundo Brasil - O Fundo Brasil de Direitos Humanos é uma iniciativa pioneira que pretende contribuir para a promoção dos direitos humanos no país, criando mecanismos sustentáveis de doação de recursos voltadosO Fundo Brasil é um Endowment que busca promover o respeito aos direitos humanos no Brasil, construindo mecanismos inovadores e sustentáveis que canalizem recursos para fortalecer organizações da sociedade civil e para desenvolver a filantropia de justiça social. 

 

Combate à pobreza e desigualdade

Fundo Betinho (Ação da Cidadania) – Fundo patrimonial para fomentar ações de combate à fome e a miséria em todo o Brasil não só da Ação da Cidadania mas também permitindo que a Ação possa apoiar outras entidades na ponta para execução de seus projetos em comunidades locais por todo o país.

 

 

 

Fundo FICA (@fundo_fica) / Twitter

Fundo FICA – O Fundo FICA busca viabilizar o aluguel de unidades no centro de São Paulo por um valor justo, por meio de apoios mensais, pontuais e comodato de imóveis. 

 

 

 

 

Doação Fundo Patrimonial | ADC

Já, devagar e sempre (Aventura de Construir) – Fundo patrimonial que visa dar sustentabilidade financeira a ONG Aventura de Construir. Seu trabalho é voltado ao fortalecer o empreendedorismo nas periferias do Brasil.

 

 

 

 

Sempre Sanfran, Fundo Patrimonial da Faculdade de Direito da USP

Sempre Sanfran – O Sempre Sanfran é um fundo formado por ex-alunos para a sustentabilidade financeira da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Os recursos apoiam projetos de interesse da FDUSP, promovendo a qualidade de ensino, o incremento de atividades de extensão e pesquisa e a melhora da infraestrutura da FDUSP. 

 

Religião

Fonte Endowment – Os recursos do fundo são direcionados a projetos já existentes, visando apoiar causas humanitárias, educação, evangelismo e missões e a cultura do reino.

 

 

 

Jornalismo

Fundo de Apoio ao Jornalismo Investigativo (F/ABRAJI) – Visa dar sustentabilidade financeira à ABRAJI, uma instituição apartidária, que busca o desenvolvimento do jornalismo investigativo no Brasil. 

 

Saúde

 

Fundo Patrimonial IBMP –  Visa constituir fonte vitalícia de recursos em benefício do  Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), o qual trabalha pela inovação em saúde.

 

 

Futurin

 

Futurin – Funds for life (Hospital Pequeno Príncipe) – Este é o Fundo Patrimonial do Complexo Pequeno Príncipe, que nasce para apoiar a causa da saúde infantojuvenil, garantindo aos meninos e meninas do Brasil o direito à saúde e à vida.

 

 

 

 

Instituto Merula Steagall - Abrale

Instituto Merula Steagall – Destina os rendimentos do fundo aos projetos e atividades da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) e da Abrasta (Associação Brasileira de Talassemia).

 

Fundo Patrimonial do Sírio-Libanês – O Fundo tem como objetivo a construção de um legado com o propósito de contribuir para a perenidade da Instituição e financiar ações futuras ligadas a três principais iniciativas: Assistência Médico-Hospitalar, Tecnologia e Inovação; Assistência Social; Educação em Saúde / Ciência e Pesquisa.

Formação de jovens lideranças

Fundo de Endowment do Instituto Líderes do Amanhã – Visa assegurar a perenidade do Instituto Líderes do Amanhã.

 

EQUIDADE RACIAL

Fundo Baobá – O Fundo Baobá para Equidade Racial é o primeiro e único fundo dedicado, exclusivamente, para a promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. Criado em 2011, é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo mobilizar pessoas e recursos, no Brasil e no exterior, para o apoio a projetos e ações pró-equidade racial. Para doar, e:

 

Mais sobre Fundos Patrimoniais

e mais conteúdos nesta temática produzidos pelo IDIS aqui.

Caso queira saber mais sobre fundos patrimoniais ou queria conhecer nossos serviços, envie um e-mail para [email protected].

Ampliação e consolidação de endowments no Brasil é tema de debate

Como os fundos patrimoniais contribuem para atuação perene das causas e instituições? O mercado financeiro está preparado para lidar com a gestão dos recursos de fundos patrimoniais? Qual a importância da diversidade e inclusão para a governança de fundos patrimoniais?

Estas foram algumas das questões debatidas no evento de lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023. Na terceira edição, a publicação analisou dados de 74 endowments brasileiros, que somam 156 bilhões de reais em patrimônio, valor que equivale a mais de 98% do patrimônio contido em fundos patrimoniais no país, de acordo com o Monitor de Fundos Patrimoniais no Brasil

Visando melhor compreender o significado dos achados inéditos da publicação para o cenário brasileiro, o evento de lançamento do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023 (e a publicação completa aqui) contou com uma mesa redonda com gestores de fundos patrimoniais ativos. O debate contou com a contribuição de Luiz Fernando Figueiredo, Presidente do Conselho de istração da JiveMauá Investments e do Conselho Instituto Fefig; Murilo Nogueira, Diretor istrativo & Financeiro da Fundação Bradesco; Rodrigo “Kiko” Afonso, Diretor-Executivo da Ação da Cidadania; Viviane Moreira, membro do Conselho Fiscal do IDIS; e moderação de Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS. 

Em relação a perenidade dos endowments no país, Murilo Nogueira, gestor do maior e mais antigo fundo patrimonial brasileiro, frisou a necessidade de uma gestão cautelosa e responsável dos recursos financeiros para que possa haver continuidade na manutenção da causa apoiada. O investimento e acompanhamento consciente aparece como mecanismo essencial para o sucesso e manutenção do legado criado (confira aqui um artigo sobre o fundo patrimonial da Fundação Bradesco que está presente no Anuário). Rodrigo ‘Kiko’ Afonso, também tratou em sua fala sobre a importância da gestão responsável e transparente dos recursos investidos, uma vez que a continuidade destes dependem da confiança do doador com o fundo patrimonial. 

Luiz Fernando Figueiredo reforçou a importância da estrutura do setor de gestão de investimentos no Brasil para a consequente manutenção da perenidade dos fundos. Para ele, não há país emergente no mundo que tenha setor comparável quando se trata da magnitude e maturidade da área de gestão de investimentos. 

“Nossa indústria foi muito bem regulada e por isso ela se desenvolveu muito. Neste processo, ela também trouxe um desenvolvimento dos gestores muito relevante. (…) Sem dúvida nenhuma a indústria brasileira de gestores está mais do que pronta para conseguir ajudar a gestão dos fundos patrimoniais”, reforçou Luiz Fernando. 

Ainda tratando da importância dos fundos patrimoniais para garantia da perenidade de recursos para as causas, Kiko menciona que este foi um ponto essencial para a escolha da Ação da Cidadania por este mecanismo em detrimento de outras ferramentas de investimento. Ele explicou que a questão da fome é muitas vezes vista como algo pontual e acaba ando por dificuldades quando as doações diminuem, portanto, buscavam um mecanismo que garantisse essa longevidade de apoio a esta causa. 

“Quando os dados saem as doações vêm muito rapidamente, mas elas se encerram rapidamente logo depois desse processo. (…) Como é que a gente resolveu isso para ter um olhar de perenidade na atuação do Ação da Cidadania, sem se vender para o setor privado ou para o governo? (…) Criando um fundo patrimonial que nos desse essa segurança de que a gente pudesse se manter nessa luta, sem precisar fugir dela por uma questão de redução de doação”, explicou o diretor da Ação da Cidadania.

Já Viviane Moreira trouxe uma abordagem diferente, tratando da importância da diversidade e inclusão (D&I) para o aprimoramento da governança de fundos patrimoniais e demais organizações sociais. O Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023 revelou a baixa incidência de pessoas negras e mulheres nas instâncias de governança dos endowments brasileiros. Porém, a aplicação de políticas de D&I são estratégicas para a transformação social ao serem capazes de expandir os horizontes de observação, considerando outras perspectivas em relação a gênero, raça, sexualidade e ibilidade e que antes poderiam estar sendo ignoradas. A ampliação dessas perspectivas, de visões de vida e de negócios, promove mais ética nas decisões e construção de estratégias na instância da governança.

“Se a gente não constrói este storytelling [narrativa] ético com governança, representatividade e de forma muito assertiva, a gente vai continuar mais excluindo do que incluindo”, alerta Viviane. 

A mesa de debates do evento ainda abordou aspectos relevantes relacionados às boas práticas para garantir a perpetuidade de fundos patrimoniais além de importantes pontos sobre a gestão de endowments, especialmente no que diz respeito ao fluxo de caixa e à alocação de investimentos financeiros.

Confira a gravação completa aqui:

Vaga de Analista Júnior de Monitoramento e Avaliação

O IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social tem uma nova oportunidade para profissionais com experiência na área de Monitoramento e Avaliação.

Atuamos desde 1999 com foco no fortalecimento do Investimento Social Privado no Brasil e o estímulo a ações transformadoras da realidade para a redução das desigualdades sociais no país.

O IDIS conta com um time de 50 pessoas dedicadas a desenvolver e implementar projetos de grande impacto que estimulem o desenvolvimento de um ecossistema de Investimento Social que atue de forma eficaz e estratégica. Oferecemos consultoria em investimento social para empresas, famílias, filantropos e organizações da sociedade civil. Além disso, desenvolvemos projetos de impacto, como campanhas e a promoção de advocacy, e investimos na geração de conhecimento, com a produção de pesquisas, artigos e publicações.

Para fortalecer a organização e nossa atuação, buscamos uma pessoa Analista Júnior que apoie na gestão de nossas iniciativas nesta área. Ela será responsável por apoiar atividades da equipe de Monitoramento e Avaliação de Impacto socioambiental do Instituto.

 e a vaga na 99Jobs e inscreva-se.

RESPONSABILIDADES E OPORTUNIDADES

  • Apoiar a elaboração de propostas de projetos de Monitoramento e Avaliação para potenciais clientes e parceiros;
  • Implementar as atividades dos projetos de Monitoramento e Avaliação do IDIS, respeitando os prazos acordados e zelando pela qualidade dos produtos entregues;
  • Apoiar e realizar a coleta de dados quantitativos e qualitativos necessários para a execução dos projetos;
  • Organizar, ler, analisar documentos, elaborar relatórios e apresentações sistematizando o processo de Monitoramento e Avaliação e os aprendizados e conclusões obtidas;
  • Realizar pesquisas de conceitos, referências e benchmarking que enriqueçam os projetos e tragam embasamento para os produtos desenvolvidos;
  • Participar de reuniões periódicas da equipe de consultoria para manter a equipe alinhada com o planejamento estratégico e missão da organização;
  • Promover a aprendizagem e compartilhamento de conhecimento técnico com a equipe do IDIS;
  • Participar ativamente do ciclo de planejamento estratégico juntamente com as outras áreas da organização;
  • Apoiar a Gerência de Comunicação para o desenvolvimento de conteúdo.

INSTRUÇÃO E EXPERIÊNCIA

Ensino superior completo, preferencialmente em economia, geografia, ciências sociais ou áreas afins, e experiência prévia com pesquisa qualitativa (entrevistas e/ou grupos focais) e pesquisa quantitativa com projetos sociais.

conhecimentos específicos

  • Aplicação de pesquisas qualitativas e quantitativas;
  • Facilitação de grupos focais e condução de entrevistas individuais em profundidade;
  • Sistematização e análise de informações qualitativas e quantitativas;
  • Elaboração e análise de planilhas Excel, incluindo manuseio de bases de dados, elaboração de tabelas dinâmicas e gráficos;
  • Elaboração de apresentações com boa apresentação visual, storytelling, clareza e objetividade na transmissão de conteúdos e conclusões;
  • Conhecimentos sobre análise estatística e experiência com softwares de análise de dados qualitativos e quantitativos serão considerados diferenciais;
  • Disponibilidade para atuação presencial (de 1 a 2x por semana) no escritório do IDIS, em São Paulo;
  • Disponibilidade para viajar, se necessário.

BENEFÍCIOS

  • Contratação CLT
  • Assistência médica (Bradesco seguros)
  • Vale-Transporte
  • Vale-Alimentação
  • Gym (Wellhub)
  • Credencial plena do Sesc
  • Day off no aniversário
  • Tipo de trabalho – Híbrido

Tipo de trabalho – Híbrido: Combinação de presencial e remoto

INSCRIÇÃO

Para inscrever-se para essa oportunidade, e a página da vaga na 99Jobs até 2 de dezembro de 2024.

O IDIS adota critérios de diversidade e inclusão nos processos seletivos.

SOBRE NÓS

Somos o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) fundada em 1999 e pioneira no apoio técnico ao investidor social no Brasil. Com a missão de inspirar, apoiar e ampliar o investimento social privado e seu impacto, trabalhamos junto a indivíduos, famílias, empresas, fundações e institutos corporativos e familiares, assim como organizações da sociedade civil em ações que transformam realidades e contribuem para a redução das desigualdades sociais no país.

Nossa atuação baseia-se no tripé geração de conhecimentoconsultoria e realização de projetos de impacto, que contribuem para o fortalecimento do ecossistema da filantropia estratégica e da cultura de doação. Valorizamos a atuação em parceria e a co-criação, acreditando no poder das conexões, do aprendizado conjunto, da diversidade e da pluralidade de pontos de vista.

             

IDIS participa do lançamento do projeto de combate ao câncer do colo do útero apoiado pelo Juntos pela Saúde

O projeto será executado na 2ª Regional de Saúde de Caucaia/CE, atua na prevenção do câncer do colo do útero e foi um dos contemplados pelo edital do programa Juntos pela Saúde com apoio da Umane e BNDES.

A equipe do IDIS e do BNDES esteve presente no lançamento do projeto “Unidos pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil”, que tem o Grupo Mulheres do Brasil como proponente. Esta é uma das 5 propostas contempladas no edital de chamamento público do programa Juntos pela Saúde, uma iniciativa do BNDES, gerida pelo IDIS. O edital contou com o apoio da Umane e teve como objetivo financiar projetos de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde Pública no Norte e Nordeste do país.

Lançamento do projeto do Grupo Mulheres do Brasil em Fortaleza (CE), outubro de 2024. Foto: Grupo Mulheres do Brasil.

O evento foi realizado na sede do Instituto Primeira Infância – IPREDE em Fortaleza (CE), e contou com a participação da presidente do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano, e vice-presidente, Annette de Castro, além do CSO do Instituto do Câncer do Ceará (Grupo ICC), Dr. Pedro Menelau, membros da Secretaria de Saúde do Ceará e secretários de saúde dos 10 municípios contemplados pelo programa. Luiza Saraiva, Gerente da iniciativa Juntos pela Saúde no IDIS, Guilherme Sylos, Diretor de Prospecção e Parcerias do IDIS, e Clarice Braga, do BNDES, também estiveram presentes para prestigiar o lançamento.

“A parceria com o BNDES, Umane e IDIS no projeto Unidos pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Ceará é um marco importante para a saúde pública do Brasil. Estamos diante de uma oportunidade única, já que temos uma vacina eficaz e gratuita, disponível no SUS, que previne vários tipos de câncer causado pelo HPV. É importante que todos entendam o poder dessa vacina, que pode salvar vidas e eliminar uma doença que afeta milhares de pessoas no nosso país”, comentou Luiza Helena Trajano.

O projeto ‘Unidos pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil’ visa contribuir para a diminuição da mortalidade de mulheres causadas pelo câncer do colo do útero nos municípios de Apuiarés, Caucaia, General Sampaio, Itapajé, Paracuru, Paraipaba, Pentecoste, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Tejuçuoca no Ceará. Regionalmente, o câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na região Nordeste (17,59/100 mil), segundo dados do INCA (2022), a segunda maior taxa entre as regiões brasileiras.

“Estamos muito felizes com a formalização dessa parceria com o Grupo Mulheres do Brasil. Com essa iniciativa, temos a oportunidade de prevenir a proliferação desta grave doença e salvar a vida de muitas mulheres nas regiões atendidas”, comentou Luiza Saraiva.

Englobando 10 municípios da região contemplada, o programa busca agir localmente por meio de três objetivos principais:

1. Aumentar a cobertura da vacina HPV

Por meio de ações de promoção e prevenção no âmbito da saúde e educação, serão implementadas ações integradas para intensificar a vacinação nas escolas utilizando o consentimento digital das famílias como forma de otimizar a operação.

2. Aumentar a cobertura de rastreamento do câncer do colo do útero

Por meio do incentivo e orientação a adoção do exame HPV-DNA, em conformidade com a recomendação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) de 2021, e ampliação da busca ativa e incentivo do agendamento inteligente de exames de rastreamento do vírus.

3. Garantir a continuidade do cuidado

Por meio da ampliação de ações de busca ativa e agendamento inteligente para garantir a continuidade do cuidado para mulheres com exames alterados, em especial para os grupos de risco.

“É uma satisfação para a Umane fomentar mais uma iniciativa pela saúde pública cearense. O câncer do colo do útero é prevenido por meio da adoção de medidas simples como o exame periódico e a vacinação contra HPV. Fortalecer o sistema de saúde na organização de seu processo de trabalho em linhas de cuidado na saúde da mulher pode ter um impacto significativo no objetivo de todas as mulheres da região terem o aos exames e à vacina.” ressalta Thais Junqueira, superintendente geral da Umane.

 

Sobre o Juntos pela Saúde

Lançado em 2023, o Juntos pela Saúde é uma iniciativa do BNDES, gerida pelo IDIS, e que tem como objetivo reunir recursos para apoiar e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O programa funciona através da modalidade de matchfunding, ou seja, a cada real doado por outras instituições, o BNDES irá aportar outro real. Assim, o programa tem como perspectiva que até 2026, sejam destinados até R$200 milhões (R$100 milhões do BNDES e R$100 milhões de apoiadores) para projetos de saúde nestas regiões do país.

IDIS lança a 3ª edição do Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais

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O debate sobre a importância dos fundos patrimoniais, do legado e impacto a longo prazo que eles podem causar, positivamente, nas agendas socioambientais, está em ascensão no Brasil. Em uma edição que traz uma série histórica de 2019 a 2023, o IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social lança o Anuário de Desempenhos de Fundos Patrimoniais 2023, que traz uma amostra composta por 74 fundos, entre 107 fundos elegíveis, que juntos somam um patrimônio de R$156 bi.

 

Perfil da amostra dos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais entre 2021 e 2023.

 

O levantamento, voltado a gestores de endowments, revelou que em 2023 foi alcançada uma rentabilidade média dos fundos de 10,6%, a mais alta desde 2020, e que a maioria dos fundos prefere investimentos em renda fixa, caixa e equivalentes, categorias que concentraram 81% das aplicações financeiras dos fundos patrimoniais.

 

Composição da amostra por faixa de patrimônio dos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais de 2023 (Dez 2023).

 

O prefácio da publicação é assinado pelo Senador Flávio Arns, responsável pela elaboração do Projeto de Lei 2.440/23, que busca complementar a Lei 13.800/19 dos Fundos Patrimoniais Filantrópicos. Arns ressalta que “fundos patrimoniais são essenciais para o desenvolvimento social de nosso país, na medida em que promovem projetos e causas que transformam a vida de brasileiros e brasileiras.”

Hoje, no Brasil, existem 115 fundos patrimoniais mapeados, de acordo com o Monitor dos Fundos Patrimoniais, projeto coordenado IDIS, dos quais oito foram criados neste ano. Também conhecidos como endowments, os fundos patrimoniais reúnem um conjunto de ativos de natureza privada com o objetivo de, a partir dos seus rendimentos, serem fontes de recursos a longo prazo para instituições e/ou causas apoiadas. Ou seja, a criação de um fundo patrimonial perpetua a atuação de uma instituição, ou o apoio a uma causa.

O Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais apresenta um panorama que contempla informações sobre fluxo de caixa, alocação, rendimentos, política de investimento e governança de endowments. Só em 2023, segundo a publicação, foram resgatados R$3,5 bi, sendo R$3,2 bi destinados a causas e R$270 mi utilizados para custeios dos fundos.

Cinco principais causas apoiadas pelos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023.

A Educação continua a ser a causa mais apoiada, com 47 fundos destinando recursos para o setor. Em seguida, pesquisa e conhecimento, desigualdade / desenvolvimento econômico e social e assistência social. A maior parte dos fundos está concentrada no eixo Rio-São Paulo, com São Paulo respondendo por 69% do total de participantes do levantamento.

 

Localização geográfica dos fundos patrimoniais analisados no Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2023.

“O Anuário apresenta parâmetros e referências para a atuação de gestores. Em sua 3ª edição, a publicação se consolida como um instrumento para a tomada de decisões e tem sido fundamental para as nossas ações de incidência em busca do aprimoramento de políticas públicas”, ressaltou Paula Fabiani, CEO do IDIS.

Em relação ao número de doações recebidas, em 2023, os 74 endowments receberam um total de doações de R$ 517 mi, mas a média de valor doado por fundo permaneceu estável, caindo ligeiramente de R$9,3 mi, em 2022, para R$8,8 mi, em 2023. Destaque, ainda, para a concentração das doações em poucos fundos, que se confirmou nesta edição, ao trazer a informação de que os cinco fundos mais captadores de recursos ficaram com 75% das doações. Não é surpreendente, dessa forma, que a captação de recursos continua sendo o grande desafio enfrentado por gestores, em especial os responsáveis por fundos com patrimônio inferior a R$500 mi.

Outro achado do levantamento diz respeito à baixa diversidade étnica e racial em instâncias de governança. A presença da população preta, parda e indígena em conselhos e comitês é numericamente muito baixa e não superou 8% dos membros em nenhum. As informações apresentadas na publicação foram coletadas por meio de um questionário online, respondido diretamente pelos gestores dos fundos patrimoniais.

Confira a apresentação dos dados:

Catalyst 2030 Brasil lança o edital de R$ 240 mil para financiar projetos de o à água e combate às mudanças climáticas

2º Desafio Fundo Catalisador 2030 criado pelo capítulo brasileiro do movimento global Catalyst 2030, apoiará três projetos colaborativos que contribuam para alcançar os ODS 6.1 e 13

 

O Catalyst 2030 Brasil lança o segundo Desafio Fundo Catalisador 2030, uma iniciativa voltada para a identificação e apoio de soluções colaborativas que contribuam para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com foco no ODS 6.1 (o universal à água potável e segura) e no ODS 13 (ação contra a mudança global do clima).

As inscrições serão encerradas no dia 10 de novembro de 2024. Os finalistas serão anunciados no dia 29 de novembro de 2024 e, os vencedores, no dia 20 de dezembro.

Criado há dois anos, o 2ª Desafio – pioneiro para ações colaborativas de impacto social e ambiental – distribuirá R$240 mil a partir do aporte de AMA, produto social da Ambev para realizar ações que promovam o o à água potável para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica associado ao combate às mudanças climáticas. Ele será distribuído entre três iniciativas em diferentes estágios de desenvolvimento. A maior parcela, R$150 mil, será destinada a um projeto que já tenha metodologia e resultados comprovados e que possa ser ampliado com a verba do Fundo. Outros dois, ainda em fase inicial, terão a oportunidade de realizar seus pilotos com um orçamento de até R$45 mil cada.

CATALYST 20230 BRASIL

O Catalyst 2030 Brasil é um capítulo da rede global Catalyst 2030, composta por empreendedores sociais que trabalham em conjunto para acelerar o alcance dos ODS, que são parte da Agenda 2030 criada pela ONU em 2015. Ela propõe 17 objetivos e 169 metas para enfrentar os principais desafios globais até 2030, como a pobreza, a desigualdade, as mudanças climáticas, a paz, a justiça e a proteção ambiental. A missão do Catalyst 2030 é catalisar a colaboração intersetorial, maximizando o impacto coletivo em favor de mudanças globais sistêmicas para o alcance destas metas nos próximos seis anos.

O segundo Desafio Fundo Catalisador 2030, busca impulsionar projetos que trabalhem de forma colaborativa para garantir o o à água potável para todos e mitigar as mudanças climáticas. Com o apoio financeiro, visibilidade e rede de contatos, os projetos selecionados terão 10 meses para apresentar resultados concretos, com início em fevereiro e conclusão em novembro de 2025. A auditoria do Desafio será realizada pela Simbiose Social.

O primeiro Desafio Fundo Catalisador, realizado em 2022, também recebeu recursos da Ambev AMA e foi voltado para soluções focadas em melhorar o o à água (ODS 6). O vencedor, “o à água potável para os Mundurukus”, recebeu R$200 mil e foi uma das 26 propostas inscritas e que envolveram 68 organizações de todas as regiões brasileiras. O projeto foi apresentado pela Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, projeto Saúde e Alegria, Water is Life, DSEI Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri. Com ele, os indígenas Kayapó e Munduruku do Alto Tapajós, na região Norte do Brasil, receberam 600 filtros que tornam potável a água de rios, dos igarapés, das nascentes e da chuva e que estão beneficiando cerca de 3.000 pessoas destas etnias no Pará.

Quem pode participar?

Tendo na essência de sua criação o incentivo às parcerias coletivas, só podem se inscrever no Desafio Fundo Catalisador 2030 grupos colaborativos formados por ao menos 2 atores do ecossistema de impacto entre organizações da Sociedade Civil (OSCs), coletivos, movimentos sociais, negócios de impacto socioambiental, alianças, redes e instituições acadêmicas. Projetos isolados não serão aceitos.

Além de apresentar propostas alinhadas aos ODS 6.1 e 13, os grupos participantes devem ter origem e atuação no Brasil e demonstrar diversidade. É desejável que a organização proponente seja membro, esteja em processo de membresia ou tenha indicação de um membro da Catalyst 2030. Serão considerados critérios de desempate as propostas que incluírem outros objetivos além dos ODS solicitados, como a erradicação da pobreza (ODS 1), a fome zero (ODS 2), a igualdade de gênero (ODS 5), por exemplo, e a diversidade na liderança.

Veja o regulamento do Desafio Fundo Catalisador 2030:
Regulamento – Desafio Fundo Catalisador

Os projetos devem ser inscritos aqui por meio de um formulário

Iniciativa pioneira

O movimento Catalyst 2030 Brasil anunciou em 2022 a criação de um fundo pioneiro destinado a financiar iniciativas associadas aos ODS. Primeira ação tática do movimento no país, a proposta do Desafio Fundo Catalisador 2030 é financiar e trabalhar com ações colaborativas no cenário nacional. Ele tem o formato de desafio e é voltado para membros ou organizações indicadas por uma instituição membro do Catalyst 2030.

Sobre o Catalyst 2030

É um movimento global de empreendedores e inovadores sociais de impacto socioambiental de diferentes setores, que compartilham o objetivo de criar abordagens inovadoras e centradas nas pessoas e no meio ambiente para atingir os ODS até 2030. Unindo forças com comunidades, governos, empresas e outras organizações, o Catalyst 2030 foi lançado em 2020, no Fórum Econômico Mundial, inicialmente pela Ashoka, Schwab Foundation, Skoll Foundation e Echoing Green. No Brasil ele reúne 207 membros que atuam em todas as regiões do país. Em âmbito global, são 3.530 organizações e 5.258 membros individuais em 143 países, que impactam cerca de 2 bilhões de vidas.

Mais informações: https://brazil.catalyst2030.net/ e https://catalyst2030.net/

Nova edição da Pesquisa Doação Brasil contará com capítulo especial sobre a prática de doações em situações de emergência

A Pesquisa Doação Brasil tem como objetivo avaliar a percepção e a prática de doação dos brasileiros.

A próxima e quarta edição será lançada no ano que vem e refletirá o ano de 2024. Esta edição contará com um capítulo especial sobre a influência das doações emergenciais na cultura de doação.

Segundo o Panorama dos Desastres no Brasil, da Confederação Nacional de Municípios (CNM), entre 2013 e 2023, os desastres naturais causaram 2.667 mortes e afetaram milhões de pessoas em todo o país, resultando em prejuízos que chegam a R$ 639,4 bilhões. Com a crescente frequência de eventos climáticos extremos, como doa o brasileiro? E, ada a emergência, essas doações se tornam recorrentes? Essas são algumas das perguntas que buscamos responder.

 

Evolução do tema

A primeira edição da Pesquisa foi realizada em 2015, quando não havia qualquer dado sobre o comportamento do doador individual. A pesquisa nos permitiu identificar que 46% da população brasileira, naquele ano, havia feito alguma doação em dinheiro para organizações sociais, e a projeção do volume total doado por pessoas físicas foi de R$ 13,7 bilhões.

Desde então, consolidou-se como a principal fonte sobre este tema no país, permitindo identificar o perfil do doador, motivações, a causas preferidas, a percepção sobre as doações, as barreiras para a doação, entre outros aspectos que contribuem para compreendermos este cenário.

Lançamento do primeira edição da Pesquisa Doação Brasil, em 2015

Inicialmente prevista para ser realizada a cada cinco anos, a segunda edição aconteceu em 2020, coincidindo com o início da pandemia de Covid-19 e com o agravamento da crise socioeconômica, que já vinha afetando o país. Naquele ano, o volume total de doações caiu para R$ 10,3 bilhões e a participação da população também foi reduzida, posto que pessoas que antes doavam, aram à categoria de beneficiários. Por outro lado, a percepção sobre a doação e o papel transformador das organizações sociais cresceu, apontando para o fortalecimento da cultura de doação.

Essas transformações levaram a um debate sobre a periodicidade da pesquisa. Os dados são fonte para a incidência do campo, para o debate sobre políticas públicas, para planejamentos de captação de recursos por organizações. A prática mostrou a importância de acompanharmos mais de perto a evolução, e trazer insights que contribuam para a tomada de decisão. Por isso, a partir da terceira edição, a Pesquisa Doação Brasil ou a ser bienal.

Em 2022, na terceira edição, 84% dos brasileiros acima de 18 anos e com rendimento familiar superior a um salário mínimo fizeram ao menos um tipo de doação, seja de dinheiro, bens ou tempo, na forma de voluntariado. A doação diretamente para ONGs e projetos socioambientais foi praticada por 36% dos respondentes, mantendo-se estável. A edição também trouxe um capítulo especial sobre a Geração Z.

A Pesquisa Doação Brasil é uma iniciativa do IDIS e da CAF – Charities Aid Foundation.

Deseja apoiar a realização deste estudo e contribuir para a Cultura de Doação no Brasil? Entre em contato via [email protected] e saiba mais informações.